Friday, 30 April 2010

Forever Tango

Espectáculo de grande nível. Os músicos foram extraordinários.

O Tango é um sentimento que se dança. Cada história conta-se em três minutos. É paixão, é melancolia. É terno. Mais do que uma dança, Tango é música, drama, uma cultura, um modo de vida !!!

São histórias que contam as vidas dos argentinos das zonas portuárias de Buenos Aires, os seus amores, raivas, momentos de coragem e, claro, o seu ego machista...

O espectáculo, onde o romantismo da voz de Carlos Morel presta homenagem a Carlos Gardel, está de volta com o melhor da tradição argentina. Com uma grande produção musical, o espectáculo conta com um conceituado elenco de bailarinos, um assinalável virtuosismo musical e toda a magia interpretativa do tango. O “ritmo-pasión” dos argentinos promete proporcionar diferentes sentimentos a quem se aventurar a ir ao Casino Lisboa.

Presencie o drama e a sensualidade com que os bailarinos se movem no palco, deixe-se contagiar pela cultura rioplatense no espectáculo de Tango, de excelência, da Broadway.

Sunday, 25 April 2010

Hotel El Sella

Calle Puente Romano,nº2
33550 - Cangas de Onís
Tel.
Fax.
Em. reservas@hotelsella.com

Arcea Hoteis

Classificação

Preço

€€

50 a 75€

Nº Quartos

30

CaracteristicasAr condicionado, Tv
ExtrasPequeno-almoço(6 €)


Este elegante hotel está situado na bonita vila asturiana de Cangas de Onís, junto à Ponte Romana, sendo a base ideal para explorar as montanhas vizinhas e as espectaculares praias da região.

O Hotel El Sella tem uma decoração encantadora e moderna, que o ajudará a relaxar e sentir-se em casa durante a sua estadia. Visite o fantástico Parque Nacional Picos de Europa, que está a sul do hotel. Poderá empreender caminhadas através das impressionantes paisagens montanhosas do parque ou experimentar outros desportos de aventura.

As maravilhosas cidades nortenhas de Ribadesella e Llanes valem bem a pena uma visita e podem vangloriar-se de excelentes restaurantes de marisco, onde poderá desfrutar de um saboroso almoço ou jantar.

Localização:

Boa qualidade, nada a assinalar a não ser a sua boa localização.

+

Localização

-

Estacionamento

Outros links:

Friday, 23 April 2010

Hotel Vanguarda

Av. Monsenhor Mendes do Carmo
6300-586 - Guarda
Tel. 271208390
Fax. 271227526
Em. centralderesevas@naturaimbhotels.com

Natura IMB Hotels

Classificação

***

Preço

€€

50 a 75€

Nº Quartos

82

CaracteristicasAr condicionado, TvCabo, Mini-Bar, Envolvente paisagística, Salas lazer, Restaurante, Bar, Estacionamento
ExtrasWi-Fi(3€/hora), Estacionamento coberto(2,5€/dia)


Situado na zona mais elevada do país, a 1000 metros de altitude, este hotel moderno e com bons serviços proporciona-lhe uma fácil exploração das áreas da região e locais.

O Hotel Vanguarda é um estabelecimento de 3 estrelas superior, com quartos bem climatizados e equipados, incluindo um restaurante panorâmico, serviço à carta e de buffet e todas as amenidades de que necessita o viajante dos dias modernos.

A localização do hotel significa que, se estiver interessado, terá amplas oportunidades para explorar as montanhas vizinhas, das mais altas da região, bem como as atracções históricas e culturais das imediações.

Localização:

Relação qualidade preço imbatível. Quarto excelente com vista soberba, bom serviço. Pequeno almoço excelente. Uma crítica somente, fomos colocados num quarto com porta comunicante junto a uma família com bebé que nos diminui a qualidade de descanso. Quando a ocupação do hotel o permite, como era o caso, deveria ser prestada alguma atenção nestes pormenores. Uma excelente aposta contudo.

