Saturday, 5 September 2009

Pousada de Viseu

Rua do Hospital
3500-161 - Viseu
Tel. (+351) 232 457 320
Fax. (+351) 232 421 128
Em. guest@pousadas.pt

Pousada de Charme

Classificação

Preço

€€€€

100 a 150 €

Nº Quartos

35

CaracteristicasAr condicionado, TvCabo, Mini-Bar, Wi-fi, Roupões, Piscina, SPA, Salas lazer, Restaurante, Bar, Estacionamento
ExtrasCentro hípico, Massagens

A Pousada de Viseu resulta da recuperação do antigo Hospital de São Teotónio, cuja abertura data de 1842. A entrada deste edifício majestoso e imponente, é encimada por 3 estátuas – Fé, Esperança e Caridade – que olham a paisagem sobre a cidade velha. Em 1799 D. Maria I obrigou todos os concelhos da antiga comarca de Viseu a pagarem um real de contribuição em favor das obras do hospital.
Em Março de 2007 iniciaram-se as obras de reconversão do antigo Hospital na actual Pousada de Viseu com projecto assinado pelo Arquitecto Gonçalo Byrne.

A Pousada de Viseu está edificada no antigo Hospital de São Teotónio, um dos hospitais mais antigos da cidade de Viseu, cuja abertura ocorreu em 1842.

A entrada deste edifício majestoso e imponente do século XVIII, é encimada por 3 estátuas – Fé, Esperança e Caridade – que olham atentamente a paisagem fabulosa sobre a cidade velha (designação dada à parte mais antiga da cidade situada entre a Sé Catedral e a Cava do Viriato).

A primeira pedra deste hospital foi lançada pelo Bispo D.Francisco Moreira Pereira de Azevedo em 29 de Março de 1793.
Em 1799 D.Maria I obrigou todos os concelhos da antiga comarca de Viseu a pagarem um real de contribuição por cada quintilho de vinho e arrátel de carne em favor das obras do dito hospital.
Em 1842 o Hospital recebe os primeiros doentes e é nesse ano que é construído o portão de ferro da entrada do hospital, assinalado com a data.

Em 2007 iniciaram-se as obras de reconversão do antigo Hospital na actual Pousada de Viseu.

Localização:

Obra recente com um aproveitamento muito bom do antigo edificio do hospital. Excelente obra de arquitectura ainda um pouco fria. Bons quartos e serviços. Infelizmente não pude experimentar o SPA.

+

Arquitectura, Quartos, Pequeno almoço

-

Um pouco grande demais, Envolvente

Crítica:
A pousada opened in this 19th century former hospital in February 2009, after major transformation. It's located in a quiet area, at walking distance from the city centre. The pousada is a big building with an enormous covered patio and large corridors, giving a somewhat monastic impression (I wonder how it is heated in winter!). Rooms are spacious and well equipped; all hotel functions seem to work well, and the breakfast buffet is superb. I would criticize the wash-stand in the bathroom (extremely low), the sterile and drafty breakfast room, and the distance to the private parking lot (behind the building, driving down a narrow ramp).

por TripAdvisor
A nova Pousada de Viseu, é um must fantástico de encanto, sedução, design contemporaneo e vivências inesqueciveis. Aconselho as suites, no último piso de um edificio reabilitado de um hospital com dois seculos de história e onde a intervenção arquitétónica, competiu lado a lado com a decoração interior, por sinal feita pelo mesmo traço de um arquitecto de renome. Comemorando anos de casados, passamos 2 noites inesqueciveis num espaço de onde se avista o velho burgo da cidade milenária de Viseu, jantamos os sabores inagualáveis da gastronomia beirã no seu restaurante, e aproveitamos o espaço magestoso do claustro do edificio, onde o bar da Pousada se estende em confortaveis maples com vista para as arcadas interiores. O pormenor do som dos passaros que no sistema sonoro, dão ambiente aos claustros é simplesmente delicioso. Onde se curavam maleitas fisicas, curamos agora o espirito numa Pousada, que lhe proporciona tambem uma piscina interior e um spa. Esta Pousada, a de Viseu, é efectivamente a joia da Coroa das Pousadas de Portugal. Para repetir esta experiência avassaladora de emoções. Uma experiência inesquecivel...

