Saturday 31 May 2008

Albacora

Quatro Águas - Antigo Arraial Ferreira Neto
8800-901 - Tavira
Tel. 28 138 08 00
Fax. 28 138 08 50
Em. albacora@vilagale.pt


Resort

Classificação

Preço

€€€

75 a 150 Euros

Nº Quartos

157

CaracteristicasAr condicionado, TvCabo, Mini-Bar, Wi-fi, Varanda, Envolvente paisagística e cultural, Piscina, Salas lazer, Museu, Restaurante, Bar, Estacionamento
ExtrasAluguer bicicletas(6 a 15€), Ferry para a praia(1€), SPA (Piscina aquecida, Jacuzzi, Banho turco, Duches, Ginásio)(7.5€ dia), Massagens(30 a 100€)
Vila Galé Albacora é, sem dúvida, um hotel diferente. Em pleno parque natural da Ria Formosa e implantado num conjunto de edifícios de relevante valor arquitectónico e histórico-cultural. O Hotel Vila Galé Albacora nasceu da recuperação de um antigo arraial de pesca de atum. Esta origem contribuiu para as características arquitectónicas e culturais distintas no hotel Albacora, inserido em pleno Parque Natural da Ria Formosa, no Algarve.

O museu, a capela e o transporte exclusivo de barco de/para a praia e cidade, são apenas algumas das especificidades que proporcionam garantia de tranquilidade a quem passa as férias no Algarve alojado no nosso Hotel Albacora.

O nosso hotel Albacora é o palco ideal para umas férias no Algarve inesquecíveis, com o palco de uma das mais pitorescas cidades algarvia. No interior do nosso hotel Albacora, em Tavira, poderá desfrutar de piscinas exteriores para adultos e crianças, uma piscina interior aquecida, uma biblioteca, um ginásio e diversas salas de reunião.

O Hotel Vila Galé Albacora dispõe de 157 quartos, 4 suites júnior e 1 suite sénior. O emblemático restaurante “Inevitável” integra o hotel Albacora. Na ementa está presente a gastronomia mediterrânica, de cariz oriental, apoiada em produtos de primeira qualidade e com breves passagens pelo lume.

Localização:

Um antigo arraial de pesca ao atum foi recuperado dando lugar a este resort em plena reserva da Ria Formosa. As pequenas casas, onde provávelmente habitava uma família, deram lugar a espaçosas suites. O hotel oferece tudo o que se pode desejar para uma estadia à beira mar, piscina exterior, SPA, acesso à praia privativo e um bom restaurante. Do ponto de vista negativo, àgua com pouca pressão e fraca insonorização dos quartos. Para uma unidade hoteleira do seu tamanho, é bastante calmo e acolhedor.

+

História
Localização
Restaurante

-

Insonorização
Chuveiro

Crítica:
Em Tavira, a ver o mar e a ria, mas sem molhar o pé que por agora a água está fria. Dentro das portas de um hotel que é um velho arraial de atum há boa comida, um clube de saúde e mesas de snooker. Lá fora, há Tavira para ver com prazer.
Paula Oliveira Silva 2002-01-29


Há quem diga que só a ver o mar é que a terra faz sentido. Pois se assim for, está a questão resolvida. Portugal, que dizem ser à beira-mar plantado, tem uma extensa costa que se estende de norte a sul proporcionando verões mais frescos.

Mas agora a estação mudou e as marés são outras, por isso o melhor é mesmo ficar em terra, enquanto se entretém a ver o mar. E quem diz mar, diz rio ou ria. Em Tavira água é que não falta.

Em pleno Parque Natural da Ria Formosa, existe um hotel que pode oferecer todo o conforto de uns dias (e noites) bem passados(as). A ver o mar, claro, e a ria também.

