Sunday, 29 August 2010

Museu Rafael Bordalo Pinheiro


O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, situado no Campo Grande, 382 - Lisboa, conta com uma exposição permanente dedicada inteiramente a este grande artista do século XIX, com secções de pintura, cerâmica e desenho, além de documentação e publicações. .

No museu está especialmente a sua caricatura e algumas das suas famosas peças de cerâmica (Zé Povinho), apesar da grande parte da sua colecção se encontrar na Caldas da Rainha. Peças elaboradas, naturalistas, estilizadas ao estilo decorativo, inspiradas numa tradição local e nacional sobre a qual o artista trabalhou.

A obra cerâmica de Bordallo é para muitos denominada "kitch", mas é na realidade muito bela, com as suas galinhas, patos, travessas, pratos (de couve), terrinas (de peru, cabeça de javali e de porco). Uma temática naturalista e muito popular que Bordalo representou de forma unica, e o povo soube apreciar.

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Saturday, 28 August 2010

Jardim Botânico de Lisboa


O Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa surge da necessidade de criar um complemento prático no ensino e investigação da botânica, da então Escola Politécnica.

Foi em 1859 que o Conselho da Escola escolheu no Monte Olivete o local para implantação deste Jardim. Os trabalhos de construção do jardim deram início em 1873, sob a alçada dos professores Conde de Ficalho e Andrade Corvo.

Edmond Goeze foi o jardineiro-paisagista alemão que dirigiu em Lisboa, a partir de 1873, a construção do Jardim Botânico da Escola Politécnica. E. Goeze concentrou-se na parte superior do Jardim, onde foram plantadas algumas famílias de Dicotiledóneas e algumas Gimnospérmicas.

O seu sucessor, o botânico francês Jules Daveau, em 1876, desenvolveu a zona inferior do jardim, criando o traçado da Alameda das Palmeiras e inventando um sistema de rega dos riachos e cascatas, onde foram colocadas algumas famílias de Monocotiledóneas.

A inauguração do Jardim botânico de Lisboa deu-se em 1878 e conta com diversas espécies tropicais, oriundas da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul

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Friday, 27 August 2010

Salero

Acima média

Steackhouse . Internacional . Cool place
Morada:R. Manuel Francisco Soromenho 61
2670 - Loures
Tel:219 820 119 Reserva:Não aceita
Web:http://www.salero.pt/
Preços:(menos de 15€)
Cozinha digna de nota
Serviço de esplanada
Recomendado para grupos

Steakhouse situado na zona pedonal e histórica da cidade, prima pelo bom gosto e requinte com que recebe os seus clientes.

Sala climatizada, inclui esplanada privada, bar e uma acolhedora lareira, criando-se assim o ambiente próprio para quem desfruta uma refeição em família , bem como para quem reúne amigos ou colegas de trabalho, veja as nossas ementas de grupo .

A cozinha traduz-se pelos deliciosos bifes envoltos em molhos, ou tradicionais, ou originais, bem como pelo fantástico grelhador. Para os paladares mais conservadores, cria ainda, saborosamente, pratos da cozinha tradicional portuguesa.
Petiscos, Bifes, Pratos internacionais
Mapa:
Críticas:
Apelidam-se de steackhouse mas o que não falta é sugestões imaginativas de pratos. Comida no ponto e serviço simpático, a preços de outros tempos. Gostei, para voltar.
Nosso menu:Medalhões de vitela com risotto de lima,
Panna Cota,
Chaminé 2007,



Thursday, 26 August 2010

Salt

Para mim morno e sem Salt. Saltamos de uma primeira parte em que tudo parece complicado e as perseguições se sucedem, para uma acção quase cronometrada e com sabor a super-heroi... Dá para passar o tempo.

