Saturday, 28 March 2009
Convento dos Capuchos
Notem-se no templo, o altar de embutidos, alguns «frescos» seiscentistas de André Reinoso e um frontal de azulejos do século XVIII, este último na capelinha da cerca.
No convento habitaram sucessivas comunidades de frades franciscanos, dedicados ao trabalho interior. A primeira comunidade era composta por oito frades, sendo o mais conhecido de todos Frei Honório (nome que poderá ter adoptado após a sua entrada na comunidade), que de acordo com a lenda viveu até perto dos 100 anos apesar de ter passado as últimas três décadas da sua vida tendo como «casa» uma pequena gruta dentro da cerca do convento, cumprindo penitência.
Com a extinção das Ordens Monásticas em 1834, a comunidade de religiosos franciscanos viu-se obrigada a deixar o convento. O espaço foi adquirido pelo Visconde de Monserrate e mais tarde passou para a posse do Estado Português. Desde essa altura assistiu-se a uma degradação de ordem material. O Convento encontra-se hoje em avançado estado de degradação. Está desde 2000 sob a responsabilidade da sociedade "Parques de Sintra, Monte da Lua, S.A.", que tem como um dos objectivos centrais da sua actividade a recuperação do espaço.
Situado na Serra de Sintra, a 9 Km do centro histórico.
Aberto todos os dias - Horário: Nov - Abril 9.30 - 18.00 / Maio - Out 9.00 - 19.00
Preço por Bilhete: 4 €. > 65 e 6 - 17 anos: Desconto
Visita guiada: 8 € (Marcação através do tel. 21 923 73 00)
Friday, 27 March 2009
Salgadeiras
1200-396 - Lisboa
Tel. 21 342 11 57
Somente jantares; Encerra Segundas
Português, Moderno
Um restaurante muito bom, comida boa não excepcional, ambiente de eleição e óptimo serviço. Aquele género de local onde se vai impressionar. Pela negativa o preço, exagerado em todos os sentdos. Podia ser um Best-off, mas pelo preço fica por Bom.
Comida | Bom nível | |
Preço | €€€€ | 30 a 40 Euros |
Ambiente | Acolhedor. | |
Serviço | Simpatia e eficiencia. |
Localização:
Nosso menu:
Mousse de Atum Filete de linguado em massa folhada Bacalhau a Bairro Alto Leite creme Quinta da Aveleda 2006
Se acha que falta um pouco de sal na sua vida, dê um pulo ao Restaurante As Salgadeiras. Nem só de copos vive a noite do Bairro Alto.
Da cozinha minhota à alentejana, n’ As Salgadeiras o paladar senta-se à mesa com os sabores desta ocidental praia lusitana. Faz quatro anos que José António abriu este espaço no Bairro Alto e para trás ficou o restaurante Fiéis ao Tacho. Fechado o espaço, a fidelidade ao tacho mantém-se. E agora, no número 18 da Rua das Salgadeiras, onde em tempos funcionou uma padaria (prova disso são os fornos que ainda hoje compõem a casa, transformados em garrafeira e sala interior) está um restaurante consagrado a alguns dos pratos tradicionais que estão a começar a cair em desuso, aos quais se adiciona uma pitada q.b. de inovação.
À mesa com a avózinha
Esta é uma casa onde se vem para jantar com calma, para apreciar uma refeição como uma experiência dos sentidos. Não é à toa que o espaço é intimista e que ambas as salas de refeição se assemelham a salas de jantar e de estar. O espaço mantém a traça original, as paredes são de pedra e de tijolo burro, os tectos ainda conservam os arcos, os móveis são aqueles que costumávamos encontrar na casa da avózinha, as cadeiras majestosas são de pele e há peças de ferro forjado nas paredes.
A decoração é um projecto em curso, resultado das viagens e visitas aleatórias do proprietário. Por onde passa (lojas, restaurantes, casa de amigos) descobre peças que assentariam como uma luva no espaço e depois é só puxar a brasa à sua sardinha. Ao que parece foi assim que conseguiu o relógio de parede, o móvel onde guarda os copos, os quadros de arte contemporânea na sala interior, as esculturas de ferro dependuradas e a escultura com assinatura de Rafael Bordalo Pinheiro.
O que é nacional é bom
Do fiel amigo, também conhecido como bacalhau, ao bife, aqui tudo é confeccionado como manda a boa tradição portuguesa. Há Migas de espargos bravos com lombinhos de porco, à moda alentejana, Alheira de Chaves com ovos mexidos, Polvo à moda do Minho e iguarias afins.
Mas entre um prato ou outro, há uns que só aqui se encontram. Especialidades da casa, isto é, criações da mulher de José António, responsável pela cozinha, e do próprio. Costuma dizer-se que entre marido e mulher não se deve pôr a colher, por isso mesmo o Lifecooler começou por meter o garfo nas confecções criadas a dois.