por TripAdvisor
Outros links:

Friday, 4 September 2009

Convento do Desagravo

Calçada do Convento
3400-758 - Vila Pouca da Beira
Tel. (+351) 238 670 080
Fax. (+351) 238 670 081
Em. recepcao.desagravo@pousadas.pt

Pousada de Portugal

Classificação

Preço

€€€€

100 a 150 €

Nº Quartos

24

CaracteristicasAr condicionado, TvCabo, Mini-Bar, Roupões, Envolvente paisagística, Piscina, Ténis, Salas lazer, Restaurante, Bar, Estacionamento
ExtrasPasseios temáticos, Caça, Canoagem

Reza a história que o Convento do Desagravo se construiu por obra e graça do Bispo Conde D. Francisco de Lemos de Faria Pereira, que fez levantar o edificio em finais do século XVIII.
Hoje em dia, a Pousada de Vila Pouca da Beira conserva toda a memória desse passado histórico, adaptado à medida do mais exigente conforto dos tempos modernos. A sua privilegiada situação geográfica, vizinha das Serras da Estrela e de Açor, favorece um ambiente romântico e tranquilo.

O Convento do Desagravo é um edifício com características básicas arquitectónicas do séc. XVIII.

Possui um claustro, justapondo-se-lhe em parte, do lado do Norte, o topo da igreja e formando ângulo com elas para o espaço da portaria. O claustro é de quatro arcos simples, que se levantam pilares, servindo de meras faixas lisas.

A galeria superior é descoberta, existindo unicamente umas colunas que servem de suporte a uma cobertura, obras da fase hospitalar. Sobre uma parede levanta-se o campanário, de duas sineiras de desigual altura. Um dos sinos é de 1801 e o outro de 1817.

A igreja divide-se em coro e parte destinada ao culto. A porta é lateral, rectangular, enquadrada de pilastras. Domina a grande janela superior, ladeada de dois nichos vazios, levantando-se acima da empena uma grande cruz. A entrada da portaria, rectangular, acompanha-se de pilastras e cimalha em traçado de frontão curvo, no estilo do fim do período setecentista. A torre levanta-se ao lado do extremo da capela-mor.

Possui retábulos setecentistas da mesma época, são as esculturas de madeira de Santa Clara e S. Francisco, bem como as de Santo António e Sagrada Família.

A Quinta do Convento mantém ainda as características primárias, oferecendo dois tipos de vivências: uma, a conventual com os seus percursos, fontes e jardins convidativos à contemplação; outra, a da quinta agrícola com as suas zonas de pasto e produção agrícola.

Existem igualmente, um conjunto de edificações em anexo ao Convento, construídas com materiais da região (granito) e de boa qualidade arquitectónica regional. Pretende-se optimizar as estruturas existentes e criar condições para preservar a paisagem envolvente.

O Bispo – Conde D. Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho concedeu licença para a fundação do Convento do Desagravo a 19 de Agosto de 1780, não estando ainda organizado o projecto do edifício. Foi escolhido o sítio chamado de S. José, aonde existia uma capela que, com o seu adro e terreiro contíguos, foi substituída pelas novas edificações e cerca.

Escolheu-se o Instituto do Louriçal para esta fundação, vindo daí duas religiosas, que se alojaram no hospício, parte do edifício já acabada. A construção deverá ter começado a ser construído por volta de 1780 e ter ficado pronta cerca de 1800.

Os fundadores, segundo a provisão régia e episcopal, foram “a Câmara, a Nobreza e o povo de Villa Pouca da Beyra” que deram os terrenos e certas dotações. Canonicamente foram fundadores Soror Maria Barbara, que foi abadessa, e Soror Maria do Sado. Porém a verdadeira fundadora e dinamizadora foi uma mulher do povo e analfabeta. Genoveva Maria do Espírito Santo, falecida a 31 de Dezembro de 1821, recolheu esmolas, não só no país como na corte refugiada no Brasil, aonde foi, tendo recebido jóias das mãos da Rainha D. Carlota Joaquina, que foram aplicadas na custódia, como o exame dessa comprova.