Título original: Salt
De: Phillip Noyce
Com: Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor, Daniel Olbrychski, Andre Braugher
Género: Acção
Classificacao: M/12

EUA, 2010, Cores, 97 min. (IMDB)

Evelyn Salt (Angelina Jolie) é uma das mais bem treinadas agentes da CIA. Quando o desertor russo Vassily Orlov (Daniel Olbrychski) aparece na agência, declarando que ela fez parte de um programa secreto do Governo soviético chamado KA, que treinava crianças para se tornarem assassinas, ela rapidamente compreende que a fuga é a única solução. Assim, servindo-se dos longos anos de experiência como agente infiltrada, consegue escapar aos seus perseguidores. Agora, com os próprios colegas Ted Winter (Liev Schreiber) e Peabody (Chiwetel Ejiofor) no seu encalço, ela irá avaliar todas as pistas e fazer de tudo para provar a sua inocência. Mas será Salt quem julga ser? Que verdades estarão por revelar?
Um "thriller" de acção realizado por Phillip Noyce ("O Coleccionador de Ossos", "Calma de Morte", "O Americano Tranquilo").in Cinecartaz Publico

Crítica:
A espia que saiu do frio

A simples presença de Angelina Jolie é perfeita para uma descomplexada série B de espionagem exemplar das virtudes de um profissionalismo que anda a fazer muita falta

Há que dizê-lo com frontalidade: graças a Deus que não foi Tom Cruise, para quem "Salt" foi originalmente desenvolvido, a interpretá-lo. Não somos só nós a dizê-lo - Karina Longworth, na "Village Voice", já o fez quando o filme estreou nos EUA em fins de Julho -, mas a verdade é que Angelina Jolie é perfeita para o papel ambíguo de um possível agente duplo, resquício da Guerra Fria transposto para os nossos dias.

É um caso em que a mudança de sexo correu às mil maravilhas e a mulher que daí resultou é muito mais interessante do que o homem alguma vez teria sido: porque a nossa "crença" na personagem depende inteiramente de acreditarmos nela, mais do que como um super-espião capaz de tudo, como alguém que passou a vida a esconder-se atrás de máscaras e que dá por si subitamente vulnerável. Estamos a ver Cruise a ser vulnerável? Bem me parecia que não. Estamos a ver Jolie? Nunca ela fez outra coisa, e ainda por cima sem que isso afecte a força e a determinação que ela projecta - antes reforçando-as.

Jolie é uma criatura de contradições e paradoxos, sedução e mistério - e isso torna-a perfeita para o papel de uma agente da CIA subitamente acusada de ser na verdade uma agente russa infiltrada desde miúda à espera de ser "acordada" para levar a cabo a sua missão. Não se pode dizer que "Salt" não seja derivativo: o guião de Kurt Wimmer remete, ao mesmo tempo, para uma série B pouco recordada dos anos 70 com Charles Bronson, "Telefone", para o recente tecno-"thriller" "Olhos de Lince", para os filmes de espionagem clássicos dos anos 60, para os "thrillers" paranóicos dos anos 70, para a série "Bourne" (que se parece ter tornado numa espécie de "matriz" de muito do cinema de acção contemporâneo).

Mas, nas mãos do veterano australiano Phillip Noyce, esse lado derivativo é trabalhado usando o livro de virtudes da série B e convertido em mais-valia: eficácia, economia, cartas na mesa, desembaraço, profissionalismo, uma consciência absoluta do que se está a fazer, para quem o está a fazer e com quem o está a fazer. "Salt" não engonha nem perde tempo com o que não vem ao caso, sabe o que tem a fazer e fá-lo sem se engasgar - com, pelo meio, uma primeira meia-hora magistralmente construída e gerida que é uma lição de filmar e montar acção sem ter de recorrer a efeitos visuais mais ou menos artificiais. Numa paisagem hollywoodiana em que estas virtudes são cada vez menos valorizadas, ver um filme "à moda antiga" como este é reconfortante. Que esse filme tenha caído nas mãos da actriz perfeita para a sua história apenas o torna ainda mais recomendável.