Nos pratos de peixe, o Bacalhau à Bairro Alto faz as honras da casa, lado a lado com o Bacalhau à Salgadeiras. O primeiro conta com espinafres, broa e amêndoas laminadas, em cama de batata frita às rodelas. Dele salientamos a crosta estaladiça de broa e amêndoas e a espessura do bacalhau que consegue ser seco na superfície e suculento no interior. O segundo é gratinado e lascado com migas de legumes e batatas a murro. E ainda conta com a Sopa do Fiel Amigo.
Nas entradas, há a Sopa de peixe à Salgadeiras, prato requisitado por muitos e trunfo na manga que já gerou alguns habitués.
Na carne, junto ao Cabrito à moda de Monção, há Peito de vitela recheado à nossa moda e Costeletas de borreguinho grelhadas com molho de menta. Em destaque estão ainda os Bifes do Lombo. Com molho Roquefort, com pimentas variadas e cognac, à Portuguesa, à Salgadeira ou com molho de amêndoas deixa muito boa gente de água na boca. Para quem não vem com o estômago colado às costas, há pratos mais leves, como o Filete de Linguado em massa folhada com espinafres.
Nas sobremesas, a doçaria conventual caiu nas graças dos proprietários. E todas as semanas, há um doce em destaque. O Lifecooler apanhou a semana do bolo rançoso, que como se sabe, de bafio não tem nada. O que não nos impediu sequer de meter a colher num leite creme com frutos silvestres nem de cobiçar o bolo de chocolate confeccionado sem farinha. De resto, há semanas onde a Sericaia está na ordem do dia ou o Pudim Abade dos Priscos está na mira. E sempre que a refeição chega ao ponto da sobremesa, o funcionário convida o cliente a ir até à garrafeira, antigo forno da padaria, para poder escolher aquela sobremesa que mais o agrada. Já diz a sabedoria popular que os olhos também comem...
por Lifecooler
Um restaurante bom, mas que Tiago Rio gostava de ver com mais salero.
Nas Salgadeiras casam-se vários opostos. É tradicional e é moderno. Português e internacional. Gay e straight. Aberto (ao jantar) e fechado (ao almoço). É smart sem ser barato. Um sítio para levar umas cuequinhas a condizer com o soutien (principalmente se formos mulher). É um bom local para impressionar, ou introduzir com jeitinho a cozinha portuguesa em bocas estrangeiras. Um sítio ideal também para relações no começo, clientes comerciais, aniversários matrimoniais, ou mesmo para uma companhia agradável.
No Bairro Alto, perto do Chiado, junto à praça Camões-poeta-zarolho, ficam as Salgadeiras, com sempre meia casa de estrangeirada. Por isso, talvez por isso, os empregados desenvencilham-se bem em francês ou inglês (talvez fosse boa ideia um dos empregados corrigir a versão inglesa do site na internet). Um restaurante preparado para turistas, sem ser turístico ou de turistas. Comida agradável, mas melhor o serviço, ambiente e a escolha de vinhos. Comida tradicional aggiornata, sem a surpresa do aggiornamento e sem o conforto do tradicional – o problema de querer agradar a tudo e a todos. Mas tudo sem sobressaltos. Menu flat, escolha suficiente.
Também nos erros há pouco a destacar. Lá estava o tártaro de polvo, que não era cru nem picante (apesar de haver poucas provas de que os Tártaros, que dão o nome ao bife cru, picado e temperado com cebola, vinagre, alcaparras e pickles, comessem carne crua...). Mas claro que o erro pode ser meu e a denominação estar correcta (é que, ao que dizem, o hambúrguer de hoje é uma evolução de um bife cru hamburguês).
Boa combinação de espargos com ovos mexidos, mas sem sentido a fatia de laranja que acompanhava (devem ter lido a crítica ao Bota Feijão e quiseram ser como eles...).
Bacalhau à Braz muito bom, surpreendentemente leve, com separação das partes e identificação, sem ser aquela bola de migas que muitas vezes nos põem no prato... Isto quer dizer que estava húmido sem ser à custa de um garrafão de azeite (o azeite não humedece, ao contrário do instinto do cozinheiro medíocre). Cabrito à moda de Monção, tenro e suculento, mas sem o tostadinho. E cabrito sem o tostadinho...
