Sunday, 18 January 2009

Santa Vitoria

Cor fechada, no nariz muito aromático a fruta madura (ginja ou ameixa, no fim um toque adocicado), na boca leve qd frio mais macio ao aquecer. Final prolongado. Boa qualidade\preço.


Tipo: Vinho Tinto
Origem: Casa de Santa Vitória, Alentejo, Portugal
Características: 2006, 14º, Trincadeira, Aragonês e Syrah

Fermentação a temperatura controlada de 26ºC.Uma parte da fermentação é feita em cubas especiais do tipo lagar com sistema de pisa com robot "pigeaur", outra parte em cubas troncocónicas e outra em cubas cilíndricas. Estágio de 9 meses em barricas novas de 250L de carvalho francês e americano seguido de uma ligeira filtração antes do engarrafamento. Estágio em garrafa durante 6 meses.

Aroma intenso a ameixa madura e groselha com notas de especiarias e baunilha.Na boca é encorpado e macio com final de prova longo.

Crítica:
Tenho reparado que se torna difícil encontrar um vinho a baixo preço (<5€) que consiga proporcionar um nível de prazer interessante e ao mesmo tempo mostre algo diferente. Apesar disto, noto que os vinhos que circulam pelas gamas baixas revelam mais qualidade. É bom para o consumidor. O risco de apanhar uma bela zurrapa é menor. Ainda bem.

O que cansa é olhar para eles e ver que comportam-se, quase sempre, da mesma maneira. Possuem os mesmo argumentos, oferecem os mesmos sabores, os mesmos cheiros. Só o rótulo os distinguem. Bem vistas as coisas, também nas gamas mais ricas isto acontece. Só que aí a compreensão é menor e os erros não se perdoam com tanta facilidade.

Notícia, para mim, é apanhar uma pérola no meio deste mar homogéneo. Com 5€, cacei um vinho tinto alentejano curioso, bem conseguido, que conciliou facetas raras nesta gama. Boa escala de aromas, bom paladar, nunca caindo em monotonia. Não soltei um bocejo. Vem daqui.
Aromas vegetais, terrosos e pequenas sensações florais prenderam a minha narina ao copo. Era fresco, alegre, quase primaveril. Curiosa, muito curiosa, a impressão a carvão (pensem no cheiro que se solta quando afiamos o lápis). Durante a sua estadia no recipiente, ganhou cheiros especiados que sugeriram canela. Estava misturada com o tabaco, com a baunilha, com uma leve sugestão a cacau amargo. A fruta? Silvestre, sem açúcar. Sedosa.
Os sabores eram sadios e vivos. Fui confrontado, mais uma vez, com um comportamento que combinou alegria com seriedade. O vegetal, a tosta e a fruta formavam um bloco bem conseguido. Apetecível, saboroso, com boa largura. Nunca se tornou chato, monocórdico. Pelo preço que paguei não posso pedir mais. Não posso

15/20 por pingasnocopo

28 Dezembro 2005
PROVA Casa de Santa Vitória 2003


Depois de provado o Insólito, é provado agora o vinho da gama média, o Casa de Santa Vitória 2003.
Elaborado com as castas Trincadeira, Aragonês e Syrah, tem estágio de um ano em barricas novas de carvalho americano e francês, apresentando-se com uma tonalidade ruby escuro e 14%
No nariz tem uma intensidade média, com fruta (ameixa, groselha, amora), fumo, torrados, ligeira baunilha com toque vegetal, toffee, algum chocolate e ligeira especiaria.
Na boca, mostra corpo mediano, com presença da fruta, fresco e suave dando uma prova agradável com presença de especiaria e chocolate, com um final de boca médio/longo, com um preço de 4,50€.

15/20 por Copod3


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