O hotel, um antigo arraial de atum, (espécie de aldeia cujos habitantes se dedicavam, quase todos à mesma actividade, neste caso, a pesca), não descurou das tradições locais e tratou de recuperar as antigas casas de pescadores, mantendo a arquitectura típica da região.

Este Albacora, um tipo de atum, acrescentou "pequenos" pormenores que num hotel são tudo. Assim sendo, nasceu o clube de saúde com piscina interior aquecida, jacuzzi, banho turco e ginásio. Mimos que fazem a diferença.


Por alturas do Verão, uns bons banhos na piscina exterior podem ser uma alternativa a ter em conta. Se levar crianças existe um clube para elas a funcionar na antiga escola primária do arraial, também recuperada. Uma ideia bem engraçada, que o diga a criançada quase sempre esquecida pela hotelaria. E já agora, fique a saber que na pequena capela do ex-arraial também se celebram casamentos. Se está a pensar em casar e não sabe onde fazê-lo, pode ser que o faça aqui.

Tanta coisa para fazer

A animação é uma regra da casa. O bar tem espectáculos diários de música ao vivo e shows de folclore mais vocacionados para os estrangeiros. mas há mais por onde escolher. Se for um aficcionado do snooker, só tem mesmo é que arranjar parceiro porque a mesa e o equipamento disponibiliza o hotel. Diga-se que é mais um motivo para que não se isole no quarto.

Se mesmo assim achar pouco, o hotel fornece informação sobre aluguer de bicicletas, motos e diversas excursões. Há ainda uma embarcação própria que o transportará para a praia e para a cidade. Assim fica fácil não ter que se preocupar com nada. Para os amantes do golfe, existem alguns campos nas proximidades.


Falou-se de divertimento, mas saco vazio não se aguenta muito tempo de pé. Por isso, se a fome apertar e não quiser sair, o Restaurante das Ssalinas, apresenta um bufett completo para ganhar novas energias.

Se preferir uma refeição “à la carte”, basta dirigir-se ao Restaurante Arraial, situado no torreão com vista para a ria.

Outra originalidade deste hotel, é o Museu relacionado com as actividades piscatórias, seus utensílios e embarcações. Tudo isto porque há tradições que não se podem nem devem deixar passar em branco. E mesmo em descanso pode-se sempre aprender mais qualquer coisa.


Com o pé fora da porta

Uma vez aqui, seria uma pena não conhecer a cidade. O castelo e as igrejas de Santa Maria e Santiago são merecedores de uma visita. E as ruas de casas brancas onde os prédios enormes são raros.

Se se cansar muito, não há que ficar preocupado, pode sempre descansar no Jardim ou numa das esplanadas do antigo mercado. Reaberto como espaço lúdico, com lojas de artesanato e cafés, é o local ideal para olhar a cidade separada pelo rio Gilão mas unida pela velha ponte “romana” que afinal até é Seiscentista. Para o cenário ficar completo só lhe falta mesmo provar os doces típicos, feitos à base de amêndoa. De comer e levar mais para casa.

por lifeCooler
Outros links:

Alcantiã

Bairro do Rossio Mercado Municipal
8970-052 - Alcoutim
Tel. 28 154 66 06
Encerra Segundas.

Regional Alentejano

Gostei. A comida é boa, aliás como é norma no Alentejo, as pessoas simpáticas. A qualidade do serviço é amadora, mas até chega a ter o seu encanto. O ambiente podia ser mais cuidado. Local com óptima relação qualidade preço.

Comida

Comida caseira de boa qualidade

Preço

11 Euros

Ambiente

Sala simples por cima de um mercado

Serviço

O serviço é bastante amador
No primeiro piso do mercado de Alcoutim, com a paisagem do Guadiana e de Espanha a espreitar para o interior, o restaurante Alcatiã já conta com onze anos. O ambiente rústico do restaurante é acentuado pelo contraste entre os tons claros que predominam no espaço e os móveis de madeira escura a lembrar as casas de antigamente. Com especial destaque para a cozinha regional, nomeadamente a gastronomia serrana tradicional, a Alcatiã faz a delícia daqueles que por ela passam.