Excelente soufflé de chocolate. Pudim Abade DOS Priscos? Preferi não arriscar, podia ser diferente do Pudim Abade de Priscos.
por TimeOut
Ali ao inicio do Bairro Alto, muito perto ainda do Camões, fica o Restaurante As Salgadeiras. Nas instalações de uma antiga padaria (ainda que em tempos idos o edifício fosse conhecido por lá estar estabelecida uma famosa casa de meninas para alegrar os homens de mar que atracavam por Lisboa), este restaurante apresenta-se mantendo uma traça antiga, com tijolo de burro à mostra e arcos de pedra dividindo os espaços. Visualmente agradável é também fácil gostar do espaço pela simpatia de quem nos recebe e atende. Pontos muito fortes para quem ainda não se sentou.Outros links:
Começamos a noite com algo fresco. Duas caipirinhas. Convenhamos que, para acompanhar uma noite quente, a frescura de um gelo moído com a dose certa de cachaça e lima é algo de muito agradável. E aqui as doses eram bem, muito bem servidas…
O couvert era de bom gosto. Azeitonas, paté de atum, manteiga com ervas, muito bom queijo de Azeitão enfim, um couvert. Evitam-se as embalagens e agradecem os Clientes. Dá um toque de classe e casa que todos apreciamos.
A entrada escolhida foi a Alheira de Chaves com ovos mexidos tirada da forma, com a consistência certa e o sabor do enchido fazendo notar que é o que diz o nome e não os tantas vezes servidos ovos com alheira.
A comida veio precedida do vinho. Escolhemos ao copo que a oferta era variada. Ainda bem que está a pegar a ideia do vinho servido desta forma. Evita-se o sacrilégio de deixar bom néctar na garrafa e aproveita-se para a prova de alguns que pelo preço mais proibitivo não se iriam degustar tão cedo. Casa Burmester tinto. Ainda que o ano não nos ficasse de memória, o vinho ficou.
E eis que chegava à mesa o prato de peixe. Filetes de linguado em massa folhada com espinafres. Só a apresentação ganhava o prémio, fosse ele qual fosse. Não fingiam estar presentes os filetes entre o folhado e a verdura. Estavam mesmo. E frescos como às vezes não se encontram quando servidos a sós. Os espinafres na textura de esparregado faziam-lhes cama de luxo para a vista e para o paladar. A massa folhada estava no ponto, aquele em que não é seca nem está mole. Está como deve estar. Aliás, como tudo parece estar nesta casa.
O prato de carne encantou de igual forma. Pedido que estava o Espeto de Lombo em Pau de Loureiro de imediato veio à memória a triste cena do espeto pendurado, a pingar, e a ginástica necessária para por vezes de lá tirar proveito. O bom gosto da casa nota-se também nos detalhes e o lombo chegou no prato com todas as companhias do espeto mais os acompanhamentos laterais. Uma delicia ao olhar.
Da carne macia e saborosa à verdura cozida de leve e às batatas em feixe, estava tudo muito bom. De notar que as doses servidas, ainda que a decoração ocupe espaço no prato, são a ter em boa conta que ninguém fica com fome, muito pelo contrário.
Já dificilmente haveria espaço para a sobremesa mas a carta de nomes sonantes (do Fondue de Chocolate ao Leite creme com frutos silvestres) obrigava a uma pergunta: O que era o Manjar Conventual. Prontamente nos foi dito que… Era bom. Isso só por si é um indicativo mas assim que nos disseram que se tratava de Requeijão, açúcar e ovos não havia espaço mas para as dúvidas. Venha o Manjar Conventual que com a dieta nos preocupamos mais tarde.
Ainda a colher não tinha batido ao doce a segunda vez e já alguém nos questionava se estava bom tal eram as expressões à mesa. Referi que o que ali se passava era criminoso. Um verdadeiro crime não venderem o Manjar Conventual ao quilo para que connosco viessem logo um ou dois…
O final da refeição foi o costumeiro café e garoto bem clarinho e até ai, o serviço mostrou excelência. Não foi preciso pedir duas vezes nem houve má cara à prova. O garoto vinha tal como pedido e tínhamos ficado clientes. Garantidamente.
por NoPratoCom
Wednesday, 25 March 2009
Os Guardiões
Título original: Watchmen
De: Zack Snyder
Com: Carla Gugino, Jeffrey Dean Morgan, Patrick Wilson, Patrick Wilson
Género: Acção, Drama, Thriller
Classificação: M/16
CAN/EUA/GB, 2009, Cores, 163 min. (IMDB)
Numa América alternativa, em 1985, os super-heróis fazem parte do quotidiano. Mas quando um dos seus antigos colegas é assassinado, o vigilante mascarado Rorschach decide investigar e descobre uma conspiração que visa assassinar e desacreditar todos os super-heróis. À medida que recupera os contactos com a antiga legião de justiceiros - um grupo heteróclito de super-heróis reformados - Rorschach descobre uma conspiração mais vasta que está ligada ao seu passado e que pode ter consequências catastróficas para o futuro. A missão deles é vigiar a humanidade, mas quem vigia os super-heróis?in Publico
Crítica:
O fim das ilusões
É o fim do cinema de super-heróis tal como o conhecemos.