+

Vista, Pequeno-almoço

-

Insonorização

Crítica:
We stayed three nights in this most comfortable and well located
hotel.

Simply everything was first class, the building most interesting, the staff friendly and helpful, the breakfasts great,

Views on both sides were great. Our bedroom really spacious , comfortable and immaculate.

The one "complaint " - we did not stay longer.

Who could ask for more? We will certainly return -- as soon as possible !!

por TripAdvisor
I spent 3 nights here. Very comfortable rooms in a modern hotel (equivalent to a 3-star Hilton Garden Inn or similar in US/Canada). Ask for mountain view room- nice. Rooms in Portugal and Spain in 2-4 star hotels do not have irons and ironing boards like most North American hotels....so if you need an iron, take a travel type with you (remember adaptor plug you can buy at CAA or AAA for $3). Hotel restaurant food on top floor is good (if you like rather rich Portuguese food - try their great Caldo Verde soup)and table service was impecable. I am a frequent business traveller and sleep ~ 80-100 nights/yr at hotels and eat out a lot. I got one of the most courteous, attentive table service you can get anywhere at this place. There is a nice bar on the top floor (opposite the restaurant) with a nice view of the moutains - also friendly service. Unfortunately, the bar only serves sandwiches. Visit the Guarda cathedral (~ 950 yrs. old) - impressive! If you have the time, visit the town of Sabugal (~ 50 km from Guarda) - the impressive medieval castle has just been restored and cleaned up...also beautiful landscaped gardens around it. And get used to the maddening traffic circles you get every km in Portugal and Spain!

por TripAdvisor
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Chaminé 2008

Redondinho, guloso, final curto a médio. Excelente qualidade preço


Tipo: Vinho tinto
Origem: Cortes de cima, Alentejo, Portugal
Características: 2008, 13,5º, 43% Aragonez (Tempranillo), 42% Syrah, 6% Touriga Nacional, 4% Trincadeira, 2% Cabernet Sauvignon, 2% Alicante Bouchet e 1% Petit Verdot

O nome Chaminé tem origem numa das parcelas da vinha – ‘Chaminé de Gião’, onde eram originalmente produzidas as uvas usadas neste vinho.

Corpo médio com bom suporte taninoso. Maioritariamente feito a partir da casta Aragonez loteado com outras castas portuguesas. Levemente envelhecido e engarrafado com ligeira filtração, este vinho está pronto para beber mas irá melhorar na garrafa a curto / médio prazo.
Em 2008, o Inverno e a Primavera foram frios e húmidos. Consequentemente, o abrolhamento sofreu
um atraso, daí resultando menos cachos e bagos mais pequenos, especialmente nas castas Aragonez
e Touriga Nacional. O Verão começou de repente, com uma pequena vaga de calor em Junho, mas
seguiram-se dois meses de tempo mais ou menos constante, com dias secos e amenos e noites frias,
optimizando as condições de crescimento.
Com a excepção de um curto período chuvoso, que rapidamente passou, o tempo de vindima foi o
melhor de que temos memória, com dias secos, quentes e solarengos, o que permitiu que nos
déssemos ao luxo de seguir o ritmo da vindima de acordo com a maturação específica de cada
variedade de uvas, do grau de desenvolvimento de cada parcela de vinha e até de cada fileira de
cepas.

Com cor vermelha densa e profunda com matizes violeta. Os aromas são subtis, mas abrem para
revelar frutas vermelhas, cerejas maduras e compota de framboesa, com notas de terra e baunilha. O
palato, sólido e generoso, é abundante em fruta com taninos estruturantes equilibrados.