Jorge Mourinha

Friday, 20 August 2010

Tasca da Esquina

Excelente

Autor . Petiscos Gourmet . Cool place
Morada:Rua Domingos Sequeira 41 - C
1350-403 - Lisboa
Tel:210993939 Reserva:Aconselhável Encerra:Segundas
Web:http://www.tascadaesquina.com/
Preços:€€€ (25 a 35€)
Cozinha digna de nota
Garrafeira digna de nota
Zona de fumadores

A Tasca da Esquina situa-se em Campo de Ourique e é o novo restaurante de Vítor Sobral. Um espaço agradável, bem iluminado e com confortáveis cadeiras forradas. Uma cozinha de qualidade onde se destacam os petiscos, com preço que variam entre os 4 e os 9 euros. Salientam-se as moelas fritas com maçã, codornizes com cerejas, fígado de aves com pêra e o requeijão com pimentos e poejos.
Petiscos
Mapa:
Críticas:
Lugar cool onde se pode petiscar servido por um dos melhores chefes do momento. Pratos muito bem confeccionados, se bem que reduzia a dose de flor de sal nos cogumelos. Para mim o abade de priscos foi uma revelação. O vinho a copo é diversificado e de qualidade, óptimo para quem não possa beber muito. Gostei do conceito nas "mãos do chefe" que torna a refeição numa surpresa. Serviço eficiente e atencioso. No fim nem sequer exige muito da carteira, considerando a qualidade oferecida. Um dos melhores da cidade.
Nosso menu:Sopa fria de tomate,
Salada de coelho e creme de feijão branco,
Ameijoas ao natural,
Cogumelos grelhados,
Tosta de porco preto,
Filete de lirio com arroz de coentros,
Leite-creme,
Abade de priscos com creme de coco, abacaxi e hortelã,
Reserva do chefe,

Acampemos em Campo de Ourique, no que não é propriamente um largo mas local de início, interrupção e fim de algumas ruas, tais a Ferreira Borges (começa aqui), a Saraiva de Carvalho (vem, pára e segue), a Domingos Sequeira e a do Patrocínio (terminam ambas). A tenda está estabelecida na Rua Domingos Sequeira, nº 41-C, a bem dizer na esquina com a patrocinada, no sítio onde em tempos existiu um restaurante chamado O Correio.

O de agora foi baptizado como Tasca da Esquina, inaugurado em 16 de Junho passado e é o novo ai-jesus de Vítor Sobral. O conhecido e justamente celebrado chefe de cozinha, na plenitude da sua carreira (n. 1967), por via do Terreiro do Paço fechado e porque la crise oblige, voltou-se para um tipo de restauração normalmente designado na língua imperial mas que não custa nada traduzir para de baixo custo. Abaixamento que, com Vítor Sobral, nunca poderá corresponder a diminuição de qualidade e inventiva. Quanto a instalações, na salinha da entrada, com seu balcão e abertura para a cozinha, cabem 14 petisqueiros em mesas com bancos altos. A outra proporciona assento a 28, beneficiados pela luz que atravessa as paredes de vidro, em mesinhas um tanto exíguas que, excepto no chemin de papel, não dispensam utensilagem cuidada e óbvio guardanapo de pano.

A lista abre com a secção Degustações - Fique nas Mãos do Chefe, assim organizadas: sopa e 3 porções (€ 14,50); 5 porções (€ 19,50); 6 porções + sobremesa (€ 26,50); 7 porções + queijo ou sobremesa (€ 32,50). Depois é um rol de 22 Petiscos. A seguir, Há La Carta com 3 pratos de Peixe e 4 tipos de bifes. Antes do final doceiro, Queijos, Enchidos e Fumados com 13 itens.

Brevíssimas notas de prova. Da modalidade das 5 porções, a primeira foi uma "sopa de cebola", com duas rodelas de linguiça e cebolinho, fria, agradável.

Segunda porção, "amêijoas", belos exemplares do estuário do Sado, de valva escura, cristianíssimas, numa espécie de à Bulhão Pato. Terceira, "bacalhau com molho de línguas do mesmo", lascas pequenas molhadas numa emulsão, o arenoso das farofas acompanhantes a sugestionar broa. Na quarta porção, a demonstração de como com carolino, cabeça de garoupa e arte se faz um "arroz de peixe" perfeito.

