Wednesday 10 December 2008

Madagascar 2

Continua a valer a pena pelos pinguins (e também pelos macacos)

Título original: Madagascar: Escape 2 Africa
De: Eric Darnell, Tom McGrath
Com: Ben Stiller (Voz), Bernie Mac (Voz), Jada Pinkett Smith (Voz), Sacha Baron Cohen (Voz)
Género: Animação, Comédia
Classificação: M/4

EUA, 2008, Cores, 90 min. (IMDB)

Alex, o leão, Marty, a zebra, Melman, a girafa, Glória, a hipopótamo, os pinguins, Maurício e o Rei Juliano continuam juntos nesta nova aventura. Mas também continuam perdidos... nas margens distantes de Madagáscar. Mas os amigos náufragos nova-iorquinos resolvem tentar regressar ao seu antigo lar e para isso engendram um plano louco. Com um espírito militar, os pinguins consertam o que resta de um velho avião que se despenhou em Madagáscar. A improvável tripulação consegue levantar voo, mas será que o avião se vai aguentar no ar até Nova Iorque? Claro que não. A única coisa que conseguem é ir parar ao local mais selvagem de todos, ao coração de África, onde os antigos habitantes do zoológico de Central Park conhecem pela primeira vez animais da sua espécie que vivem no seu habitat natural. É uma ocasião única para reencontrarem as suas raízes, e Alex, Marty, Melman e Glória descobrem as diferenças entre a sua antiga "selva de betão" e o "continente negro". Mas será que África é um sítio melhor para se viver que a sua querida Nova Iorque?
in Publico

Crítica:
Enche o estômago no momento, ao fim de uma hora continua-se com fome

O regresso dos quatro animais do jardim zoológico de Nova Iorque largados à solta na selva sofre da pecha tradicional das longas de animação da Dreamworks - muito gague bem sacado de sitcom televisiva com um fiozinho muito ténue de história a ligar tudo e, ainda por cima, a história é uma variação muito óbvia sobre "O Rei Leão" (sim, sim, leram bem).

Há momentos muito divertidos (as lutas sindicais entre os pinguins e os macacos, a velhota judia e o kung-fu klezmer, o hipopótamo pinga-amor estilo Barry White) e a animação é sobre-excelente (Guillermo Navarro, o director de fotografia habitual de Guillermo del Toro, é creditado como consultor visual), mas a sensação com que se sai é a de um qualquer "fast-food": enche o estômago no momento, mas ao fim de uma hora continua-se com fome. E é pena, porque o "prólogo" de abertura mostra o que "Madagáscar 2" podia ter sido se em vez do gague certeiro tivesse havido um bocadinho de trabalho narrativo.

Jorge Mourinha

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