É assim que os super-heróis morrem: em segredo, sem máscara, longe dos olhares do público que supostamente protegem. Mas estes super-heróis, reformados por ordem executiva, não são "os do costume": estão longe de ser santos, deixaram os anos de combater o crime corroer a sua noção de justiça até nada restar a não ser uma mão-cheia de amargos de boca e amarguras existenciais para, no fim, todos se virarem contra eles e eles próprios perceberem que "a verdade, a justiça e o modo de vida americano" pelo qual lutaram são coisas muito mais flexíveis do que parecem à primeira vista.
Sejam bem-vindos ao reverso do sonho americano tal como concebido por Alan Moore, o escritor que virou o "comic-book" tradicional de cabeça para baixo, e pelo seu cúmplice, o desenhador Dave Gibbons. Sejam bem-vindos a uma América alternativa onde os super-heróis ajudaram a combater as guerras e Richard Nixon está a cumprir o terceiro mandato consecutivo, e onde o destino de um mundo ainda e sempre em Guerra Fria, à beira do holocausto nuclear, está nas mãos de meia-dúzia de super-heróis reformados, ilegais, francamente confusos e com muito pouco de super. Não admira que tenham sido precisos vinte anos e uma série de tentativas intermináveis para trazer a novela gráfica de Moore e Gibbons ao cinema: de certa maneira, só depois da humanização existencialista dos "comic-books" que atingiu os seus picos com o "Homem-Aranha" de Tobey Maguire e Sam Raimi, e da sua reconfiguração como metáfora distorcida do nosso mundo com o "Cavaleiro das Trevas" de Christopher Nolan, só agora, dizíamos nós, um filme como este pode fazer sentido.
Porque "Os Guardiões" é o anti- "blockbuster" e ai de quem vier aqui à espera de um contínuo de acção cinética e efeitos visuais. Denso, violento, perturbante, niilista, paranóico, adulto e sombrio, contado à sombra de Dylan e Cohen, é um cadinho fervilhante de ideias que transcendem em muito a proverbial aventura de super-heróis - aqui tão vilões como heróis, numa dualidade que o filme de Zack Snyder não se cansa de reforçar - e o próprio género em que se inscrevem. Respeitando, à superfície, os códigos (desde a estrutura de investigação de um crime até à revelação do "vilão" que manipulou os cordelinhos desde o princípio e aos combates finais) mas, ao mesmo tempo, corroendo-os pelo interior, subvertendo-os e dinamitando-os até nada restar senão uma "carcaça", um andaime vazio que revela todo o mecanismo como uma imensa ilusão. De certa maneira, um "apocalipse" no sentido bíblico da questão, de "novo começo" depois de acontecimentos que fazem tábua rasa do passado - mas nesta história sobre o fim das ilusões nem destino nem divindade existem, apenas uma espécie de infernal encadeamento de escolhas e decisões onde mesmo o prazer de combater o crime por gostar de praticar o bem é algo de efémero, quase vão. E isso tem tudo a ver com a cavalgada louca em direcção ao apocalipse que a história constrói sem abrandar.
Some-se a isto as quase três horas de duração de "Os Guardiões" e ficamos a perceber que este é uma espécie de "blockbuster"-limite - segue na tradição recente de usar actores em vez de vedetas (e o elenco, aqui, é inatacável), leva ao limite a tonalidade sombria de que muitos acusaram os dois "Batman" de Nolan, trata os seus espectadores como gente que pensa e quer ser estimulada, deixa de fora logo à partida o mero flash de adrenalina adolescente. Este não é um filme para putos que vêm à procura de emoções fortes - é isso que o torna tão estimulante na corrente paisagem cinematográfica americana.
Mas essa sensação de "filme de ideias" mais do que de espectáculo, de "comic-book" entendido como filme de arte e ensaio que faz a força de "Os Guardiões", é também o que o enfraquece - porque, de repente, percebemos que Zack Snyder não traz à história de Alan Moore nada de seu nem de especificamente cinematográfico, e provavelmente nunca o terá querido fazer. Ilustra apenas, com respeito e devoção, a obra que lhe coube em mãos. "Os Guardiões" limita-se a querer fazer justiça em imagens à narrativa visionária de Moore - e se o respeito pela obra é não apenas legítimo como louvável (sobretudo face a alguns dos travestis que se fizeram anteriormente passar por adaptações do seu trabalho), deixanos um travozinho de tristeza na boca por não ser mais do que uma tradução respeitosa para cinema dos painéis de Gibbons, por não se sentir sequer aqui a urgência do "Despertar dos Mortos" nem as referências picturais de "300".
Ficamos assim, a meio caminho entre a admiração pela capacidade de pôr em imagens uma obra seminal e a frustração por não ser mais do que isso - que, é verdade, já é muito. Mas que, face ao que "Os Guardiões" é no papel, corre o risco de não ser suficiente.