Localização:

Nosso menu:

  • Barriga de atum grelhada
  • Favas à moda da serra
  • Torta de amêndoa
  • Vinho de pegões
  • Medronho


Crítica:
Com uma vasta lista de pratos aromáticos e substanciais, típicos da serra algarvia, o restaurante Alcatiã promete deleitar os apreciadores de paladares fortes.
Alcoutim, vila algarvia plantada entre o Guadiana e a serra, seduz os visitantes com o seu casario e igrejas imaculadamente brancos, coroados pelo castelo quatrocentista. As ruazinhas íngremes e estreitas desaguam junto à margem do rio, onde os veleiros atracados sugerem passeios tranquilos – porque não até S. Lucar del Guadiana, a povoação do outro lado do rio? - e as esplanadas convidam à modorra e contemplação. É, no entanto, sabido que os ares da serra abrem o apetite e que para melhor conhecer uma região, nada como lhe tomar os aromas e paladares. Um dos melhores lugares para o fazer, nesta terra, será o Alcatiã, restaurante regional, onde não faltam, durante todo o ano, pratos fartos de borrego e porco (experimente as Migas com Entrecosto) e, em tempo de caça, iguarias tão afamadas quanto o Coelho à Caçador, a Lebre com Feijão Branco, a Perdiz à Algarvia ou o Javali Estufado. Isto para não falar da lampreia acabada de pescar, acompanhada pelo incontornável arroz temperado por quem sabe.

Eternas tradições

Aberto desde 1996, o Alcatiã tem na vontade e dotes culinários de Rosário Baptista, a sua alma. Natural de Alcoutim, esta funcionária pública aposentada procura, através do seu restaurante, dar a conhecer aos visitantes a gastronomia que conhece desde criança. Com uma queda natural para as relações públicas, partilha as artes culinárias com um outro cozinheiro da região, de forma a servir pessoalmente os seus clientes, com quem troca invariavelmente dois dedos de conversa. A maioria parece frequentar o local assiduamente – nomeadamente o ex-deputado Carlos Brito, que almoçava do outro lado da sala – mas também são muitos os que aqui vêm esporadicamente, de pontos distantes do país, para degustar iguarias que só as terras do Guadiana podem oferecer. A mais célebre é a lampreia que, garante Rosário, proporciona ao Alcatiã clientela “de Mangualde à Ponta de Sagres”. Esse prato em particular é uma especialidade sua, feita apenas por encomenda, e em época própria (normalmente de Fevereiro a Abril). As grandes apostas da casa são, sem sombra de dúvida, os pratos principais. No entanto, as azeitonas bem temperadas e queijo fresco de cabra, servidos como aperitivos, pareceram-nos uma forma gulosa de iniciar o repasto. Quanto às sobremesas, destaca-se a clássica tarte de amêndoa, ou não estivéssemos no Algarve. A garrafeira, por seu lado, satisfaz os mais exigentes, oferecendo algumas preciosidades que quase nos fazem esquecer a modéstia das toalhas e guardanapos de papel. A decoração da sala é simples e de pendor regional, o que casa bem com a cozinha apresentada. As paredes exibem aguarelas evocativas das paisagens algarvias e, os móveis, utensílios ligados ao mundo rura.

Em suma: um restaurante à altura desta pitoresca região fronteiriça, cuja identidade e tradições, desde sempre associadas ao Guadiana e à serra, encontram aqui um "apetitoso" modo de divulgação.

por LifeCooler
Outros links:

Friday 30 May 2008

Moiras encantadas

Rua Miguel Bombarda 2
8200-495 - Paderne
Tel. 28 936 87 97
Aberto só ao Jantar. Encerra Domingo. Reserva aconselhável no verão. Tem esplanada

Regional

Bom sítio para degustar a cozinha da serra Algarvia com um toque mais original. Ambiente agradável numa calma e pacata aldeia da serra. O serviço não esteve à altura.