A última, "escondidinho", carne de vaca desfiada com puré de batata e mandioca, está a fazer a diferença.

Aos petiscos. Muito bem as "lulas salteadas com cogumelos" (€6,20), em molho adequado. "Berbigão no tacho" (€ 8) a devolver-nos toda a categoria deste molusco tantas vezes olhado de esguelha. "Moelas fritas com puré de maçã" (€ 4,50) muito tenras e valorizadas pela companhia invulgar. Aprovadíssima a "farinheira com favas" (€ 4,40), enchido qualificado e as favinhas descamisadas, tomate e coentros picados.

Palmas pela ressurreição da matéria-prima no caso dos "rabinhos de porco de coentrada" (€ 3,20), com um toque acertivo de vinagre. Raros também os "túbaros com pimentão" (€ 3,50), testículos de porco transformados em iguaria asseada. O "atum de conserva caseira" (€ 4,30), cortado à maneira de rojões médios, em molho de azeite, vinagre, alho, louro e tomilho, mostrou alguma secura interior. Em grande cebolada e molho profundo, mesmo os não apreciadores tiveram de se render a estes "fígados de aves de escabeche com pêra" (€ 4,30). Exemplares graúdos e abundantemente assessorados por molho saboroso e nada aliáceo, na "alhada de camarão" (€ 7). As "línguas de bacalhau ao alho" (€ 11,50) apareceram justamente estimadas nesta preparação, com um molho a que só faltava ovo para ser fricassé. Da secção Há La Carta extraiu-se o "bacalhau de forno" (€ 15), esplêndido em todos os aspectos e conteúdos.

Da respectiva alínea, o queijo de São Jorge (€ 3) e o queijo de Castelo Branco (€ 9) revelaram genuinidade e grande categoria.

Doces propriamente ditos são 4.

Carta de vinhos pouco extensa, todavia de boas escolhas, sempre com a modalidade a copo, a preços sensatos.

Serviço diligente e amável.

A competência, o talento e a criatividade de Vítor Sobral, bem temperados pelo seu bom senso e raízes alentejanas, também aqui estão patentes. Aproveitemos - sem esquecer os seus adjuntos Hugo Nascimento e Luís Espadana -, ao menos enquanto as suas naturais irrequietude e ambição o não catapultarem para outros voos

por Escape
Tasca da Esquina (5/5)

