Wednesday 30 January 2008

Os Tibetanos

Rua do Salitre 117
1250-198 - Lisboa
Tel. 21 314 20 38
Encerra aos sábados, domingos e feríados. Reserva aconselhável ao jantar.

Macrobiótica e Vegetariana

Um dos sítios onde apetece estar um pouco. A comida é do melhor no género e as sobremesas excelentes, as de chocolate, provávelmente das melhores da cidade. Desta vez ficámos muito mal sentados junto à cozinha, o serviço não foi nada especial e o prato do dia também não. Esperemos por melhor dia.

Comida

No género do melhor por aí

Preço

11 Euros

Ambiente

Lugares bem apertados

Serviço

Simples

Um conceito original. No primeiro andar funciona a escola budista. No rés do chão, está o restaurante. Quem gosta de comida vegetariana, não pode ignorar este local, verdadeiro templo de reflexão para o espírito e para o estômago.

Dentro do género, a oferta é variada e saborosa. À parte do trivial arroz integral, sempre se pode optar pelas sopas de cremes, couve flor "al presto" ou quiche de cogumelos. E não só, porque como é de mau tom comer de garganta seca, os aperitivos tibetanos e o saké quente também não foram esquecidos.

A decoração é muito simples, quase minimalista, mas muito agradável. São mesas e cadeiras pequeninas que dá a sensação de aconchego.
Fica junto ao Jardim Botânico e é, por diferentes razões, um oásis em plena cidade. As salas são perfumadas de incenso e decoradas com tecidos e imagens do Tibete. Há duas, de inevitável recolhimento, e uma esplanada, que só espera os favores do Sol. Gerida por seguidores do Dalai Lama, a casa dá a comer bife de seitan com natas e cogumelos, momos ao vapor ou fritos, filetes do quorn (várias espécies de micro-cogumelos), bife de tofu com queijo de cabra. Abra com a salada do dito, gratinado, e feche com uma viagem pelas irresistíveis sobremesas.


Localizacao:

Nosso menu:

  • Sopa
  • Chamuças e tostas de alho
  • Tarte de papaia e requeijão
  • Vinho tinto

Critica:
Com o Dalai Lama recentemente em Lisboa e a confusão na Birmânia, parece oportuno falar deles. MAs refiro-me ao restaurante.

Já não ia lá há muito tempo. É dos sítios a que nem todos querem ir, e há muito que não almoço sozinho, nem com tempo, nem naquela zona [e a bem dizer nem naquela cidade].

Os Tibetanos não me converteram ao budismo, mas fiquei certamente rendido à qualidade do restaurante no seu piso térreo e terraço da Rua do Salitre, em Lisboa.

Fui lá muitas vezes [várias vezes por semana até] entre 2oo4 e 2oo6. Dava-me jeito e a comida era 'óptima apesar de apenas com vegetais'.

Isto porque embora mais 'saudável', a comida vegetariana nem sempre é ultra-apetitosa. E muitas vezes enjoa, de tanto de comer as mesmas saladas ou o mesmo tofu.

O facto de não ser assim nos Tibetanos, deixou-me entusiasmado. E não só a mim, visto que está sempre, ou quase sempre, cheio.

A cozinha [coisa rara, mesmo que se pague muito por isso, nos restaurantes de hoje] é boa. Os produtos parecem bons [ou pelo menos não tão maus como a maioria dos restaurantes por aí, tirando carne e peixe] e a confecção é genial. Ninguém se lembra que está num vegetariano, e além de se olhar para o prato e se ver 'comida normal', tem óptimo aspecto e sabe maravilhosamente.

Esta santíssima trindade é completada pela simpatia do pessoal [que praticamente não mudou desde que comecei a ir lá] e pelo aconchego do espaço [apesar da recente obra, que detestei, de redução da sala de baixo, aumento da cozinha até ao pátio, e terríveis ruídos que daí vêm, a maçar quem quer sossego no pátio, mas felizmente sem as plantas que abrigavam pássaros nem sempre respeitadores dos comensais].

Gosto de praticamente tudo o que vem na ementa [coisa rara] embora os favoritos de sempre [e a sobremesa convém pedir logo ao chegar] sejam a salada terraço [enorme, incluindo frutas exóticas] e que desgraçadamente parece já não haver [talvez por levar uns 30 minutos a preparar] e a genial tarte de papaia com requeijão [de cair para o lado], que cheguei a pedir em dose dupla e a levar depois de um almoço, em pulgas pelo lanche. O segredo parece ser a base [quase parece feita de cereais mal moídos e não da habitual massa quebrada], a polpa de papaia, no ponto, e o requeijão, muito bem batido, cuja aparência, volume e consistência lembram o chantilly, mas o sabor não engana.

Não deixe de ir [e/ou voltar] aos Tibetanos, com a certeza de encontrar sempre algo de interessante na ementa, e de sair de lá em paz.

Pontos + : cortesia, qualidade da cozinha e apresentanção dos pratos e relação com o preço, ambiente simples, mas intimista.
Pontos a melhorar: WC, mobilidade [organização do espaço], meios de pagamento [não tem multibanco, embora admita que seja princípio da casa], velocidade do serviço, estacionamento, para quem tem a paciência de guiar, horário [fecha às 14h e às 21h, e não abre aos fins de semana]

por Lorenzetti
Outros links:

No comments: