Friday, 25 March 2011

Lisboa a noite

Excelente

Contemporânea . Portuguesa . Cool place
Morada:Rua as Gáveas, 69 Bairro Alto
1200 206 - Lisboa, Portugal[Mapa]
Tel:21 346 85 57 Reserva:Aconselhável Encerra:Domingo
Web:http://www.lisboanoite.com/
Preços:€€€ (25 a 35€)
Cozinha digna de nota
Garrafeira digna de nota
Zona de fumadores
Recomendado para grupos
Fora de horas



Restaurante situado no coração do Bairro Alto, de sabores genuinamente portugueses com uma cuidada atenção aos pormenores. A carta de vinhos é um dos ex-libris da casa e aí se encontram dos melhores e mais raros néctares portugueses.
Peixinhos da horta; espargos verdes com ovos mexidos; morcela de Seia com laranja; Presunto Pata Negra com melão; gambas fritas. Peixe: filetes de peixe galo com arroz de lingueirão; açorda de ovas; línguas de bacalhau panadas; polvo em azeite com amêijoas; bacalhau com cebolada à minhota; lulas recheadas com croquetes de batata; gambas panadas com molho tártaro; Robalo e Douradas escalados. Carne: cabrito frito com migas de espargos; carne de porco em vinha d`alhos com batatinhas e amêijoas; posta de vitela barrosã. Doces: Encharcada; Bolo fidalgo; Delícia de chocolate; Pão de rala; Tarte de ameixas
Críticas:
Cozinha portuguesa ao mais alto nível. Serviço excelente e ambiente acolhedor. Carta de vinhos para todos os gostos mas para poucas bolsas. Turistas estrangeiros parecem ser os principais clientes, a conta, infelizmente, afasta o comum dos mortais.
Nosso menu:Dueto peixinhos horta e cogumelos recheados de farinheira,
Pataniscas de camarao,
Filetes de peixe galo com arroz de lingueirão,

Assentou arraiais apenas há pouco mais de meia dúzia de meses, lá na rua das Gáveas, poucos metros abaixo do mítico Sinal Vermelho, que curiosamente pertence aos mesmos proprietários.

Pus-me a caminho do restaurante, sabendo apenas que aquele espaço chegou a funcionar como cavalariças. Mas isso foi há séculos, ainda antes do terramoto de 1755. Hoje, apenas uma argola de ferro presa à sólida coluna resistiu à erosão do tempo. Porém, não nos adiantemos mais sobre este espaço pleno de historial.

À entrada está o aquário tão comum a qualquer restaurante de peixe, onde repousam muitos dos jantares que serão servidos nessa mesma noite. Ao lado, a porta de vidro faz a separação da sala com a entrada e, quer por questões acústicas quer climáticas, convém deixá-la encostada.


Apesar de moderno, este não é um restaurante pretensioso como algumas casas nas quais os empregados andam cheios de salamaleques, trajados como se fossem para uma festa. Aqui não, todos usam t-shirt laranja com logotipo preto, aliás, uma das cores institucionais da casa, que contrasta muito bem com os cinzentos do chão.

A iluminação é feita a contraluz, a partir de alguns holofotes de parede e no meio do salão ainda há uns discretos focos que saem directamente do pavimento, criando luz ambiente.

E porque quando entrei a casa estava completa, avancei imediatamente até à sala de espera onde me entretive com um aperitivo, enquanto observava a sala de grupos, completamente lotada por uma excursão de japoneses. Numa das mesas perto de mim, um turista nipónico estava eufórico com o robalo que tinha no prato e não parava de tirar fotografias digitais, que insistia em mostrar ao seu companheiro, talvez português, que com ar de fastio, anuía com a cabeça. Que vício têm eles com a fotografia!

Tocou a campainha, ou melhor o empregado chamou-me. A mesa estava pronta e posta, e agora passamos a coisas mais sérias, o jantar.

Sentei-me numa das mesas quadradas e experimentei o conforto das cadeiras de couro. Entretive-me com o couvert, pão de centeio com queijo fresco e manteiga de alho, o trivial, mas que já engana a fome.

Finalmente a carta, que apesar de não ser infinitamente grande, é equilibrada. Para entrada, gambas fritas no azeite. E para acompanhar, uma garrafa de João Pires. Enquanto esperava pelo marisco, distraí-me a observar uma vez mais o ambiente, para descobrir uns bonitos painéis de azulejos onde se representam cenas da caça.


Distraído, quase nem dei pela chegada do pitéu numa malga de barro. Que manjar! Fumegantes, as gambas estavam saborosas. Até se podiam comer as cabeças.

A seguir, não muito tempo depois, foi altura de me confrontar com os filetes de peixe galo com arroz de lingueirão. Estavam tenros e apetitosos e percebia-se a milhas de distância que era peixe do dia, fresquíssimo. E o arroz, no ponto. Nem demasiado solto, nem empapado.