Em 1942 tomaram conta do Desagravo as religiosas Dominicanas Contemplativas, que desistiram estas do edifício em 1952, a favor da Junta Geral de Província. Esta, transitou a sua posse para a Fundação Bissaya Barreto, que desenvolveu actividades de assistência infantil, através do centro de férias, denominado Ar e Sol.

Entre 1975 1983, o edifício Convento do Desagravo serviu de alojamento aos desalojados das ex-colónias portuguesas.

Em Julho de 2000 a Fundação Bissaya Barreto iniciou as obras de recuperação e adaptação do Convento do Desagravo a unidade hoteleira.

Localização:

Simplesmente uma das melhores pousadas onde já fiquei. Convento bem aproveitado numa localização fantástica. Bons quartos. Restaurante excelente. Fabuloso.

+

Convento, Quarto, Restaurante, Piscina, Serviço

-

Nada

Crítica:
We thought we'd never get there. Fortunately, we've had some experience with driving in non-English environment, and there's only a few keywords. Example: there is more than one Vila Pouca in Portugal (literally, Little Villa, I think), but only one in Beira, and our map only showed "VIla Pouca" nestled into a really congested map. Thanks heaven for Map24 and via Michelin web pages - WARNING - do your homework in advance, as this is REALLY isolated and there's no signage almost at all! Enough of the problems getting there. The Pousada is a real one-of-a-kind! Lots of relics dot the walls, the rooms are palatial, the vineyards and olive groves around are spectacular, as is the pool and other outdoor stuff on the property. The restaurant is first-class (the waiter was a one-man show the night we ate there) and the little road down from the Pousada gave an inkling of what Roman / medieval times must have been like - a restored lavatorium (multi-
stone bathtubs side by side and a walled road that drops into the undergrowth). Loved it! Not for a more active or gregarious person for more than 2 days, but a must experience for anyone, or for a group of friends. It appears also to be a romantic getaway spot - another couple joined brekkies with us, from "separate rooms" and the female member of the pair couldn't remember "her" room number when asked by the waiter - a bit of whimsy to add to the allure of the hotel...

por TripAdvisor
This pousada was opened just a few years ago in an old monastry and has been decorated using a lot of the old staff with style. We booked a junior suite and beside a large bathroom we enjoyed a huge L-shaped balcony with at least 50 square meters. From there you could overlook the pool, wineyard and the views were only stopped by the mountains roughly 20km away. It was beautiful. Signposting is absolutely no problem and you can hardly miss it when coming from the main road either from Coimbra or Guarda. Everything was very well kept up and clean and absolutely nothing to complain about. Internet however should be free of charge nowadays !
The restaurant is very good but pricey; for 2 you have to calculate with Euro 100 including starters and wine. There is no alternative in the town and in case you are not prepared to drive dining in the pousada is the only choice. The next city Olivera do Hospital with supermarkets and a few local restaurants (not very invinting ones) is approximately 15 minutes drive. But the remoteness is also part of the charme of this pousada which we can only recommed to travellers.

por TripAdvisor
Outros links:

Saturday, 22 August 2009

Praia da Ursa


A praia da ursa localiza-se perto do Cabo da Roca em Sintra. Dada a proximidade é também a praia mais ocidental da Europa.

Foi considerada pelo Guia Michelin uma das praias mais bonitas do mundo.

in Wikipédia


Localização


Links
Site Oficial

Wednesday, 19 August 2009

Inimigos Públicos

Não me encheu as medidas. A reconstituição de época não está má, a história é superficial. Depp já esteve melhor, a técnica da câmara na mão não me conveceu. A meio já só esperava pela estocada final.