Jorge Mourinha
Alan Moore, o autor da BD em que se baseia o filme de Zack Snyder, terá dito "que nunca na vida iria ver esta porcaria" (ele não disse "porcaria"). Se por acaso mudar de ideias talvez encontre o suficiente para lhe massajar o ego: os "Watchmen" de Snyder são o trabalho de um ilustrador aplicado (até usou, parece, os "comics" originais como "storyboard") incapaz de ter ideias em número suficiente para pôr em causa o peculiar espírito (especialmente a melancolia de fim de festa, género "bas les masques") subjacente à história de Moore. Claro que há imensas coisas a mais (a tentação do "efeito" e do "enfeite", a que Snyder não resiste), e uma total ausência de sentido de economia narrativa (que empastela e rodopia sobre si própria, a testar a paciência do mais santo crítico de cinema), mas nesta nova vaga de olhares "adultos" (à força?) sobre o universo dos superheróis (mas bolas, a "ontologia" dos super-heróis sempre foi, até no "Superman", o principal tema destas histórias, não?) já se viu bem pior. Os exemplos ficam por dar, para não chatear ninguém.
Luís Miguel Oliveira
Saturday, 21 March 2009
Duas Quintas 2006
Tipo: Vinho tinto
Origem: Ramos Pinto, Douro, Portugal
Características: 2006, 14º, Touriga Francesa 40%, Tinta Barroca 20% e Tinta Roriz 40%
A casa RAMOS PINTO, fundada em 1880, mantém ainda hoje a firme determinação do seu fundador, Adriano Ramos Pinto, de produzir e seleccionar as melhores uvas da Região Demarcada do Douro para a elaboração dos seus vinhos. Em terras de xisto e de baixa altitude situa-se a QUINTA DE ERVOMEIRA, onde as uvas são criadas num clima quente e seco, permitindo a sua profunda maturação. Noutro terreno granítico de maior altitude situa-se a QUINTA DOS BONS ARES. Aqui, as uvas amadurecem em clima fresco e arejado, o que lhes confere frescura e vivacidade. Através de uma prova cuidada fundiram-se as "Duas Quintas" num só vinho, com fruto, força e complexidade. A casa RAMOS PINTO elaborou este vinho a partir das castas Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca.
Cor intensa e limpa, com reflexos vermelhos.
Aroma fresco e frutado, destacando-se aromas de cereja e de ameixa. Em agitação,
aparecem notas de regaliz e de especiarias.
Na boca entra macio e volumoso, revelando-se logo a sua frescura e uma estrutura
consistente e aveludada. Reaparecem então aromas de frutos vermelhos, amoras, esteva e
pimenta branca que deixam um longo e agradável final de boca.
Crítica:
Cor intensa e com laivos violetas, tem um aroma cheio de frutos silvestres maduros, na boca revela complexidade e estrutura, taninos bem polidos, leves notas de fumo e alguma madeira, o final é muito agradável, num conjunto pronto a beber.
16/20 por Os Vinhos
Links:
Homepage
Saturday, 14 March 2009
Pousada das Amoras
6150-557 - Proença-a-Nova
Tel. (+351) 274 670 210
Fax. (+351) 274 670 219
Em. recepcao.amoras@pousadas.pt
Pousada de Portugal
Classificação | ||
Preço | €€€ | 75 a 120 Euros |
Nº Quartos | 33 | |
Caracteristicas | Ar condicionado, TvCabo, Mini-Bar, Wi-fi, Piscina, Sauna, Massagens, Salas lazer, Restaurante, Bar, Estacionamento | |
Extras |
Localização:
Crítica:
Estalagem das AmorasOutros links:
Doce e fresca como a fruta, requintada mas sem luxos. Em Proença-a-Nova ainda cheira a novo...
Paula Oliveira Silva 2004-04-06
No lobby, vidraças a toda a altura do edifício trazem a paisagem para dentro. Nos corredores, os pormenores. Paredes com cores fortes, sofás bem colocados, cerâmica e alguns quadros. De elevador se sobe e se desce os três pisos. Ou não, que para apreciar a arquitectura assente na pedra, na madeira e no vidro, é melhor andar a pé. Estes são, aliás, os materiais que dão corpo ao sonho.
Mas o moderno, que também se alimenta do que é antigo, foi socorrer-se da recuperação da casa centenária que ali existia. Um outro edifício que a ela se juntou foi criado de raiz e assim nasceu a estalagem. Quatro estrelas é quanto precisa para atirar para o mapa a localidade. Um orgulho e uma necessidade para esta zona se pensarmos que no concelho de Proença-a-Nova, até Dezembro do ano passado, só existia uma pensão... Uma forma de fugir ao enguiço, que o turismo por aqui só passava mas recusava-se a ficar.