Comida

Muito agradável

Preço

€€

20 Euros

Ambiente

Ambiente rústico de paredes de pedra

Serviço

Atencioso mas muito lento, a este nível não se admite

Restaurante premiado em concursos de gastronomia regional, é um digno representante da melhor cozinha algarvia serrana, distinta da praticada na zona litoral. Ricos, aromáticos e apetitosos, assim são os pratos que, com a assinatura de Rogério Alves, cativam os comensais desta casa, cuja decoração também homenageia esse Algarve mais desconhecido.


Localização:

Nosso menu:

  • Alcachofra com queijo de cabra
  • Galinha cerezada amendoa e figos
  • Borrego assado
  • Torta maçã com gelado
  • Bolinho de figo flamejado com medronho
  • Copo vinho

Outros links:

Wednesday 28 May 2008

Indiana Jones e o reino da caveira de cristal

Como fã que sou não pude deixar de gostar. É interessante ver como nos é apresentado um Indiana mais entradote. Como sempre Spielberg está em grande, mas atenção estamos a falar de um filme de entretenimento, muita acção e comédia um pouco apalhaçada. A sequência na selva é muito cansativa e fraca, trocava tudo isso por mais suspense. Raiders ainda é o melhor, de longe.

Título original: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
De: Steven Spielberg
Com: Harrison Ford, Karen Allen, Cate Blanchett
Género: Acç, Ave
Classificação: M/12

EUA, 2008, Cores, 124 min. (IMDB)

Em plena Guerra Fria, Indiana Jones escapa por um triz no deserto a uma emboscada dos soviéticos. Mas quando regressa finalmente a casa e à universidade, percebe que por aí as coisas vão de mal a pior. As suas actividades paralelas lançaram fortes suspeitas sobre si e o Governo está a pressionar a universidade para que despeça o professor. Ao sair da cidade, Indiana conhece Mutt que lhe faz uma proposta irrecusável: partir à descoberta de um lendário objecto, fonte de fascínio, superstição e medo nas últimas décadas - a Caveira de Cristal de Akator. Mas Indy e Mutt rapidamente percebem que não estão sozinhos nesta busca. Também os soviéticos estão no encalço do mítico tesouro...in Público

Crítica:
Muito boa introdução à matéria - de Elvis a Marlon Brando, passando pelos comunistas e pela ameaça nuclear, a primeira meia-hora opera a passagem de Indiana Jones dos anos 40 para os anos 50, com Spielberg cheio de verve e evidente prazer a inventar planos e a construir raccords. Chegamos a entusiasmar-nos, e aquele plano com o cogumelo nuclear é muito bom. Depois a coisa banaliza-se um pouco.

Os vilões soviéticos são demasiado apalhaçados para que funcionem como funcionavam os nazis dos "Salteadores da Arca Perdida", e a história de reconciliação familiar, que faz espelho com "A Grande Crusada" (era Indiana e o pai, agora é Indiana e o filho) precipita o filme numa paródia não especialmente interessante.

Mas Spielberg, mesmo a brincar, e desde que não esteja num dos maus dias em que já esteve (demasiadas vezes, diríamos), tem talento mais do que suficiente para gerir a acção num ritmo inteligente. "O Reino da Caveira..." acaba antes que comecemos a bocejar, e bem gostávamos de dizer isso a propósito de tudo o que promete que nos vai "entreter".

Luís Miguel Oliveira

Sunday 25 May 2008

Galiza





Um fim-de-semana prolongado pelas rias da Galiza. Enseadas, praias de areia branca, ilhas e muita chuva.