Título original: Public Enemies
De: Michael Mann
Com: Johnny Depp, Billy Crudup, Marion Cotillard, Christian Bale
Género: Acção, Drama
Classificação: M16

EUA, 2009, Cor, 141 min. (IMDB)

Durante os anos da Grande Depressão, existia em toda a população americana, uma revolta generalizada contra os bancos por serem a causa da crise resultante da quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. Apareceu então um grupo de gangsters, liderado por John Dillinger (Johnny Depp). Dillinger rapidamente conquistou a simpatia do público, tanto pelos seus assaltos a bancos como pelas épicas evasões da prisão, sendo considerado uma espécie de Robin dos Bosques da era moderna.
Depois de várias tentativas do Governo americano para o deter, J. Edgar Hoover (Billy Crudup), chefe do departamento do FBI que mais tarde se viria a tornar uma das maiores organizações de investigação do mundo, atribui a Dillinger a designação de Inimigo Público Número Um, atribuindo a Melvin Purvis (Christian Bale) a árdua tarefa de o deter. A perseguição, com vários sucessos e fracassos, terminaria com a morte de Dillinger, em 1934.
Michael Mann ("Heat - Cidade Sob Pressão", "Miami Vice", "Colateral") foi buscar inspiração ao livro do historiador e jornalista Bryan Burrough: "America's Greatest Crime Wave and the Birth of the FBI".
Fica a curiosidade: Johnny Depp e restante elenco usam chapéus feitos com feltro da fábrica Fepsa, de São João da Madeira.in Publico

Crítica:
"Inimigos Públicos" filma John Dillinger como último representante de um tempo, prestes a acabar perante os indícios de uma nova era.

Michael Mann é um dos casos interessantes da cinefilia contemporânea. Por várias razões, esta por exemplo: está por provar cabalmente que o Mann de "Miami Vice" (um dos melhores filmes americanos desta década), o destes "Inimigos Públicos", e vá lá, o de "Colateral", seja o mesmo Mann do "Último dos Moicanos", de "Heat" ou de "Ali".

Fugiria demasiado ao assunto deste texto ilustrar melhor esta dúvida, mas resumiríamos assim: se Mann, ao longo da sua obra, pareceu sempre alguém interessado em elaborar a partir das formas e figuras tradicionais da narração cinematográfica clássica, um "cineasta da mise-en-scène" quase (quase) no sentido "Mac-mahoniano" do termo, nunca o fez de maneira tão entusiasmante nem tão bem sucedida como a partir do momento em que passou a utilizar as pequenas câmaras digitais que foram o instrumento de trabalho dos seus últimos três filmes. Este facto, por si mesmo, constitui uma "questão interessante" para a cinefilia contemporânea; mas há ainda outro aspecto que vale a pena notar: interessado nos modos da narração mais do que na coisa narrada, Mann é muito capaz de ser o último formalista (no sentido estrito e historicamente legitimado do termo, como é óbvio) do cinema americano. Não espanta que a sua obra-prima seja "Miami Vice", filme sem "tema", filme quase sem "história" - do que nos lembramos é da luz, dos tempos e dos movimentos, da relação entre os corpos dos actores e o cenário.

A luz, os tempos e os movimentos, a relação entre os corpos dos actores e o cenário: felizmente, apesar de ter mais "tema" e mais "história" (a saga de John Dillinger e a caça que o então incipiente FBI lhe moveu), "Inimigos Públicos" também nos deixa ver e pensar nessas coisas. Menos pictórico e ambiental do que "Miami Vice", mais consistentemente centrado numa narrativa, é verdade que sentimos a falta daqueles momentos do filme de Miami em que tudo se parecia suspender, tornar abstracto, não dependente de factos narrativos - mesmo que nalgum grau isso não deixe de acontecer em "Inimigos Públicos", por exemplo em muitas das cenas entre Dillinger (Depp) e a namorada (Marion Cotillard), embebidas por um desejo difuso (diríamos um "longing", passe o inglês) de existirem para lá da narrativa como facto. Por outro lado, é claro que o essencial da história está na impossibilidade de Dillinger fugir à sua narrativa, que obviamente é o que permite a Mann filmá-los (à personagem e à narrativa) com um sentido trágico quase elegíaco, bem distinto do tratamento de John Milius no seu "Dillinger" dos anos 70.