Prenúncio do silêncio
Os 31 quartos são semelhantes no que toca a mobiliário e decoração. Não é bom nem é mau mas não ganha pontos pela diferença. Exceptuando o exemplo das duas suites. As varandas ainda espaçosas permitem que se monte ali a cadeira de madeira guardada no roupeiro. Usar para descanso enquanto se põe os olhos em Proença que é branca como a cal.
Sentado à mesa
À hora que mais lhe convier, o restaurante. O pequeno–almoço é variado e muito bom. Não fica atrás de muitos hotéis detentores do mesmo número de estrelas.
Ao jantar, iluminação atenta e muitos pormenores de requinte como o design dos garfos. A inspiração gastronómica é regida pelo que na Beira se prepara e pelas receitas de inspiração internacional. Pratos bem confeccionados com algumas sugestões regionais (por encomenda), poucos estímulos para o peixe e alguns mais para a carne, com especial relevância para os bifes.
por LifeCooler
Santo Amaro
6100-746 - Sertã
Tel. 274604115
Encerra 4ªfeiras
Tradicional, Beirão
Pratos tradicionais muito bem confeccionados, bem servidos em ambiente de elevado requinte. Óptimo poiso na região.
Comida | Pratos tradicionais bem confeccionados. | |
Preço | € | Cerca de 15 Euros |
Ambiente | Ambiente requintado, sem vista. | |
Serviço | De muito bom nível |
Localização:
Nosso menu:
Savel frito com açorda de ovas Pudim de ovos
Tuesday, 10 March 2009
Fuego
Inspirada no melhor Flamenco, a Companhia de Dança Carmen Mota estreia o espectáculo "Fuego" no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa, a 3 de Março. Trata-se de um ciclo de actuações que se distingue pela fusão de elementos de dança moderna com a ancestral pureza estética da arte Flamenca.
Com um evoluído conceito coreográfico, "Fuego" propõe um conjunto de quadros que merece a atenção do público. Numa sucessão de peças de prestigiados compositores, os bailarinos interagem, em palco, exibindo um guarda-roupa de excepção.
"Fuego" é protagonizado por 18 bailarinos e 5 músicos / cantores que interpretam compositores tão épicos como Karl Orff (Carmina Burana) a par dos modernos Dire Straits (Private Investigations). O cuidado guarda-roupa e o desenho de luz acentuam as impressionantes coreografias, ora intimistas ora plenas de energia, assinadas por Joaquin Marcelo.
"Fuego" conquistou já as mais exigentes plateias internacionais, que se renderam ao singular enquadramento de luz, cor e movimento. A Companhia de Dança Carmen Mota protagoniza um espectáculo inovador, sem quebrar as barreiras do tradicional Flamenco.
Pleno de ritmo e sensualidade, "Fuego" divide-se em dois actos. Carmen Mota explica a sua concepção, "Quis familiarizar os espectadores de todo o mundo com o Flamenco, sem alienar todos os que já são apreciadores da dança tradicional espanhola".
Com melodias de compositores imortais e um magnífico guarda-roupa, as coreografias de Joaquin Marcelo fascinam o mais céptico espectador, conquistando-o quadro após quadro.
Carmen Mota é uma figura incontornavel da dança tradicional espanhola. Tem mais de cinquenta anos de carreira e trabalhou com Lola Flores e Carmen Amaya , para quem assinou diversas coreografias.
Em 1977 fundou a sua própria companhia e rapidamente se internacionalizou.
Em FUEGO Carmen Mota ultrapassa-se conseguindo uma harmonia perfeita entre os ritmos tradicionais do flamenco e a dança moderna.
Sunday, 8 March 2009
A canção da espada
De Bernard Cornwell
Planeta Editora 2008
Aborreceu-me. Mais de metade do tempo é passado em referências aos livros anteriores numa tentativa ultra exagerada de enquadrar quem não tenha seguido a série. As batalhas, os pensamentos, os diálogos tudo uma grande repetição. Tenho receio que o resto da série seja muito mais do mesmo.
A Canção da Espada [4.º volume] conta-nos a história da formação de Inglaterra, as vivências na Idade Média e, como todos os romances anteriores de Bernard Cornwell, baseia-se em factos históricos reais.
É uma história envolvente de amor, enganos e violência, que se desenrola numa Inglaterra de tremenda agitação e conflito, contudo galvanizada por uma réstia de esperança de que Alfredo,
o grande rei do Wessex, possa revelar-se uma força duradoura. Uhtred, o seu maior guerreiro, tornou-se a sua espada, um homem temido e respeitado em todo o território, o seu Senhor da Guerra.
Corre o ano de 885 e a Inglaterra está em paz, dividida nos reinos dinamarquês, a norte e saxão do Wessex, a sul. Uhtred, o filho despojado de um senhor da Nortúmbria, guerreiro por instinto, viking por natureza, parece ter assentado. Possui terras, tem uma esposa, dois filhos e um dever que lhe foi atribuído por Alfredo — defender a fronteira do Tamisa. Mas os problemas espreitam; um homem voltou dos mortos e novos vikings chegaram para ocupar Londres. O seu sonho é a conquista do Wessex, e para o realizarem necessitam da ajuda de Uhtred.
