1150-292 - Lisboa
Tel. 21 315 02 12
Encerra ao domingo
Italiano
Não desgostei. A comida é boa mas muito mal servida, foi a primeira vez que fiquei com fome num restaurante de "pasta". Ambiente cosmopolita cheio de Yupies. O azeite com pão muito bom, o risotto muito leve. A qualidade é boa, o espaço é bom o serviço também, mas paga-se demais para o que se aproveita.
Comida | Boa, mas pouca | |
Preço | €€€ | 26 Euros |
Ambiente | Cosmopolita | |
Serviço | Simpático, pouco mais |
Inaugurado em 2004, rapidamente entrou no circuito dos melhores restaurantes de Lisboa, tornando-se um dos espaços mais cosmopolitas da capital. Mais do que um fenómeno de moda, é um sítio onde se come realmente bem. A oferta gastronómica passa por uma cozinha de raiz italiana, com alguma fusão à mistura, espelhando-se numa ementa que muda com frequência, apresentando novidades conforme as estações e os produtos disponíveis no mercado. Ocupa uma ampla sala, com piso térreo e primeiro andar, em estilo "mezzanine", na zona de Santa Marta, onde antes funcionava uma fábrica de cromagem de radiadores. Este cenário permitiu adoptar uma decoração em estilo urbano-industrial que combina com o espírito internacional da casa. Dois anos após a abertura do restaurante, foi inaugurado na "mezzanine" um espaço complementar, o Tapas Bar, com uma ementa mais "petisqueira" e ideal para tomar um copo com os amigos.
É já um verdadeiro caso de sucesso no roteiro gastronómico de Lisboa para os amantes da cozinha italiana. Luca, o proprietário, elabora os pratos, confeccionados pelo cozinheiro nipónico Massa. Os produtos de caça provêm dos Pirinéus e as trufas que compõem inúmeros pratos, da região italiana de Asti. No primeiro andar funciona o espaço Tapas Bar destinado a grupos, por marcação, e com ementa própria.
Localização:
Nosso menu:
Pão e azeite Creme de cenoura e cajus Fettuccine “Al Granchio”
Miolo de Sapateira
Molho de Tomate
Alho
Vinho Branco
Queijo Fresco
Salsa
Piri-piriRisotto “Sienese”
Bochechas de Porco Preto Confitadas
Espargos Verdes
Alho Francês
Creme de LimãoMont - Blanc
Merengue
Molho de Chocolate
Gelado de Whisky e Castanhas
Creme de Castanhas com Rhum Velho
ChantillyCaipirinha
Foi por mero acaso. Luca Manissero, italiano de bilhete de identidade, visitou Lisboa por apenas algumas horas entre uma escala para o Brasil e a cidade pareceu-lhe bonita... mas esburacada. O ano de 1998 não foi realmente a melhor altura para se enamorar da capital. Mas ficou qualquer coisita e resolveu regressar para umas férias em grande. Tanto é que ainda cá está acabando por montar o negócio da sua vida, o restaurante que tem o seu nome.
Apesar de ser recente (o Luca abriu portas em finais de Setembro) já nem parece ser novidade, a ponto de estar sempre cheio e a reserva ser, por isso, bastante aconselhável.
E o que tem este sítio de especial para não passar despercebido numa rua onde existem mais de trinta restaurantes? Alguns factores de peso... A decoração será uma. Minimalista para não passar tão cedo de moda, sobressai o estilo “urbano-industrial” a deixar antever a anterior função que marcou este espaço. Dos tempos da fábrica de cromagem de refrigeradores ficaram pilares e outras lembranças facilmente identificáveis.
Os posters e recortes de jornais e de revistas com ídolos masculinos e femininos do século passado também podem ser considerados heranças dos anteriores trabalhadores. Para vê-los com mais pormenor terá que inventar uma desculpa para ir à casa de banho, pois é lá que se encontram mais exemplares destes. Mas o que marca mesmo são as fotografias de cerca de dois metros de vendedores do mercado das Caldas da Rainha. O que diz disto?
A cozinha que está à vista de todos tem maquinaria especializada em pastas frescas e gelados. Todas as sobremesas são aqui feitas e utilizam manteiga e natas frescas. Quem lá manda é o japonês Masa Kawai, o responsável por uma “Cozinha de Mercado” que exige produtos frescos e grande capacidade inventiva. Por isso, ao almoço, para além do menu fixo e das especialidades residentes, existem outros pitéus que variam diariamente. Um desafio acrescido, trabalhar com o improviso.
É impossível negar uma certa tendência internacional mas é que Luca Manissero e o chefe de cozinha Masa Kawai antes de mais são dois cidadãos do mundo. As suas anteriores ocupações levaram-nos para longe de casa mas para perto de Martín Beresategui cujo restaurante em San Sebastián possui a distinção máxima, as três estrelas, do mais famoso guia gastronómico, o Michelin.