Ao mesmo tempo, "Inimigos Públicos" não deixa de ser um regresso à acção, com menos matizes e cambiantes do que "Miami Vice". É em muitas destas cenas que se torna extraordinário o trabalho de câmara, sempre em flutuação, como que acompanhando as cenas, testemunhando-as, impondo-lhes uma respiração e uma espécie de um desfasamento (razão pela qual frequentemente parece haver um ralenti que de facto não existe) particularmente fascinantes. Como se a câmara, mobilíssima, encontrasse a sua própria coreografia, desenhasse os seus arcos entre os actores e o espaço, dentro da coreografia geral da cena. Liquidez e solidez: a câmara mergulha dentro desta imagem digital muito aquosa, mas fá-lo para dar conta da solidez da "mise-en-scène", para testemunhar a sua dureza e o seu rigor, para criar um ponto de vista sobre a sobre a "mise-en-scène" que nunca se confunde com ela, mas também nunca se torna numa distância "inorgânica". É raro, e é talvez o ponto onde Mann é mais "vanguardista".

Este tratamento moderno de uma personagem e de uma época (os anos 30) clássicas tem, curiosamente, alguns ecos dentro da própria narrativa. Dillinger é o tipo de ladrão romântico e "popular" (durante a Depressão assaltar bancos colhia alguma empatia junto do povo, "honni soit qui mal y pense"), arcaico e "analógico", totalmente impossível nos dias de hoje - onde as escolhas se limitam à criminalidade "abstracta" dos "hackers" ou dos Madoffs. "Inimigos Públicos" filma Dillinger como último representante de um tempo, prestes a acabar perante os indícios de uma nova era. É toda a intriga paralela com Edgar Hoover (Billy Crudup) e a constituição do FBI como instituição "moderna" - o princípio da aposta tecnológica, a criação de um sistema "big brother" capaz de esquadrinhar o espaço e tornar a vida quase impossível aos criminosos "físicos". Este progressivo acossamento é a história de Dillinger tal como o filme a conta, tornada símbolo da diferença entre dois mundos ou entre dois tempos. Não por acaso - ou por acaso histórico prenhe de conotações - tudo acaba numa sala de cinema. Os campos/contracampos entre Dillinger e Clark Gable (o filme que ele foi ver era "Manhattan Melodrama") têm esta ironia: estabelecem uma fronteira intransponível ("folk hero", Dillinger comportava-se como personagem de cinema mas nunca poderia ser tão intocável e inacessível como uma personagem de cinema) no mesmo passo em que lhe definem a aura e a lenda. A seguir pode vir o epílogo - Dillinger deixou-as, à aura e à lenda, no ecrã do cinema. Este filme, entre outros, é a prova disso.

Luis Miguel Oliveira

Tuesday, 11 August 2009

Harry Potter e o Príncipe Misterioso

Desilusão. Grande, arrastado, monótono em partes patético. Afinal o Principe Misterioso contribui em quê?? Gostei do ambiente sombrio ... e pouco mais.

Título original: Harry Potter and the Half-Blood Prince
De: David Yates
Com: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint
Género: Aventura, Thriller
Classificação: M/12

EUA/GB, 2009, Cor, 148 min. (IMDB)

Voldemort está de volta e com ele os Devoradores da Morte. O terror espalha-se pelo mundo mágico e também pelo dos muggles (seres não mágicos), que assistem a tragédias, assassinatos e desaparecimentos misteriosos.
Mas, antes de levar a cabo o golpe final, Voldemort tem uma importante missão para o rival de Potter, Draco Malfoy - a tentar ajudá-lo estará Severus Snape, agora professor de Defesa Contras as Artes Negras, que se revela afinal um espião do Senhor do Mal em Hogwarts.
Harry sabe que algo de mal se passa com Malfoy e tenta avisar Dumbledore. Mas este está mais preocupado em preparar o jovem para a derradeira batalha e, para isso, decide iniciar uma série de aulas individuais. Juntos, irão mergulhar no passado de Voldemort através das memórias do professor e de outras.
Com uma série de trabalhos, matérias para estudar e ainda as aulas com Dumbledore, Harry vai encontrar uma ajuda preciosa num antigo livro de Poções, que terá sido pertença de um aluno que se auto-intitulava de "Príncipe".
Mas nada se revelará fácil este ano: Harry é ainda capitão da equipa de Quidditch e dá por si embeiçado pela irmã de Ron, o seu melhor amigo...in PUBLICO

Crítica:
Pela nossa parte, não negamos a proficiência da tentativa, mas reclamamos o direito ao bocejo militante.