Fiquei satisfeito e positivamente impressionado com a qualidade da comida. Nota elevada também para o serviço de sala, eficiente, mesmo estando a casa cheia, e até quando algum cliente reclama de algum pequeno detalhe, como aquele casal de americanos que pediu para trocar de sobremesa. Pois é, mas eu cá fiquei muito contente com a minha sericá.

Para concluir em beleza, voltei ao bar sob o pretexto de rever as minhas notas com o proprietário, o qual me sensibilizou a provar a aguardente caseira. Uma categoria.

Saí satisfeito e bem jantado e apesar do preço não ser meigo, é certo que repetirei a visita.

por Lifecooler
Links:TimeOut







Monday, 21 March 2011

Barrete saloio

Regular

Tradicional . Regional . Típico
Morada:Rua Luís Camões 28/30 -A
2670-662 - Bucelas, Portugal[Mapa]
Tel:219 694 004 Encerra:Segundas (jantar) e às Terças
Web:http://www.barretesaloio.eu/
Preços:(menos de 15€)
Garrafeira digna de nota
Recomendado para grupos



O Barrete Saloio é um restaurante com decoração à antiga, com barros e ferragens de épocas remotas. Tem um alpendre saloio e uma janela florida. As paredes são cobertas de azulejos em tons de azul. O atendimento é pronto e simpático. E a acolhedora lareira para as noites frias de Inverno completa o ramalhete deste belíssimo Restaurante que em cada canto tem o seu encanto. O Barrete Saloio começou por ser a mais antiga pensão de Bucelas. Maria Fernanda Inácio Viola, filha do proprietário, nascida e criada nesta casa, deu continuação áquele nome, e de há 40 anos a esta parte, restaurou e recuperou o edifício, juntamente com o seu marido João Maria Viola, transformando-o no que é hoje o Barrete Saloio. A taberna virou cafetaria e pastelaria, a casa de pasto, bar, a casa da matança do porco, restaurante; e a cocheira, uma ampla cozinha.
Bacalhau à Inácio, o Bacalhau com Batatas a Murro, o Ensopado de Eirós e os Choquinhos à Piri-piri; nas carnes destaca-se o Cabrito Assado à Padeiro e o Arroz de Costela com Grelos
Críticas:
Casa simples de decoração típica. Comida sincere onde se destacam o Cabrito e o Arroz de costela. Bem servidos. Toucinho do céu de alta qualidade. Bom vinho da região
Nosso menu:Arroz de costela com grelos, Toucinho do céu, Quinta da Murta,








Sunday, 20 March 2011

Bardolino

Garrafa oferecida. Surprendeu-me, suave, um pouco seco, muito agradável no palato. Foi uma boa experiência.



Tipo: Vinho tinto
Origem: Azienda el Molino, Bardolino, Itália
Características: 12.5º, Corvina, Rondinella

Fermentazione sulle bucce e maturazione in serbatoi tradizionali. Indicato per primi piatti, carni magre o bianche. Temperatura di servizio 16-18°

Links:
Homepage

Wednesday, 16 March 2011

O discurso do rei

Um filme capaz e bem conseguido. Mas filme do ano parece-me demais.


Titulo original: The King's Speech
De: Tom Hooper
Com: Colin Firth, Geoffrey Rush , Helena Bonham Carter, Guy Pearce, Timothy Spall
Genero: Drama, Biografia
Classificacao: M/12

GB/EUA/Austrália, 2010, Cores, 118 min. (IMDB)

Desde os cinco anos que Bertie (Colin Firth), Duque de York e segundo filho do rei Jorge V de Inglaterra (Michael Gambon), sofre de gaguez, algo que sempre abalou a sua auto-estima. Depois do embaraçoso discurso de encerramento da Exposição do Império Britânico em Wembley, a 31 de Outubro de 1925, Bertie, pressionado por Isabel (Helena Bonham Carter), futura rainha-mãe e sua esposa, começa a consultar Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta da fala pouco convencional. Em Janeiro de 1936, o rei Jorge V morre e é o seu irmão Eduardo quem ascende ao trono até, menos de um ano depois, abdicar por amor a uma americana divorciada em favor de Bertie. Hesitante perante o peso da responsabilidade e obcecado em ser monarca digno do reino, o novo rei apoia-se em Logue, que o ajuda a superar a gaguez... Realizado por Tom Hooper ("Maldito United"), "O Discurso do Rei" inspira-se na história verídica do rei Jorge VI e é o filme favorito na corrida aos Óscares, estando nomeado para 12 categorias, entre as quais melhor filme, melhor actor (Colin Firth), melhor actor secundário (Geoffrey Rush), melhor actriz secundária (Helena Bonham Carter), melhor realizador e melhor argumento original.in Publico