A carta regista recriações regionais tão portuguesas como as Bochechas de Porco Preto Guisadas que convivem com receitas internacionais como Foie Gras Fresco na Frigideira e, claro está, as Pastas Frescas e o Risotto, imagens de marca de Itália aqui tão bem reinterpretadas.
Para as entradas, disputam o protagonismo, uma Salada de Queijo de Azeitão Panado e um Fritto Misto que mais não é que uma tempura de camarão tigre e legumes da estação.
A escolha das sobremesas é outro quebra-cabeças. É certo que na sua base a ementa varia sazonalmente mas de qualquer forma conte deliciar-se para já, seja com um Bolo Quente de Chocolate Amargo com Gelado de Caramelo, seja com a sobremesa mais tradicional de Itália, o Tiramisu, nascido de uma receita muito especial...
Para os apreciadores da verdadeira degustação, o Luca está a preparar em breve um menu de seis pratos. E está bem de ver, duas entradas, duas pastas, um prato de peixe e outro de carne, uma ou duas sobremesas. É o prazer prolongado já que não há bem que nunca acabe.
Novas soluções vão encontrar outros espaços como algumas salas que para já não estão à vista. Novidades para breve, portanto.
por Lifecooler
O Luca é o mais recente dos poucos restaurantes nova-iorquinos de Lisboa. Espaços industriais bem recuperados, culinária estudada e uma atitude customer-based.
E Luca é um belo nome para restaurante. Um misto de memórias: lembro-me sempre do Luca Paccioli, pai da contabilidade, do Luca Brasi, do Padrinho, e do Luca que era jogador de futebol numa telenovela que as minhas filhas viam à hora do almoço.
No Luca, com um c, na R. de Santa Marta, a clientela é muito mista: de matadoras advogadas recém-licenciadas a opinarem sobre opas a melosos e sussurrantes casais gay. Há também alguns espanhóis, o que começa a ser o indício de que a comida não é má. Não é má, mas podia ser melhor.
Entrantes, que podem ser prato principal:
O frito misto, tipo tempura de camarão e feijão verde de tamanho desproporcional, ensopado em óleo, sem qualquer piada ou valor acrescentado. O carpaccio de chispe e orelha de porco que enoja os bicos mais piscos, normalmente delas, e não convence o macho, pois mais parece uma banal salada das duas coisas cortadas aos cubinhos. Uma utilização mais do que abusiva do termo carpaccio (que deve o seu nome ao pintor Vittore Carpaccio, numa cromo-metonímia dos vermelhos usados nas suas telas –referindo-se em rigor a bife cru cortado fininho, tal como vem sendo servido no Harry’s Bar desde os anos cinquenta, onde e quando foi inventado).
Um Gravlax (que é um salmão – laks - em cura de açúcar, sal e endro... um pouco diferente da explicação do simpático Gerson) com beringela, courgette e batata. O problema com este prato, que depois se verificou com outros, confirmado por outros comensais e noutras visitas, é o de um sabor a frigorífico e tupperware no final de cada garfada.
A tarte tatin com vieiras, tapenade, lima e cebola confitada estava muito boa na combinação da leveza da massa e das vieiras com a intensidadade da tapenade, com a lima bem escondida a vir dar o twang no momento certo.
A tagine de borrego com feijão branco e um toque a estragão estava muito boa. O borrego desfazia-se, a lembrar um comido à colher no “Comptoir” de Marraquexe.
Depois a desilusão: fettuccine com
ventresca de atum, que mais eram uma banal massa com lata de atum ramirez, não escorrida, toscamente misturada. E sim, eu sei o que é ventresca de atum.
Os ravioli de bacalhau estavam excelentes, numa combinação muito boa do sedoso da pasta com o interior fibroso do bacalhau, num belo caldo de parmesão com uns camarões no ponto certo de cozedura.
A lasanha aberta de queijo Taleggio, com alcachofras, tomate confitado, molho de anchovas e creme de aipo também surpreendente, com os sabores intrincados e complexos (só dispensava a alcachofra, mas é esquisitice pessoal).
Nas sobremesas, uns bons gelados, um savarin de rum que agradou a uns mas muito criticado por outros, e um coulant de chocolate, bom sem ficar para a história.
No fim, oferecem grapa como água-benta. Um gesto simpático e que não deve sair muito caro pois pouca gente aceita este baggazzo...
Esta simpatia trapalhona dos empregados roça a bajulação gratuita: mas antes os brasileiros do Luca do que os portugueses da Brasileira.
No Luca, o que verdadeiramente impressiona é que tudo é pensado, ensaiado e posto em prática sob o labor atento do dono - o Luca. Uma coisa que os restauradores portugueses só agora começaram a perceber é que o risco do negócio da restauração é substancialmente diminuído quando não se falha naquilo em se pode não falhar.
No Luca, já fizeram o mais difícil. Agora é ir melhorando a comida. E tirar o travo a tupperware de alguns pratos.
por Contraprova
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