Alfredo tem ideias diferentes. Quer que Uhtred expulse os saqueadores vikings de Londres. São tempos perigosos e Uhtred tem de decidir quanto o seu juramento o prende ao rei. E formam-se mais nuvens de tempestade. Æthelflæd — a filha de Alfredo — casou, mas uma cruel partida do destino faz com a sua própria existência se torne uma ameaça ao reino do pai. E será a lealdade incerta de Uhtred, meio saxão e meio dinamarquês, a decidir todo o futuro de Inglaterra.
Links:
Saturday, 7 March 2009
O Leitor
Título original: The Reader
De: Stephen Daldry
Com: Ralph Fiennes, Jeanette Hain, Kate Winslet
Género: Drama, Thriller
Classificação: M/16
ALE/EUA, 2008, Cores, 125 min. (IMDB)
No final da Segunda Guerra Mundial, o jovem Michael Berg adoece e é tratado por uma bela e misteriosa mulher mais velha, Hanna (Kate Winslet). Quando os dois se reencontram, apaixonam-se e a relação intensifica-se à medida que Michael lê para Hanna obras clássicas. Mas Hanna volta a desaparecer. Oito anos depois, Michael (Ralph Fiennes) é aluno de Direito e acompanha os julgamentos dos crimes de guerra cometidos pelos nazis. É aí que descobre que a mulher que tanto amou escondia segredos que afectarão por completo a vida de ambos.in Publico
Crítica:
Não temos certeza que seja um grande filme, mas sabemos que nos deixa a remoer
Por esta altura, já se percebeu como a adaptação por Stephen Daldry ("Billy Elliot", "As Horas") do romance de Bernhard Schlink, milimetricamente programada à distância para fazer boa figura nos Oscares, foi perseguida pela turbulência: Nicole Kidman começou por substituir Kate Winslet, comprometida com "Revolutionary Road", mas saltou fora quando as rodagens de "Austrália" se atrasaram, e Winslet entretanto livre regressou ao filme; o adolescente David Kross, sem experiência de representação, teve de aprender inglês (que não falava) e a produção teve de aguardar que ele chegasse à maioridade legal para arrancar com as filmagens; o director de fotografia Roger Deakins teve de abandonar as rodagens a meio para ir filmar "Dúvida", sendo substituido pelo mestre Chris Menges; os produtores, Anthony Minghella e Sydney Pollack, faleceram durante a produção; Daldry montou o filme a par com os ensaios da sua transposição para a Broadway da versão musical de "Billy Elliot", levando a um choque com os temidos irmãos Weinstein, co-produtores do filme; Scott Rudin, outro dos produtores, retirou o nome do filme na sequência (também aqui) de choques com os Weinstein...
Há um ditado inglês que, traduzido à letra, diz "demasiados cozinheiros estragam o prato", e com tanta confusão e turbulência de produção seria legítimo esperarmos um prato mal amanhado. Mas não foi nada disso que aconteceu: cerebral, meticulosamente pensado até ao ínfimo pormenor, a história do tórrido caso de Verão entre um liceal precoce e uma revisora de autocarros na Alemanha do pós-II Guerra Mundial - e do modo como os segredos do passado nazi vêm alterar "a posteriori" essa experiência - é um filme singularmente perturbante. Não porque haja aqui uma marca de realizador (e não há; antes um certo anonimato de "qualidade britânica") ou interpretações de estarrecer (mesmo que Kate Winslet seja maravilhosa, como sempre, embora no seu caso isso seja o mínimo que se possa esperar). Antes porque Daldry e o seu argumentista, o dramaturgo David Hare, fazem desta história de amor esquiva e profundamente equívoca uma meditação sobre a moral, a justiça, a vergonha, o passado, a História, o dever. Onde nunca nada é o que parece e tudo parece construído sobre areias movediças, numa sucessão de camadas que vão lentamente caindo, como uma flor malsã que só revela a sua natureza profunda depois de desabrochar por completo, mas sem escamotear que o que aqui se joga é, tudo, demasiadamente humano.
Reveladora, a esse nível, é a cena do julgamento em que Winslet faz a pergunta-chave que norteia todo o filme: "o que teria você feito? O que esperava que eu fizesse?" É um momento arrepiante que cristaliza aquilo de que "O Leitor" fala: do equilíbrio precário entre a luz e a escuridão, visto com a frieza decidida e distante do que poderia ser um filme ("tipicamente") alemão (e, de certa maneira, até o é; co-produção alemã, rodada na Alemanha com um elenco onde apenas Winslet, Ralph Fiennes e Lena Olin não são nativos).