Dia 1 (22-05-2008) 556 km(s), 28 litro(s), 92.8 km/h
Lisboa(PT) . Vila Nova Famalicão(PT) . Carril(ES) . Catoira(ES)

Feriado. Vamos aproveitar 4 dias de descanso para explorar as maravilhas das “Rias Bajas” na Galiza. Já faz algum tempo que tinha curiosidade em conhecer esta zona e desta vez é de vez.
O dia começou chuvoso. Um manto cinzento e opressivo debitava copiosamente litros e litros de água sobre a Auto-Estrada, como sempre acontece nestas ocasiões a moral fica muito por baixo e à medida que os kms rolavam a dúvida ia-se adensando … “Valerá a pena?” De dúvida em dúvida as horas foram passando e vontade de avançar aumentando, e eis que a hora de almoço é chegada, outra dúvida se levanta agora, onde almoçar? Demos finalmente uso a uma prenda de Natal, Guia das Tascas de Portugal, e escolhemos o Tanoeiro em Vila Nova de Famalicão. Já não sendo uma tasca, pelo menos na minha definição, mantém a tradição de bem servir e em quantidade, mas agora com toalhas de pano e empregados de lacinho. Poderia ter corrido melhor, os rojões eram demasiado gordurosos, não sou grande fã de tripa frita, perderam um dos nossos pedidos e só tivemos direito a meia dose de cabrito. Reanimados com o repasto prosseguimos viagem para norte. A chuva continuava de tal maneira que quase não demos pela entrada em Espanha. Eram cerca de 16h quando o dilúvio deu tréguas e chegámos ao nosso destino, Catoira, pequeno município na ria de Arosa. A principal atracção desta terra é a sua “Romaria Vikinga”, festa popular realizada junto às arruinadas “Torres de Oeste” e que simula um desembarque Viking, com pessoal vestido a rigor que se lança de uma réplica de um Drakar à conquista da fortaleza.
Mas naquele momento ainda pouco sabíamos sobre estes assuntos e estávamos mais preocupados em descobrir o nosso alojamento. A tarefa não foi difícil e rapidamente encontrámos uma vivenda rodeada de jardins numa pequena ruela. Não se parecia nada com a fotografia na Net o que nos preocupou. O alojamento propriamente dito situa-se nas traseiras. Os Migueliños, assim se chama o alojamento, significa “Pequeninos” e era uma clara alusão ao tamanho da casa e dos seus antigos habitantes. Três casas tradicionais foram recuperadas, fundidas numa só e agora oferecem ao todo 5 quartos. Na posse da família, à mais de 100 anos, foi recuperada com todo o cuidado respeitando a traça, os materiais e aproveitando espaços novos como os sótãos. Enquanto esperávamos na sala de entrada apreciámos a massiva lareira de pedra, antigamente a única fonte de calor da casa, e brincámos um pouco com o piano, infelizmente já não sei tocar nada mas gosto sempre de dedilhar sobre o teclado.
Apresentações feitas, foi-nos explicado o que havia na região bem como sugestões para jantar. Como ainda era cedo optámos por ir jantar a uma terra mais a sul chamada Carril.
Estacionámos e visitámos a pequena enseada utilizada para recolher as embarcações de pesca, o céu carregado ameaçava chuva e o vento cortante lembrava outras estações que não a primavera. O delicado equilíbrio meteorológico manteve-se e após umas fotografias e muitas ementas lidas decidimos que ali não era lugar para jantar, voltámos a Catoira e fomos a uma das sugestões iniciais a Taberna Vikinga. Este é um bar onde se vai picar ao fim de dia, aos fins-de-semana servem jantares mas durante a semana somente tapas. Decidimos fazer a refeição com Presunto, queijo, Polvo e pão e foi uma maravilha tudo estava 5* inclusive o jarro de verde Tinto que estava soberbo, acabámos uma bela Tarte de Santiago. Este sítio é excelente para tapas. O dia já ia longo, altura de dormir.
   O Tanoeiro 
   Carril 
   Taberna Vikinga 
   Los Miguelinos 