Crítica:
Devo confessar que sou adepto ferrenho dos vinhos Cortes de Cima. Desde a gama mais baixa, que geralmente são vinhos muito frutados, apelativos, bons para o dia a dia, passando pelo Cortes de Cima colheita, uma vinho com qualidade e um bom preço, os varietais, com especial destaque para o Touriga Nacional e para o poderoso Incógnito, e por fim para o Reserva, um vinho que me enche as medidas, complexo, estruturado, belíssimo.
É excelente o trabalho protagonizado pelo casal estrangeiro que escolheu o Alentejo para fazer vinho, encontrando ali o terroir ideal para os vinhos que tinham em mente, para o perfil que queriam nos néctares.


A gama Chaminé situa-se acima do Courela, o vinho de entrada do produtor. Existem na versão branco e tinto e têm um preço de cerca de 5 euros.
Esta colheita de 2008 (o 2009 já está no mercado) foi feito com as castas Syrah e Aragonez. sem passar por madeira.
Tem uma cor escura, jovem.
Aroma intenso e muito jovem, cheio de fruta (morangos, groselhas) e toque vegetal.
Boca com bom volume, redonda, acidez mediana. Muito marcada pela fruta.


Temos aqui um vinho bem feito, cheio de fruta (como era de esperar), muito dentro de um perfil de um vinho australiano que provei aqui. Feito para ser bebido cedo, para aproveitar toda esta vida que tem. Uma boa aposta.

15/20 por Pingamor



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Dom Garfo

Rua Afonso de Albuquerque
6300-657 - Guarda
Tel. 271211077
Não encerra

Contemporâneo

Adorei da comida ao serviço. A carne estava excelente. O serviço é 5 estrelas. A voltar de certeza.

Comida

Excelente, Criativa, Saborosa

Preço

€€

Até 25€

Ambiente

Requintado, Extremamente agradável

Serviço

Simpatia extrema

Se a Cidade da Guarda já se orgulhava de possuir alguns dos melhores espaços da Beira Interior, para a arte de bem refeiçoar, mais altiva se encontra com a recente abertura deste novo restaurante.

Num ambiente contemporâneo e inovador, surgem-nos três salas, de simpática decoração, onde uma cozinha aprimorada e um serviço deveras condigno satisfazem as exigências dos mais exigentes.
Tranches de garoupa com aveludado de camarão
strudel de bacalhau. Rosbife com queijo
vitela barrosã

Localização:

Nosso menu:

  • Chamuças de farinheira
  • Vieiras com cogumelos selvagens
  • Lombinhos barrosã
  • Abade de priscos
  • Chaminé 2008

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Sunday, 18 April 2010

Bushmills 12 Anos

Suave e generoso, não é o meu tipo de whisky preferido mas é muito bom.


Tipo: Single Malt
Origem: Bushmills, Irlanda
Características: 12 anos, 40º 

Edição limitada à venda na distilaria

Crítica:
This Bushmills can only be obtained in the duty free shops and hence is a 1 litre bottle. It's a marriage of the classic Bushmills single malt and Bushmills that has matured in Caribbean Rum casks. It delivers a spicy sweet dram.

The nose is wonderful. Typically Bushmills: sweet with honey and vanilla - but augmented by rum flavours, meaning raisins. You can also discern the ex-bourbon oak. It's quite spicy already and makes your mouth water.

The dram is very creamy and delivers on its promise from the nose, but gets overrun by sweet malt with rum, dark chocolate, caramel and toasted oak. It's quite fruity too. This one is very sweet, but not disturbingly so - on the contrary!

The finish may be limited to rum and spices, but it's so deliciously long.

I have a soft spot for Irish whiskeys (and Bushmills in particular), but this one is truly a wonderful expression. The bottle can be found from approx 50 pounds, but is worth every penny (especially considering that it's a full litre!). Probably one of the best Irish whiskies on the market today.

9/10 por Whisky connors

Links:
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Whiskymag

Porta de Cavaleiros

Cor grená, no seu todo equilibrado do nariz ao final.