A saga de Harry Potter já vai longa e a energia inicial, incluindo a viragem para uma vertente mais negra e menos juvenil, parece ter-se esgotado: o actor Daniel Radcliffe (muito limitado no seu registo) perdeu o cariz ingénuo e esta sequela explora amores inconsequentes e o desenvolvimento hormonal de "teenagers" como os outros independentemente das suas características especiais de feiticeiros encartados.




Dito isto, resulta de toda justiça sublinhar o profissionalismo de uma realização segura e inteligente de David Yates, revelando uma compreensão da necessária visualidade expressionista, sobretudo na configuração dos "Death Eaters" e no seu ataque à casa da família Wheatley. As referências ao imaginário pictórico alemão, remetendo para Dürer, Grünewald, Böcklin ou Caspar David Friedrich, encaixam numa lógica de conferir à ficção uma sólida componente culturalista, que, se dispersa o olhar desprevenido do espectador comum, aspira a conquistar uma audiência mais adulta para as aventuras engendradas por J.K. Rowling. Resta saber se vale a pena tanto esforço.

Claro que as contrapartidas oferecidas, no âmbito de alargar horizontes icónicos, enfraquecem o consumo imediato do produto: a extrema extensão do filme (cerca de duas horas e meia), o cuidado posto na definição de personagens, o facto de se limitar a acção propriamente dita (um fã acrisolado da série poderá afirmar com propriedade que, basicamente, não se passa nada), tudo contribui para um certo cansaço, um excesso de pormenor a causar dificuldades acrescidas no que respeita, por exemplo, à condição de Alan Rickman, como super-vilão. Isto sem menosprezar os inevitáveis efeitos especiais de grande amplitude, nem a coerência mínima de objectivos. Para que serve, contudo, a sequência do jogo de "quiditsch"? E o ataque à ponte do Milénio? Mera decoração?

O argumento tenta condensar o livro, estruturando os múltiplos eventos segundo uma ordem plausível: Hogwarts deixou de funcionar como fortaleza indestrutível, um porto seguro de protecção para os aspirantes a feiticeiros; o inefável Dumbledore (Michael Gambon, a cumprir a sua rábula com a costumeira bonomia) morre, vítima das forças do Mal; Potter revela a sua paixão por Ginny e assume a sua qualidade de "ungido"; Draco Malfoy perde protagonismo e a Bellatrix de Helen Bonham-Carter (excelente, ainda que estereotipada) transporta consigo um desejável humor negro.

A questão essencial passa, no entanto, pelo lado descosido da narrativa, feita de estilhaços e de pirotecnias ocasionais. Em que medida contribui este sexto "episódio" para um real avanço da série? De que adianta, em termos globais, tão extenso "exercício de estilo"? Não se tratará, tão-só, de uma "brincadeira" intervalar, destinada a preparar o epílogo que, como já sabemos, desdobrará o livro final em dois filmes?

Entendamo-nos: as aventuras de Harry Potter possuem um público-alvo determinado que está aberto a todo e qualquer desvio, sem contestar a sua função. Mas e nós, os não iniciados, onde ficamos? Num limbo de indiferença perante algo que nos passa ao lado? Pela nossa parte, não negamos a proficiência da tentativa, mas reclamamos o direito ao bocejo militante. Recomendamos aos fãs (o que é de todo dispensável), mas permanecemos na expectativa de mais excitantes propostas, de mais cinema e menos "potterices".

Mário Jorge Torres

Saturday, 8 August 2009

Castelo de Almourol


O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, em Portugal.

Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).

in Wikipédia

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Sunday, 2 August 2009

Almeida Garret 2006

Vinho algo mediano mas agradável. Melhor no nariz que na boca.


Tipo: Tinto
Origem: SABE - Sociedade Agrícola das Beiras, S.A., Beira Interior, Portugal
Características: 2006, 12.8º, Touriga Nacional, Trincadeira e Tinta Roriz



Crítica:
Cor rubi e auréola ligeiramente violeta, os aromas são frutados embora sem grande exuberância, acompanhados pelas especiarias, na boca revela um volume mediano, a fruta melhora mas não deixa de ser um vinho fácil de beber, sem grande complexidade mas com uma frescura agradável, o final é curto.

14 por OsVinhos



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