Dia 2 (23-05-2008) 183 km(s), 8 litro(s), 67.9 km/h
Isla de Arousa(ES) . Pontevedra(ES) . Combarro(ES) . Porto Novo(ES) . A Lanzada(ES) . Isla de la Toja(ES) . Cambados(ES) . Catoira(ES)

Depois de uma noite de chuva intensa que sem piedade fustigou a janela de sacada do nosso quarto, o dia amanheceu tímido. Ao pequeno-almoço conhecemos outra anfitriã. Esta irmã era um autentico furacão, muito bem disposta aproveitou a casa estar vazia para nos mostrar todos os quartos, o mobiliário antigo e literalmente nos obrigar a tirar fotografias a tudo e a todos.
Duas hipóteses se nos apresentavam para passarmos o dia, rumar a sul pela ria em direcção a Pontevedra ou avançar pelo norte em direcção ao atlântico. Optámos pela 1ª e uma vez mais rumámos a Carril, após esta terra cruzámos a imensa ponte em direcção à ilha de Arosa e fomos ver as vistas ao mirador local. Esta ilha situado no meio da ria a que dá o nome era essencialmente local de mariscadores e pescadores como atestam as centenas de plataformas de mexilhão que a rodeiam, com o passar dos tempos o turismo foi marcando a sua presença. Nesta altura o mau tempo abateu-se sobre nós e uma chuva forte começou a cair. Com este tempo pouco podíamos fazer por aqui e decidimos aproveitar para ir até Pontevedra na esperança que a chuva amainasse no entretanto o que se veio a verificar.
Em Pontevedra percorremos as ruas pedonais do centro, é uma cidade com algum tamanho mas ainda mantém um centro histórico muito bonito e arranjado apesar de não ter nenhum monumento de renome. Aproveitámos as nesgas de sol para apreciar as grandes mansões as curiosas portadas de 1º andar de tamanho inteiro sem protecção directamente para o exterior as grandes magnólias nos jardins. Para almoçar procurámos a Alqueria Mudéjar, local recomendado pelos nossos anfitriões, muito concorrido ao almoço fomos preteridos e colocados numa mesa muito pequena, a comida não foi grande coisa e o serviço leeeeeeeento, não comi mal mas numa próxima oportunidade procuro outro sítio.
O céu já apresentava grandes rasgos azuis, estava na altura de ir à descoberta das “Rias Bajas”. As “Rias Bajas” são profundos braços de mar que preenchem a costa Espanhola desde o cabo Finisterra até à fronteira Portuguesa, extremamente recortadas oferecem pequenas enseadas e belos portos naturais tudo rodeado de um verde intenso que preenche as falésias, infelizmente a pressão imobiliária começa-se a fazer sentir e lotes de condomínios novos, muitos deles com pouca preocupação de inserção na paisagem, aparecem por todo o lado. Parámos numa pequena aldeia piscatória Combarro, conhecida pela profusão de espigueiros de pedra junto ao mar, muito pitoresco mas já pouco autêntico. Continuando ao longo da costa passámos por San Xenxo, Portonovo e parámos um pouco na ermida da nossa senhora de Lanzada numa pequena península que se projecta para o atlântico profundo. Daqui a paragem lógica seguinte é a ilha da Toxa, mais uma ilha ligada por uma ponte, é utilizada unicamente como resort de férias e termal, contém um SPA rodeado por jardins e uma curiosa igreja completamente coberta por conchas de vieira. Prestando atenção um pouco às vivendas que preenchem a ilha compreende-se que este foi sempre um lugar para a elite qual condomínio fechado insular. O dia já declinava e ainda queríamos visitar Cambados conhecida pelas suas adegas de Albariño e aproveitámos para jantar por lá e experimentar "in loco" tão famoso produto. Optámos por um pequeno restaurante que apresentava um bom menu, comemos uma paella decente, apesar de não ser local para isso, e degustámos bem fresco o vinho local. Polémicas à parte, de se o nosso é melhor que o deles (o que talvez seja verdade), este em particular não era grande coisa.
   Isla de Arousa 
   Pontevedra 
   Alqueria Mudejar 
   Combarro 
   Playa Bascuas 
   Ermida de la Lanzada 
   Isla de la Toja 
   O Pote 
   Los Miguelinos 