Tipo: Vinho tinto
Origem: Caves São João, Dão, Portugal
Características: 2007, 13º, Touriga Nacional 100%

Vinho Dão. O tinto distingue-se pela finura do seu aroma e pelo seu paladar aveludado e é o acompanhamento ideal não só para a gastronomia tradicional portuguesa, mas também para ocasiões de confraternização e troca de experiências.

Crítica:
As Caves São João são uma das mais antigas empresas de produção de vinho em Portugal, com uma origem que remonta a 1920.
Alguns dos seus vinhos emblemáticos são nossos conhecidos há muitos anos, como o Frei João, o Frei João Reserva, o Caves São João Reserva e o Porta dos Cavaleiros. Já tivemos algumas experiências extraordinárias com algumas relíquias desta casa, como aconteceu com uma garrafa magnum de Porta dos Cavaleiros Reserva Seleccionada de 1975. Nos últimos anos os vinhos destas caves andaram um pouco longe da ribalta, e durante algum tempo era praticamente impossível encontrar o Frei João Reserva, o Caves São João Reserva e o Porta dos Cavaleiros Reserva. O reencontro de certa forma ocorreu numa das últimas edições do Encontro com o vinho, onde a empresa estava representada com novos lançamentos destes vinhos. Neste momento já é possível encontrá-los à venda.
Há alguns meses experimentámos uma garrafa de Porta dos Cavaleiros Reserva 2002 que não convenceu, ficando em suspenso uma nova prova para tirar dúvidas. Mas entretanto encontrámos à venda uma versão monocasta deste vinho, que desde logo tratámos de adquirir.
Foi uma boa revelação. Trata-se de um vinho suave e aromático, com aroma predominantemente frutado e floral que lhe é conferido pela Touriga Nacional. Na boca é medianamente encorpado com boa persistência e final adocidado e aveludado, mas em que se notam taninos firmes.
Pareceu ter potencial para melhorar com mais um ou dois anos de garrafa, e tendo em conta o preço moderado parece ser uma boa opção de compra. Uma prova a repetir e uma marca a considerar nos recomendáveis.

7.5/10 por No meu copo


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Saturday, 17 April 2010

Opera show

Fantástico ... quando me lembro da Rainha da Noite acompanhada à guitarra eléctrica ainda fico arrepiado.

O Auditório dos Oceanos, no Casino Lisboa, é o palco escolhido para receber o espectáculo "The Opera Show", no dia 6 de Abril, pelas 21h30. Um espectáculo exuberante, surpreendente e evocativo que estará em cena até 17 de Abril.

Exuberante, surpreendente e evocativo, este é um espectáculo onde reconhecidas árias de ópera são recriadas numa nova paisagem visual animada pela teatralidade de coreografias com muita atitude. "The Opera Show" marca também pela composição colorida dos cenários e pelo arrojo do guarda-roupa e da caracterização.
Dividido em três actos, o espectáculo viaja por diferentes épocas musicais a partir do glamour dos aristocráticos palácios italianos até ao ambiente pós-guerra da década de 40, culminando na loucura do rock'n'roll.
Bach, Beethoven, Mozart, Dvorak e Puccini serão interpretados como nunca (ou)viu, num espectáculo em que a crítica já se rendeu à composição colorida dos cenários e ao arrojo do guarda-roupa e da caracterização.

Dividido em três actos, "The Opera Show" propõe uma viagem a diferentes épocas musicais, convidando o público a acompanhar um elenco de obras conhecidas, como "Papageno, Papagena - Flauta Mágica", de Mozart (1791), "Lascia Chio Pianga - Rinaldo", de Handel (1711), "Ah! Je Veux Vivre - Romeu e Julieta" (1867), de Gounod, entre outras.

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Adega do Convento

Rua Moreira 11
2640-507 - Mafra
Tel. 261 814 225
Encerra 3ªfeira

Tradicional, Grelhados

Local interessante para a terra, o serviço foi desastroso, a comida banal. Acho que tem pernas para andar desde que corrijam estas falhas.