Mas essa é apenas mais uma das ilusões de um filme que se esquiva a ser catalogado e está constantemente a mover o terreno debaixo dos pés do seu espectador. Não temos certeza que "O Leitor" seja um grande filme (há um final demasiado "certinho", por exemplo; há um requinte sem esforço que nos pergunta se há aqui de facto mais alguma coisa do que apenas uma adaptação de prestígio de um romance conhecido). Mas sabemos que nos deixa a remoer; e isso já é muito mais do que muitos grandes filmes contemporâneos conseguem.
Jorge Mourinha
Friday, 6 March 2009
Magia de Sabores
1200-280 - Lisboa
Tel. 963908634
Domingo e Segunda. Sexta e Sábado tem música ao vivo.
Fusão
Este restaurante não me encheu as medidas. Serviço exitante, Cheiro a canos, Comida morna, Pato salgado, Petit gateaux banal. Salmão muito agradável, vinho aceitável. Gostei da música. Pode ter sido azar, mas não planeio voltar.
Comida | Bom prato de salmão | |
Preço | €€ | 23 Euros |
Ambiente | Intimista. | |
Serviço | qb |
Localização:
Nosso menu:
Patê de Caril e Delicias Salmão com alho françês pato desfiado com uvas e coco Petit Gateaux Periquita 2005
Thursday, 5 March 2009
Fontanário de Pegões
Tipo: Vinho Tinto
Origem: Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL, Palmela, Portugal
Características: 2005, 13,5º, 100% Castelão
Península de Setúbal, região onde estão situadas as nossas vinhas, caracterizada por um microclima com óptimas condições endafo-climáticas, únicas onde se destaca os solos arenosos ricos em água e o clima Mediterrâneo com influência marítima devido à proximidade do mar. A perfeita harmonia destes elementos favorecem o desenvolvimento de castas nobres perfeitamente adaptadas originando vinhos de excepcional qualidade.
Fermentação alcoólica em cubas inox com temperatura controlada seguida de maceração pelicular prolongada.
Meses em pipas de carvalho Americano e Francês seguido de 6 meses em garrafa.
Medalha de Ouro, Prata e Bronze no "Challenge International du Vin" em Bordéus. Classificado na "Revista de Vinhos" como Melhor Vinho na Península de Setúbal e "Melhor Compra".
Crítica:
Nariz de carácter, agregando a boa complexidade do castelão conferida pela rusticidade do fruto, fumo, especiarias e couro. Um perfil equilibrado e sensato. Boca fina, saborosa, aliando taninos suaves com profundidade de sabores. Longo, harmonioso, suave.
16/20 por Anónimo
História: A Cooperativa Agrícola de Sto. Isidro de Pegões, foi constituída por Alvará de 7 de Março de 1958.
Como infra-estrutura indispensável de apoio ao plano de fomento e ordenamento agrícola executado pela ex-Junta de Colonização Interna, que implantou na área cerca de 800 hectares de vinha, distribuída por centenas de casas agrícolas, nas herdades doadas aos Hospitais Civis de Lisboa pelo grande benemérito Dr. Rovisco Pais.
Nascida por iniciativa da ex-Junta de Colonização Interna, a Cooperativa recebeu do sector estatal, forte apoio financeiro e em meios técnicos e humanos durante as primeiras décadas da sua existência. Assim, a ex-Junta nacional do Vinho prestava graciosamente a assistência técnica fornecendo os enólogos e analistas além de outros apoios na comercialização.
Superada uma fase da ocupação e de desequilíbrio consequente do processo revolucionário então em curso, a Cooperativa empreendeu nos últimos 8 anos um trabalho sistemático de recuperação e de investimento na modernização da sua adega, com o objectivo de valorizar os vinhos produzidos. Assim a sua adega está dotada de um sistema de vinificação e estabilização de frio, recuperação dos primitivos depósitos de cimento com revestimento em "Epoxy", complexo de cubas e lagares de inox para fermentação com controlo de temperatura, Prensa de vácuo e prensas pneumáticas, nova linha de enchimento e rotulagem, ETAR, obras de beneficiação e conservação geral dos edificios e acessos fabris, e encetou um programa de modernização e desenvolvimento relativo à sua organização, encontrando-se neste momento em processo de Certificação da Empresa no âmbito da Norma NP EN ISO 9001:2000 e HACCP.
A Cooperativa Agrícola de Sto. Isidro de Pegões possui uma área vinícola de 967 hectares da qual produz em média 5 000 000 kg de uva sendo 74% tinta e 26% branca, as tintas produzidas são o Castelão (Periquita) 94%, Touriga Nacional, Aragonês, Cabernet Sauvignon, etc, 6%. nas brancas predominam o Fernão Pires 37%, Moscatel 28%, Tamarez, Arinto, Antão Vaz, Chardonnay, etc, 35%.
Links:
InfoVino
Copperativa de Pegões