Só sei que gosto realmente de alguém quando passo a gostar do que não gostava. Tive uma mulher que foi coentros. Outra foi sandálias. O Vítor Sobral foi Campo de Ourique. Ali, entre a Domingos Sequeira e a Saraiva de Carvalho, está a Tasca da Esquina, que me reconcilia, a cada almoço, a cada jantar, com um bairro com que sempre embirrei.
Tenho dois problemas graves com o Vítor Sobral. Um é que nunca sei se Victor é Victor com c e sem acento, ou se é Vítor sem c e com acento. O outro é que não consigo deixar de achar que o seu último restaurante é sempre melhor do que os outros. E, já que penso nisso, o segundo problema são dois problemas (e por isso tenho ao todo não dois mas três problemas) – é que esse restaurante é melhor do que os outros-dele, mas também do que os outros-dos-outros.
É como com a Carla Bruni (e foi a maneira de usar como e Carla Bruni apenas a quatro caracteres de distância, sem espaços, porque caracteres com espaços eram mais) com quem também tenho dois problemas. Com a Carla Bruni também nunca sei se é Bruni com um n ou Brunni com dois ns. O outro problema com a Carla Bruni é não saber se gosto mais de a ver se de a ouvir. Quando a vejo é claro que é de ver que eu mais gosto; quando a ouço é claro que é de a ouvir, aquela voz arrastada direita à hipófise, que canta só para nós...
A Tasca da Esquina são duas salas, uma de entrada com mesas altas, um balcão à esquerda e uma cozinha à vista. A outra é uma marquise, ou coisa que deve ter um nome arquitectonicamente mais sexy (mas para termos de arquitectura, há praí críticos gastronómicos que são verdadeiros Corbusiers). Marquise no bom sentido, uma sala de tecto mais baixo, percorrida com janelas, em que se pode comer agradavelmente. E isto é que surpreende à partida nos restaurantes de Vítor Sobral, é que são sempre agradáveis de lá se comer. Mesmo no Terreiro do Paço, meio desengonçado, meio escuro, com aquela escada a meio, queloide de transplante de coração, era agradável lá estar.
Se chove, estamos ali como num escafandro, se faz sol, como num carro com ar condicionado, a ver o mundo lá fora e a organizar o mundo cá de dentro a cada garfada de um camarão com alho, excelente, em dose de tamanho certo. Enchidos bem escolhidos, requeijão macio. Berbigão fresco, com líquido por dentro, sem ser preciso estar numa esplanada de praia. Bolo de chocolate fofo, sem farinha, sem encher, mas sem ser de ar, e um pudim abade de priscos, rico, homogéneo. Na Tasca da Esquina há três hipóteses (uma carta com pratos mais substanciais e clássicos do Chef – a raia é sempre uma boa hipótese), um menu de petiscos (em várias incursões, só tive um percalço com uns rabinhos de porco demasiado duros – devem ser a desfazer-se, para chupar), ou, então, deixar-se nas mãos do chefe e da cozinha, que eles tratam de si, escolhendo quanto se quer gastar, 15, 20, 25, ou 33 euros. O que varia é apenas a quantidade de comida, sempre a uma qualidade excelente.
Como é o último, a Tasca da Esquina é o melhor restaurante de Vítor Sobral e dos melhores de Lisboa. Ali é que ele começa a ser quem é. Vítor Sobral é um chef de gaveto, porque Portugal é cozinha de esquina. Já escrevi que vejo Vítor Sobral, o grande chef, numa cozinha de aldeia, fumegante, com cinco ou seis quartos para dormir, lareira enorme. A Tasca da Esquina pode bem ser a sua última paragem em Lisboa, rumo à paisagem. É aproveitar.

por Contraprova
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Tuesday, 17 August 2010

Cartaxeiro

Acima média

Tradicional . Regional Saloia . Rústica
Morada:Rua Fonte dos Castanheiros 1
1675-577 - Caneças
Tel:219809200 Reserva:Aconselhável Encerra:Segundas
Web:http://www.ocartaxeiro.gastronomias.com/
Preços:(menos de 15€)
Cozinha digna de nota
Recomendado para grupos

"O Cartaxeiro" é o restaurante mais antigo de Caneças, e provavelmente o mais antigo do concelho de Odivelas. Procurou manter os traços originais, como os cada vez mais raros barris de vinho e os pratos de barro onde são servidos os "divinais petiscos". A decoração rústica apela às raízes tradicionais, aos costumes antigos, dando conta do passado e história da vila onde se insere. A cozinha privilegia a tradição portuguesa, com especial abordagem à riqueza da gastronomia saloia.
Açorda seca de bacalhau; Arroz de sardinhas saloias; Cabrito à antiga; Pataniscas de bacalhau; Polvo à nossa maneira; Bacalhau c/ broa; Cozido à portuguesa (Domingo); Dobrada à Portuguesa (Sábado e Domingo); Espetada de carne á Cartaxeiro; Massinha de peixe; Bife do lombo à café; Medalhões de vitela; Caril de gambas; Lombinhos de cherne c/ molho de camarão. Doçaria conventual;
Mapa:
Críticas:
Pratos tradicionais confeccionados na perfeição. Simpatia no serviço. Ambiente acolhedor e sossegado. A voltar.
Nosso menu:Açorda de bacalhau,
Pataniscas com arroz de tomate,