Comida

Grelhados, normal

Preço

€€

até 15 €

Ambiente

Requintado, Barulhento

Serviço

Atabalhoado
Restaurante localizado no centro histórico de Mafra, num edifício que conta com mais de 100 anos. O serviço é aprimorado e o espaço requintado. A gastronomia sobressai, ao conjugar sabores da cozinha tradicional portuguesa e de outras paragens. À semana há pratos do dia num sistema de buffet à descrição.

Localização:

Nosso menu:

  • Costeletas de borrego na grelha

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Friday, 9 April 2010

Sofisticato

Rua São João da Mata 27
1200-846 - Lisboa
Tel. 213965377
Encerra às Segundas

Italiano

Comida realmente boa, o risotto verde um pouco insonso, os pêssegos divinais, no meio tudo o resto a puxar para o óptimo. O ambiente é envolvente e realmente sofisticado, no entanto, tanto veludo faz suar. A servir, simpatia e extrema eficiencia. O ponto verdadeiramente negativo é o preço, admito que qualidade deve ser paga mas, para mim, aqui é cara demais. É um local muito bom, poderia ser fabuloso.

Comida

A roçar a perfeição

Preço

€€€

até 35 €

Ambiente

Realmente sofisticado

Serviço

Bom

No Sofisticato nada foi deixado ao acaso. Nem a localização, em Santos, uma das zonas mais cosmopolitas de Lisboa, nem a decoração, clássica a requintada q.b, com paredes de pedra, tons neutros (pontualmente temperados com pormenores dourados e/ou prateados) e cadeiras almofadadas em veludo, e muito menos a ementa, assinada pelo chefe Alessio Carrer, que define o seu menu pela pura base italiana, de estilo mediterrâneo. Aqui, degustam-se todos os dias pratos que fundem aromas e sabores.

Localização:

Nosso menu:

  • Almondegas de queijo fumado
  • Fetuccini Vieiras
  • Risotto verde
  • Pessegos com Amaretto
  • Semifrio de morangos com redução de vinagre

Crítica:
Já há pela web uma série de reviews ao restaurante Sofisticato mas mais uma não faz mal e além do mais todas as que por ai aparecem referem as pizzas. Fica a nota: Não há pizzas na actual ementa do Sofisticato. Não há nem fazem falta. Mas isso mais adiante.

Sofisticato. Em Santos. E sim, é sofisticado. Basta passar à porta para perceber mas assim que se passa “pela” porta acabam-se as dúvidas caso existam. Recebidos à chegada pela encantadora Sara e pelo não menos simpático Samuel, é-nos indicada a nossa mesa. Foi reservada a de canto ao fundo da sala. Boa escolha para uma noite descontraída e disponível.

A sala só por si é um luxo. Um ambiente cosy, moderno, linhas direitas com toques de dourado a darem a pitada de classy que a casa inspira. As vigas de ferro à mostra são colmatadas com meia pintura a roxo mostrando uma robustez com gosto. As mesas são cuidadosamente apresentadas, o padrão da toalha batendo com o padrão do guardanapo e que prazer é fugir ao guardanapo branco. Nada contra é certo mas, uma cor, um padrão, é sempre bom para variar. Aqui foi.

A ementa é-nos apresentada numa moldura dourada. Os luxos não devem ser modestos. E a sofisticação com classe é um luxo a merecer nada menos que uma moldura dourada. Outra moldura vem à mesa com a carta de vinhos. Uma nota para esta onde maioritariamente se apresentam vinhos italianos sendo de contar com dois ou três portugueses e duas escolhas a copo (uma de tinto e uma de branco) que não constam da carta. Não será porém preocupante pois em caso de desconhecimento a explicação e conselho de qual o melhor vinho para acompanhar determinado prato é prontamente dada.

