Saturday 24 March 2012

Pousada do Infante

Local espantoso, bons quartos, bom restaurante e serviço. Já merecia uma renovação, um pouco ultrapassado.
A Pousada de Sagres insere-se num cenário com sabor a mar e com grande importância histórica. Foi desenhada pelo Arquitecto José Segurado e inaugurada em 1960, nas comemorações do V centenário da morte do Infante D. Henrique. Daqui, avistam-se a Fortaleza de Sagres, de onde partiram caravelas nos Descobrimentos Portugueses, o Cabo de S. Vicente, a parte mais sudoeste da Europa, denominada Sacrum Promontorium, e o porto de pescas. No geral, o Algarve significa praias de areia macia e mar azul-turquesa, pinhais verdes, flores entre as dunas, calor e clima de paixões, sejam elas no intenso Verão, ou no tranquilo Inverno. Mas o Algarve é muito mais do que isso. É nesse Algarve diferente que se encontra a pequena vila de pescadores, conhecida como Vila do Bispo e onde se insere Sagres, em pleno sudoeste algarvio. Entrar na região de Sagres é absorver uma atmosfera mística, envolta por uma paisagem bravia, onde o mar e a serra se juntam formando um património natural invulgar.

Web

Taberna do Gabão

Comida absolutamente maravilhosa a um preço imbatível. A não perder.

Lifecooler

Saturday 17 March 2012

10º Festival Internacional Chocolate

Fiquei desiludido, soube-me a pouco
Já lá vão dez anos desde que Óbidos passou a acumular atributos achocolatados e volta agora a ter gulosas razões para se tornar local de romaria: o 10.º Festival Internacional de Chocolate de Óbidos invade a vila medieval ao longo dos fins-de-semana de Março. De sexta a domingo, há Gastronomia Criativa, Cake Design assim como Passagens de Modelos, com a participação dos criativos StoryTailors e de alunos do CIVEC - Centro de Formação Profissional da Industria do Vestuário e Confecção. Em todos os momentos, promete-se inovação e design como fios condutores de uma trama que tem como personagem principal o chocolate e como argumentistas chefs chocolateiros, pasteleiros e, estima-se, milhares de gulosos.
Site Oficial

Monday 12 March 2012

Quinta da Alorna Reserva 2009

Relação qualidade\preço imbatível. Vinho de elevada categoria a optimo preço

Tipo: Vinho tinto
Origem: Quinta da Alorna, Tejo, Portugal
Características: 2009, 14º, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon

Intenso a violetas e groselha madura da Touriga, com especiarias próprias do Cabernet e complexidade dada pelo estágio em madeira


Links:
Produtor

Saturday 10 March 2012

Castelo de Belver

Monumento Nacional - Construção militar (1210-1212)

Wikipedia . Amigos dos Castelos

Arroz de Lampreia

Manjar delicado e preferido do bom gourmet, é pitéu de temperado: não é peixe nem é carne, ou se adora ou se odeia. Os gregos chamavam à lampreia “petromyzon”, que vem a significar “chupa pedras”. Já os romanos chamavam-lhe “lampetro”, e tinham bem abastecidos os seus viveiros (era famoso o de Cayo Hirtius cujas lampreias se consumiam nos banquetes para celebrar as vitórias de César).
Nasce nos rios e permanece nestes até se tornar adulta, ciclo que leva entre entre 4 a 5 anos, alcançando 20 cm de comprimento. Emigra, então, para o mar, onde permanece até atingir a sua maturidade sexual; e é então quando se torna totalmente adulta e chega a medir entre 80cm e 1 metro e a pesar entre 1,200kg e 1,500 kg.
Volta ao rio onde nasceu e é também aqui que deixa de se alimentar. Para se reproduzir, constrói um ninho com pedras que, com a boca, arrasta até sitio seguro a fim de fazer a sua reprodução. O macho fixa-se à fêmea com a boca e enrola-se a esta para fazer o acoplamento sexual. É então que a fêmea põe entre 50.000 a 200.000 ovos. Após a desova, ambos morrem.