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Saturday, 7 August 2010

Parque e Palácio de Monserrate


O Palácio de Monserrate é um palácio inserido no Parque de Monserrate situado em São Martinho, Sintra, distrito de Lisboa, Portugal. O palácio foi projectado pelo arquitecto James Knowles e construído em 1858, por ordem de Sir Francis Cook, visconde de Monserrate, enquanto a elaboração dos jardins foi entregue ao pintor William Stockdale, ao botânico William Nevill, e a James Burt, mestre jardineiro. Este palácio que foi a residência de Verão da família Cook, foi construído sobre as ruínas da mansão neo-gótica edificada pelo comerciante inglês Gerard de Visme, que possuiu a concessão da importação do pau-brasil em Portugal e foi o responsável pelo primeiro palácio de Monserrate. William Beckford alugou a propriedade em 1793, realizando obras no palácio, começando a criar um jardim paisagístico. É um exemplar sugestivo do Romantismo português, ao lado de outros palácios na região, como o Palácio da Pena. Durante a década de 1920, o palácio seria posto à venda, acabando por ser adquirido pelo Estado em 1949.

Nos jardins deste Palácio podem ver-se vários exemplares botânicos. Actualmente encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978.

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Localização

Em banho Manel

Regular

Contemporâneo . Portuguesa . Luxo
Morada:Praça D. Fernando II
2710-483 - São Pedro, Sintra, Portugal
Tel:219246660 Reserva:Aconselhável Encerra:2º e 4º Domingos do mês (devido à feira)
Web:http://www.embanhomanel.com/
Preços:€€€ (25 a 35€)

O restaurante de Manuel Luís Goucha, localizado em Sintra, é um local simpático e sofisticado. E porque os olhos também comem, a decoração é deliciosa. Um estilo barroco kitsch em tons de vermelho e cinza e com colunas folheadas a ouro. A cozinha de inspiração não dispensa o alecrim e a alfazema do jardim de Goucha.
Peixe: Salada de favas com lagosta; salada de lulas quentes; lombos de tamboril ao vapor com creme de açafrão e linguini negro
Carne: Peito de pato com fígado de ganso salteado e molho de pêssego.
Mapa:
Críticas:
Pretencioso demais. Comida aceitável mas não deslumbrou. Preço nada simpático. Não devo voltar.
Nosso menu:Pato com folhado de maçã,
Peito frango com verduras,
Mil-folhas de frutos do bosque,

Dois pratos e um serviço atencioso não salvam este projecto. Diogo Novais provou (e chumbou) o ‘restaurante do Goucha’.

Há coisas que devem ser ditas à velocidade com que se arranca um penso rápido. Como isto: o novo restaurante de Manuel Luís Goucha é pretensioso, pomposo e tem tudo o que é necessário para ser nomeado o melhor exemplo do novo-riquismo português aplicado à restauração. Uma questão de gosto, dirão, mas neste caso... de muito mau gosto.
Desde a chaise longue da entrada, às colunas douradas, aos quadros pseudo-antigos, até à música ro(muito)cocó… quase tudo neste sítio parece ter sido feito para assustar e espantar. Nem todos os clientes acharão o mesmo, claro, porque há sempre quem goste de decorar a casa em tons Ferrero Rocher; mas pelo menos os clientes com níveis de exigência acima de zero, que não confundam luxo com dourados, vão achar a experiência insuportável aos olhos.

E quanto a ser kitsch – o argumento habitual para justificar o injustificável – é preciso dizer que kitsch, infelizmente, não é para quem quer, mas para quem pode. Implica exageros decorativos deste tipo, é verdade, mas que só têm graça se forem deliberados e equilibrados. Estes, infelizmente, parecem demasiado sinceros.

Por tudo isto, só é possível provar a comida do “Em Banho Manel” se esquecermos o cenário e nos focarmos na mesa. Foi o que começámos por fazer num domingo soalheiro em que serviam cozido à portuguesa como prato do dia. Dissemos que sim, alinhávamos no prato único, mas começávamos pelas entradas. E começou o choque financeiro: 13, 14, 16 euros por entradas banais e corriqueiras. Escusado será dizer que se não fosse pela crítica não pediríamos nenhum. Como foi, escolhemos uma das opções mais baratas na lista, uma tosta com cogumelos selvagens. E começou o assalto ao bolso: pão normal, com cogumelos normais e quatro amoritas (porquê amoras?) num prato normal. Mas que valia 13 euros.