Dia 3 (24-05-2008) 183 km(s), 9 litro(s), 60.4 km/h
Catoira(ES) . Corrubedo(ES) . Noia(ES) . Padrón(ES) . Isla de Arousa(ES) . Carril(ES)

Mais um dia. Como o dia anterior foi dedicado ao sul, hoje restava-nos o norte. O plano inclua uma ida ao mirador de la Curota ponto onde em dias claros se avistam 3 rias diferentes. Para começar fomos ver as Torres de Oeste (aka Torres Vikinga), ruínas de uma fortaleza mandada construír por Afonso III para deter as incursões dos piratas nórdicos pela ria acima e particularmente a Padrón (a terra dos famosos pimentos). O acesso a estas ruínas junto à agua faz-se através de um passadiço de madeira sobre os sapais o que constitui um passeio muito agradável, infelizmente mesmo junto às Torres foi construído um enorme viaduto para cruzar a ria neste ponto de estreitamento, o que arruinou completamente a envolvente paisagística do local. À volta dos restos da Torres (duas e também uma igreja) foi montado uma espécie de forte de madeira onde todos os anos é realizada, a já indicada, “Romaria Vikinga”. É neste local onde após a simulação do desembarque se realizam os festejos e o arraial. Ali ao lado ancorado placidamente a réplica do Drakar, navio de guerra viking, construído de propósito para a realização dos festejos. Enquanto víamos isto a chuva começou a cair e tivemos que abandonar o local sob uma violenta borrasca. Encharcados até aos ossos chegamos ao carro e seguimos caminho. Com o tecto de nuvens tão baixo e com tempo que se fazia sentir não valia a pena o desvio ao mirador, em vez disso seguimos até à zona natural das dunas Olveira y lagunas de Carregal e Vixán. Após alguns minutos através de um passadiço pode-se apreciar a maior duna móvel do noroeste peninsular. Com 1,2 km de extensão e 15m de altura é agora uma sombra do que foi em tempos tendo chegado a atingir 80m de altura, a extracção de areias só terminou aqui na década de 90. Além desta o parque oferece 1000 ha de zonas dunares e alagadiças bem como 5km de costa com vários trilhos definidos. Alguns kms mais à frente fica o farol de Corrubedo no cabo com o mesmo nome. A junção do mar, rocha e o pesado céu criou uma luminosidade e um ambiente engraçados, boas fotos por aqui. O passeio prosseguiu para norte em direcção à ria de Noia. O caminho é do mais bonito que há mas o tempo constantemente chuvosa nada fez para apreciarmos convenientemente. Chegados a Noia, almoçamos, o nome do local já me passou e a refeição não me marcou em nada, só me lembro que era uma espécie de cave acedida por uma arcada de pedra e que o ambiente era bastante escuro. À tarde fomos visitar Padrón, dos famosos pimentos somente uma estátua alusiva às vendedoras. Padrón deve o seu nome à pedra, agora altar, onde reza a lenda, foi amarrado o barco que trouxe o corpo de São Tiago, esta pedra, qual ancora, era chamada de padrón. Na terra pouco há para ver, um rio ladeado de plátanos, algumas estátuas, a igreja (tinha um casamento) e muitos patos, o rio está pejado de patos, de todos os formatos e feitios, pequenos e grandes, bonitos e feios, há para todos os gostos.
O tempo finalmente dava sinais de melhoria e aproveitámos para voltar à ilha de Arosa até à ponta à zona de Carreirón no sul da ilha. Aqui fica uma zona de percursos nos pinhais que dão acesso a várias enseadas e praias. Zona muito aprazível, as primeiras horas de céu limpo dos últimos dias davam-lhe um encanto especial. Atravessámos os pinhais até à punta Arnelas no extremo sul, do outro lado a ilha da Toxa onde tínhamos estado no dia anterior, de regresso ao carro percorremos a enseada da praia de Xastélas com os seu areal branco e águas translúcidas. A luz do final da tarde deu um encanto especial a esta zona, já bonita por natureza.
Para jantar voltámos à taberna Vikinga, desta vez para um jantar mais completo. Comemos caldeirada e bacalhau, neste aspecto estamos muitos pontos à frente dos galegos. A comida é boa mas na minha opinião o molho de pimentão não traz mais valia alguma ao peixe. Como estava a decorrer a final do concurso Eurovisão da canção, ficámos até ao fim numa alegre disputa com os restantes convivas, nós a puxar pela srª do mar e eles a vibrar com o tique tique. Tudo muito alegre e saudável até porque o verdadeiro vencedor já ia com centenas de pontos de avanço, no fim Portugal lá ficou à frente dos Espanhóis. Apesar da “derrota humilhante”, toda a gente concordou que para os vizinhos Portugueses até não se importavam de perder, já que ficaram à frente dos Franceses. Foi muito divertido, estava longe de dedicar tempo a ver a Eurovisão mas passou-se bem o tempo.
   Torres Viking 
   Taberna Vikinga 
   Los Miguelinos 
   Duna Movel de Corrubedo 
   Farol Corrubedo 
   Meson Senra 
   Padrón 
   Playa de Xastélas 