A lampreia à bordalesa deriva da região de Bordéus. Em Portugal a lampreia à bordalesa é uma das formas de preparação mais comum, no entanto, nada tem a ver com a receita original de Bordéus (e que é cozinhada de uma forma completamente diferente da utilizada não só em Portugal como em Espanha). A nossa bordalesa não passa de um estufado onde a quantidade de cebola substitui a de alho francês, assim como o vinho é verde e não de Bordéus, não deixando por isso de ser menos nobre e delicioso como a bordalesa de Bordéus.


1 Lampreia
3 Cebolas grandes
1 dl de azeite extra virgem
2 Dentes de alho
2 Alho francês
1 Ramo de salsa
1 Folha de louro
1 Raspa de noz-moscada
1 Cravo-da-índia
6 Voltas com o moinho de pimenta preta
1 Lt de bom caldo de carne
20 cl. de vinho do porto Vintage, de preferência da última colheita que esteja no mercado
50 cl. de vinho verde tinto da variedade Vinhão
400 gr de arroz carolino


Preparação da lampreia: Colocar a lampreia viva numa bacia e escaldar rapidamente com água a ferver. Retirá-la e raspar com uma faca e depois com um pano de estopa ou com um esfregão grosso por forma a retirar-lhe toda a substância viscosa. Tirar-lhe os dentes e lavar com água fria abundantemente. Limpá-la com um pano e pendurá-la pela cauda colocando por baixo uma tigela com o vinho para aparar o sangue que escorrer. Fazer um corte vertical na parte anterior à boca e ao longo dos três últimos orifícios inferiores e retirar a espinha. Fazer outro golpe em redor do orifício anal e puxar a tripa com cuidado para que saia inteira e sem rebentar. Retirar também o fígado e muito cuidadosamente o fel. Cortar às postas sem contudo as separar.
Colocam-se as postas da lampreia a marinar, adicionando-lhe os dois vinhos, os dentes de alho, o alho francês e a salsa (tudo bem picado), o louro quebrado, a pimenta, o cravo e a noz-moscada, e uma pitada de sal, durante 6 horas. Num tacho, faz-se um refogado com o azeite e a cebola cortada em dados, não muito puxado. Quando a cebola ganhar um pouco de cor, juntam-se-lhe as postas da lampreia e deixamos refogar durante cerca de 10 minutos em lume médio. De seguida, junta-se o que ficou da marinada, devendo continuar a refogar também em lume médio, durante mais 10 minutos. Junta-se, então, o vinho da marinada e aumenta-se um pouco a potência do fogo.
Verifica-se se a lampreia está cozida e retiramo-la, deixando o restante reduzir, em fogo brando, cerca de 30 minutos. Retiramos do fogo e trituramos com a varinha eléctrica até obtermos uma solução cremosa. De seguida, adicionamos a quantidade de caldo de carne previamente aquecido necessária para a cozedura do arroz. Quando levantar fervura, adiciona-se o arroz e faz-se correcção de sal. A meia cozedura do arroz junta-se o sangue da lampreia. Quando o arroz estiver cozido junta-se então a lampreia e serve-se de seguida, com calda abundante.

Fonte: www.mariajoaodealmeida.com

Friday 9 March 2012

O Medo do Homem Sábio (Parte I)

De Patrick Rothfuss
1001 Mundos 2011

Gostei bastante... Uma construção de ambiente de detalhe magistral, mal posso esperar pela segunda parte e pelo 'Nome do Vento'.