A comida, esperámos, salvaria a honra do convento. Mas azar dos azares, o cozido, esse prato cuja confecção devia estar regida pelas leis da República, estava frio. Criminosamente frio, a roçar o morno. Verdade seja dita, até tinha pinta de ter sido um prato saboroso quando saiu do fogão. Mas isso, seguramente, já tinha acontecido há algumas horas. Para tentar confirmar que foi tudo azar voltámos outro dia e mais uma vez pedimos prato do dia. Era cabrito e estava infinitamente melhor. A carne escura, com aspecto de muitas horas de cozinha, a pele do bicho tostada e coberta de ervas; o arroz de miúdos solto, nem gorduroso nem ensopado. Numa outra visita deixámos os pratos do dia e abrimos a ementa. Medalhões de tamboril, recomendou o empregado, e acertou em cheio. O peixe no ponto limite de sal, o molho de mexilhão granulado, com aspecto de caril mas sabor a marisco fresco, muito acima da média.

Então e as sobremesas do mestre que escreve livros sobre o assunto? Só pedimos uma vez, um tiramisú, e chegou para todas as visitas. Um, não sabia a café; dois, vinha carregado numa espuma de nata, qual São Marcos em versão tunning. E por estas refeições paga-se uma média de 30 euros por cabeça? Não, obrigado.

por Tme-out
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Friday, 6 August 2010

Taberna Ideal

Acima média

Regional . Portuguesa . Tasca (Conceito)
Morada:Rua da Esperança 112-114
1200-658 - Lisboa
Tel:213962744 Reserva:Aconselhável Encerra:Segundas, Sábados (Almoços)
Preços:€€ (15 a 25€)
Cozinha digna de nota
Garrafeira digna de nota
Zona de fumadores
Fora de horas

A Taberna Ideal, localizada no bairro de Santos, é um restaurante que recria o ambiente de uma antiga taberna. O espaço é informal e confortável. Vai sentir-se em casa! Os objectos recordam a casa dos nossos avós, a loiça é antiga e os móveis familiares. A comida é tradicional portuguesa, confeccionada na hora com produtos frescos do dia . A ementa e os petiscos são rotativos e estão assinalados diariamente em ardósia, tem ainda
aconselhamento entendido sobre o vinho (a copo) indicado para cada prato.
Petiscos, Tibornas
Mapa:
Críticas:
Ambiente cool. Bons petiscos. Conceito de partilha. Bom vinho a copo. Gostei.
Nosso menu:Tiborna de queijo e mel, Tiborna de tomate,
Presunto com figos,
Ovos com farinheira,
Mousse chocolate.,

Entrar na Taberna Ideal, em Santos, é como ir almoçar a casa da avó: a comida é melhor do que o moderno gourmet e o espaço totalmente revivalista


A escriba estava reticente em partilhar a mais recente descoberta gastronómica da cidade de Lisboa que de tão aprazível, apetecia deixar em segredo. Mas enfim, depois de muita ponderação lá venceu o bem comum e por isso aqui vai sem mais rodeios: a Taberna Ideal é um verdadeiro fricassé de emoções capaz de resgatar até os comensais mais sorumbáticos da apatia. Pronto, está feito. Resta-nos arcar com as mais que prováveis consequências da ética que nos move e correr o risco de não ter lugar (são só 26), já que não é difícil reconhecer uma coisa boa quando fumega à nossa frente.