Dia 4 (25-05-2008) 639 km(s), 32 litro(s), 69.5 km/h
Pobral de Camiñal(ES) . Ponte de Lima(PT) . Lisboa(PT)

É chegado o dia de regresso. O dia estava bonito, em vez de voltar imediatamente, aproveitámos para ir ao mirador da Curota. Realmente a vista é soberba se bem que não era dos dias mais límpidos. Tomámos café no topo e depois demos uma volta pelo alto do planalto. Também aqui, como em Portugal, se notam as cicatrizes dos incêndios que infelizmente vão devastando as zonas verdes. A paisagem está em recuperação e entre os pinhais meio enegrecidos uma manada de cavalos pastava calmamente. Uma neblina começava a formar-se indicando que estava na altura de arrepiar caminho. A caminho da Autovia cruzámo-nos com os preparativos para a procissão de corpo de deus que seria realizada à tarde um pouco por toda a Galiza, as ruas foram enfeitadas com flores, cadeiras e bancos estrategicamente colocados ao longo do percurso a marcar lugar e as melhores mantas e toalhas expostas numa autêntica disputa de status entre vizinhos.
O regresso a Lisboa nada teve a indicar, à excepção de uma paragem no restaurante Açude em Ponte de Lima. O almoço foi muito bom, restaurante confortável com uma bela vista. Quando chegámos uma miúda tinha-se trancado por acidente na casa de banho e estava um autêntico alvoroço para tentar libertá-la, nada me tira da ideia que mais stressadas estavam todas as mulheres que não podiam ir à casa de banho do que a rapariga lá dentro. Depois da almoçarada, bela posta Mirandesa finalizada com pudim do Prior, que rivaliza com o abade de Priscos em potência calórica, enfrentámos a estrada e poucas horas depois … Casa.
   Mirador de la Curota 
   Açude 




4 dias de 22-05-2008 a 25-05-2008
1560.4 kms (390 /dia)
76.4 litros (19 /dia) 4.9 aos 100
69.5 km/h (22 h)
 
    Praia Xastélas, Ilha Arosa
    Cabo de Corrubedo
    Mirador de la Curota
    Tapas na Taberna Vikinga
    Chuva