Agora em O Medo do Homem Sábio, Dia Dois das Crónicas do Regicida, uma rivalidade crescente com um membro da nobreza força Kvothe a deixar a Universidade e a procurar a fortuna longe. À deriva, sem um tostão e sozinho, viaja par Vintas, onde, rapidamente, se vê enredado nas intrigas políticas da corte. Enquanto tenta cair nas boas graças de um poderoso Nobre, Kvothe descobre uma tentativa de assassínio, entra em confronto com um Arcanista rival e lidera um grupo de mercenários, nas terras selvagens, para tentar descobrir quem ou o quê está a eliminar os viajantes na estrada do Rei. Ao mesmo tempo, Kvothe procura respostas, na tentativa de descobrir a verdade sobre os misteriosos Amyr, os Chandrian e a morte da sua família. Ao longo do caminho Kvothe é levado a julgamento pelos lendários mercenários Adem, é forçado a defender a honra dos Edema Ruh e viaja até ao reino de Fae. Lá encontra Felurian, a mulher fae a que nenhum homem consegue resistir, e a quem nenhum homem sobreviveu… até aparecer Kvothe. Em O Medo do Homem Sábio, Kvothe dá os primeiros passos no caminho do herói e aprende o quão difícil a vida pode ser quando um homem se torna uma lenda viva.

Extractos:
Chamo-me Kvothe. Resgatei princesas dos túmulos de reis adormecidos, incendiei Trebon. Passei a noite com Felurian e parti com a sanidade e com a vida. Fui expulso da Universidade na idade em que a maioria dos alunos é admitida. Percorri caminhos ao luar que outros receiam nomear durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e compus canções que fazem chorar os trovadores. É possível que me conheçam.
Crítica:
Começa o segundo dia e Kvothe continua a narrar ao Cronista a sua história. A história do seu percurso pela Universidade, com todas as atribulações resultantes da rivalidade com Ambrose (e, em certa medida, do seu próprio orgulho), com a evolução da sua aprendizagem, com as suas pequenas aventuras... e com as grandes mudanças condicionadas pelos acontecimentos do passado. De Imre a Vintas, em busca de um futuro que lhe permita investigar as raízes do passado que lhe marcou a existência, esta é a história de um crescimento que continua, de um mundo que muda e que muda a perspectiva de um dos seus mais interessantes habitantes. Uma história com muitas histórias para contar... Estabelece-se, nesta segunda narrativa da história de Kvothe, um ritmo bastante mais pausado que o do livro anterior. Não abundam os grandes acontecimentos nesta primeira parte e é, em grande medida, esta a razão para o abrandamento no ritmo da narrativa. Apesar disso, não se perde qualquer envolvência. Até a mais simples (ou aparentemente simples) situação em que Kvothe se vê envolvido proporciona momentos de interesse, seja no lado emocional, seja na construção da intrigante personagem que é o protagonista deste livro. Não tendo grandes pontos em comum com a versão idealizada do herói, Kvothe é, ainda assim, uma figura com quem é fácil criar empatia e as suas vulnerabilidades, quando surgem, ganham mais evidência pela personalidade orgulhosa que o define. Trata-se da figura central deste livro, é certo, mas há mais para descobrir para além de Kvothe. Com a sua algo delicada situação na Universidade, é possível ver mais sobre o funcionamento do sistema em que esta se enquadra. E, com a mudança para Vintas, tudo muda, apresentando-se um cenário diferente, onde um sistema de protocolo invulgar e uma série de intrigas vêm aumentar as potencialidades desta história. Mas também das personagens que interagem com o protagonista se define algo de muito importante nesta história, já que as ligações e afectos que se criam entre personagens são uma importante parte deste livro. As amizades, a saudade dos que partiram, a lealdade para com amigos (e, por vezes, para com superiores) e aquele toque de amor desesperado definem, tanto quanto o próprio passado, a empatia evocada para com Kvothe. Ainda de referir um toque curioso que se torna mais evidente com o evoluir da narrativa: a forma como, sendo Kvothe o narrador de (quase) toda a história, lhe compete decidir o que desenvolver e o que abordar de forma superficial. Isto é recordado ao leitor quando momentos que parecem ser os grandes pontos da sua história (segundo as lendas que despertaram o interesse do Cronista) acabam por ser apresentados com uma perspectiva completamente diferente. Eram as melhores as expectativas para este livro, e é certo que não desiludiu. Cativante, com um mundo com vários pontos de interesse e boas personagens, das quais se destaca um protagonista carismático e invulgar, este é um livro que recomendo sem reservas.

As Leituras do Corvo

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