Critica:
Há que distinguir entre "clássico" e "conservador", palavras que podem ter significados em comum mas não são necessariamente sinónimas. "O Discurso do Rei" é um filme clássico no modo como se articula de acordo com regras narrativas e padrões estéticos tradicionais, sem ser forçosamente conservador (os ângulos forçados com que Tom Hooper filma as suas personagens, enquadradas nas geometrias sociais que balizam a Inglaterra dos anos 1930, servem ao mesmo tempo para subverter o classicismo e para sublinhar o estatuto de "inadaptados" destas criações).
"O Discurso do Rei", história verídica do modo como o Duque de York, futuro Jorge VI de Inglaterra (e pai da actual rainha Isabel II), venceu a sua gaguez, é tão clássico que está mais próximo do telefilme de prestígio da BBC - o que está longe de ser um insulto porque tomara muitos (tele)filmes serem como a ficção de época britânica (e Hooper é rapaz formado nessa escola). Só que vai um passo muito longo de um telefilme acima da média a um êxito de bilheteira que parte à cabeça do pelotão dos Óscares. E aí a coisa já fia mais fino. Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Derek Jacobi, Timothy Spall, Guy Pearce são actores notáveis - mas não fazem mais do que aquilo que sempre fizeram (Firth ia tão melhor o ano passado no "Homem Singular" de Tom Ford, que explorava melhor a sua reserva natural do que este papel de aristocrata inglês que ele faz com uma perna atrás das costas). A história é bem contada e bem apresentada - mas daí a considerá-la "um dos melhores filmes do ano" vai um passo que só um marketing particularmente afinado permite. É um filme bem feito mas anónimo, cuja popularidade junto dos votantes dos Óscares e dos espectadores anglo-americanos se encaixa na perfeição numa ideia conservadora do cinema partilhada por muita gente: uma boa história, bem contada, com bons actores. Nada contra. Mas isso não chega para distingui-lo com os encómios que tem recebido.

Jorge Mourinha

Saturday, 12 March 2011

Época das Bruxas

Tão fraquinho e previsível ... e no entanto tem os ingredientes certos para uma bela saga ... pena.


Titulo original: Season of the Witch
De: Dominic Sena, Peter Goddard
Com: Nicolas Cage, Ron Perlman, Stephen Graham
Genero: Terror, Aventura
Classificacao: M/16

EUA, 2010, Cores, 95 min. (IMDB)

Depois de anos de cruzada na Terra Santa, os cavaleiros Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Perlman) regressam a Inglaterra, onde descobrem um país assolado pela Peste Negra. Acusados de deserção, só uma missão os pode livrar do cárcere: escoltar uma jovem acusada de bruxaria que todos acreditam ser a responsável pela epidemia. O destino é um mosteiro isolado nas montanhas, onde ela será julgada pelos monges e purificada num ritual religioso... Uma aventura medieval realizada por Dominic Sena ("60 Segundos", "Operação Swordfish") in Publico

Friday, 4 March 2011

Cragganmore

Riqueza subtil com um pouco de fumo. Elegante mas pouco marcante.



Tipo: Single Malt Whisky
Origem: The Cragganmore Distillery, Speyside, Escócia
Características: 12 anos, 40º, 

Speyside today is widely revered for its sublime malt whiskies and for its fine salmon fishing. It is here, in this fertile triangle of land between mountain and sea, long been known as the Garden of Scotland, that Cragganmore single malt whisky is distilled. One of Speyside's greats. Elegant and austere. Gradually, almost reluctantly, reveals itself. A palate blossoming with flavours, and a long, lingering, finish

Crítica:
A fairly polished malt. A little nondescript with the faintest possible farmy notes in the background.
Cragganmore was never a real favourite of mine in the 'Classic Malts' series, and I'm not growing any fonder.
Hey wait - something vaguely metallic after a few minutes of breathing. All in all, a lot remains hidden.
Taste: Decent whisky, but very little remarkable about it. A suggestion of smoke on the palate, very subtle?
A lightly malty, medium dry centre with a decent mouth feel but little character. A fairly light finish

75/100 por Maltmadness


História: The Cragganmore Distillery was founded in 1869 by John Smith, who is said to have been the most experienced distiller of his day. He had been manager of Macallan, Glenlivet and Wishaw distilleries, and was lease-holder of Glenfarclas Distillery when he persuaded his landlord, Sir George Macpherson-Grant, to lease him the land to build a new distillery at Ballindalloch beside the Strathspey railway line.
Cragganmore was the first distillery to be deliberately sited to take advantage of the railway line and a private siding was built to accommodate distillery traffic. John Smith was a great railway enthusiast, but since he weighed 22 stones (140kg) and was too wide to enter a railway carriage, he was obliged to travel in the Guard’s van.

Links:
Malts.com