E aqui fumegam petiscos como ovos mexidos com alheira, tiborna de queijo cabra com mel e alecrim, endívias gratinadas com queijo e redução de ginginha ou empadão de codorniz com alheira e tâmaras. Basicamente coisas boas de antigamente actualizadas na medida certa, tanto na confecção como na apresentação. Quais serão exactamente é que já é mais incerto, porque a ementa é tão caprichosa como o destino. O que está afixado nos quadros de ardósia preta que forram uma das paredes depende sempre das coisas boas que as proprietárias Susana Felicidade e Tânia Pereira desencantaram nos mercados.



De terça a quinta e aos domingos há também dois pratos do dia. Coisas como bacalhau à Brás; rojões com arroz e batata frita caseira; bolinhas de carne com queijo mole acompanhado de massa fresca; ovos escalfados com ervilhas ou açorda de bacalhau. Tudo feito com desvelo, sem o peso da rotina e da obrigação. Apeteceu fazer, fez-se. Um mimo.

Esta filosofia (ou ausência dela) faz sentido aqui, porque não estamos num restaurante comum. Não é que as proprietárias sejam anarcas, nem se trata de um espaço moderno a repescar ementas da taberna antiga e com umas ideias modernaças de abolir o menu. A ideia foi, nas palavras de Tânia e Susana, pegar no melhor que as tabernas tinham - a comida, a informalidade e o convívio – e torná-lo perfeito nos dias de hoje, ou seja, mais confortável. Basicamente, é como ir almoçar a casa da tia Emília ou da avó Alzira que cozinham lindamente, mas neste caso os dotes de culinária são exercidos por Susana Felicidade, que trocou os códigos civis pelas panelas e a toga pelo avental, tudo para nosso benefício.

Retro, quase kitsch e muito saboroso


Na verdade é o espaço que chama a atenção mal se passa a porta da entrada. Se não o mencionámos à partida foi apenas porque estávamos com fome, mas agora que já aplacámos o estômago podemos olhar em volta com mais discernimento. É a combinação perfeita entre a taberna e a sala da avó. Não falta nada, nem os móveis de antiquário, nem o balcão à antiga, nem as mesas de mármore, nem as jarras com flores, nem a loiça nas paredes, nem sequer as andorinhas coladas no vidro da janela. A um passo do kitsch e completamente revivalista. É óbvio que alguém andou a passear na Feira da Ladra e o resultado não podia ser mais divertido.

O levantamento histórico foi ao ponto de se irem desencantar preciosidades como a gasosa Trevo (que continua óptima) e nem falta um refresco nostálgico criado para a ocasião com Trevo e Capilé, o Capilei. Depois há os pormenores cómicos conseguidos com a reutilização ecológica dos objectos, como o facto de o pão vir em escorredouros da massa e o frappé ser uma panela ou um fervedouro do leite. Não vão faltar motivos de conversa.


Se há um detalhe pouco taberneiro (no bom sentido) são os vinhos, tudo porque Tânia Pereira trabalhou vários anos na área de marketing e gestão de vinhos e é expert na matéria. Ao lado dos copos de três estão os copos xpto com uma liga especial que permite ver a verdadeira cor do vinho e que são aferidos para não se encher acima da curvatura máxima do copo. Mas não se pense que isto equivale a preços altos. Os preços do vinho a copo correspondem exactamente à divisão da garrafa. Sem inflacionamentos. Assim, um D. Ermelinda branco ou tinto, por exemplo, ronda os dois euros.
Aliás os preços são outro factor a fazer desta uma taberna ideal, das entradas (não deixe de provar os tremoços com tempero de salsa, vinagre e alho a 1 euro a dose), até aos petiscos em doses partilháveis, que rondam os cinco euros, passando pelas saladas gigantes, como a de abacate, ovo estrelado, bacon, tomate, queijo e batata frita, a 6,90. Os pratos normais rondam os dez euros mas se optar pelos do dia o preço desce para metade.
Nesta noite calhou-nos em sorte um fantástico empadão de codorniz com alheira e tâmaras. Não garantimos que volte a haver. Mas pode sempre fazer como os clientes que já são habituais e dizer: «Liguem-me quando houver o pudim abade de priscos».

por Lifecooler
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