Para a mesa o azeite balsâmico e o pão para entreter mas mesmo sem ele ficaríamos contentes. Guloso por demais, valeu o rápido serviço ou mais teria sido comido o que roubava espaço ao prazer das iguarias por vir.

De entrada um Carpaccio dello Chef, finas fatias de novilho cru, com pequenas lascas de cogumelos frescos, queijo parmesão, cortes de aipo e molho de mostarda em grão. Acreditem, entendidos ou não, deixem lá a rúcula para os coelhos. Entre o aipo e a mostarda venha o diabo e escolha. Uma combinação de outro mundo.

Para a mesa vieram também as Polpette di Parmigiano e antes que as apresentem digo-vos já que só por si, estas bolinhas davam uma excelente refeição. São umas almôndegas, de bom tamanho, panadas, de queijo fumado, queijo parmesão e fiambre. Em dose grande para entrada, estas densas iguarias são de um ligeiro picante (dever-se-à ao queijo fumado) que vai tomando conta do paladar aos poucos. Tal como referi atrás, só por si, uma refeição.

A cada prato entrado a apresentação devida e o cruzar de conversas é constante. Quer a Sara quer o Samuel são bons conversadores e com noção dos timings. A casa é evidenciada mas acima de tudo fala-se da experiência da mesa, do comer, do beber e do estar.

Eis os pratos principais. Risotto Verde. De grão graúdo com espargos silvestres e espinafres, alho francês em boa dose e um toque de manjericão. Verde sem qualquer dúvida. Consistência ideal, o prato mais não mostra porque risotto é risotto. Muito bom e fica a dica: Um só toque de decoração. Não distrai do conteúdo e ajuda aos olhos que como sabemos, também comem.

E é chegada a vez do Spaghetti Neri Alla Astice que é como quem diz, um prato de esparguete negro, meio lavagante aberto e com casca, algumas gambas (estas descascadas como pede o bom senso), boa dosagem de ameijoas frescas e limpas e muito tomate cherry, flambeado em brandy e vinho branco. A experiência do marisco com a massa é, infelizmente, pouco usual por terras lusas mas, tal como nos disse o Chef, Alessio Carrer, não é fácil cozinhar esta mistura, tem “segreto“. E uma coisa é certa, funciona. E de que maneira.

Infelizmente era o único a beber (entenda-se beber como beber e não provar que foi o que fez a Susana) e seria quase sacrilégio pedir uma garrafa de um qualquer dos italianos da carta e deixar por meio (o quente da noite não chamava a grande aventuras etílicas) e assim sendo optei pelas sugestões do copo sendo que provei um Fiuza 3 Castas para o branco e um Quinta da Alorna para o tinto. Acompanharam devidamente sem um qualquer encanto especial mas seria esperado. A refeição pedia algo mais no liquido e garantidamente a próxima visita ao Sofisticato vai proporcionar tal momento.

Para sobremesa, porque apesar de satisfeito uma refeição deste calibre não podia fechar sem uma sobremesa, a escolha recaiu sobre a Panna Cotta com molho de frutos vermelhos. De entre as opções a mais leve ainda que havia por lá uns pêssegos que ficaram a tilintar mas que da próxima não escapam. A Panna Cotta estava especialmente boa, com uma textura e densidade que há muito não provava em tal doce e completamente em sintonia com a espessura do molho.

A refeição terminou como de costume com um café e um garoto que, não vindo tão claro como o requerido, pela excelência do serviço, simpatia e qualidade da comida, não mereceu novo pedido. A acompanhar dois cálices de Limoncello, oferta da casa, para complementar o gostinho a Itália.

Resumindo, a experiência no Sofisticato foi verdadeiramente boa. A disponibilidade da casa serviu para criar relação o que é particularmente interessante neste tipo de restaurantes em que, com alguma familiaridade se descobrem facilmente pérolas escondidas da carta. A sugerir e voltar garantidamente.

por No prato com
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