1200-109 - Lisboa
Tel. 21 347 70 82
Encerra às Segundas. Reserva aconselhável
Fusão, Asiático
Bastantes variedades asiáticas muito bem confeccionadas, as doses pecam pelo tamanho (apetece sempre mais). O caril verde é realmente bom, o pato também estava delicioso, as sobremesas não convenceram muito. O ambiente é muito intimista e quase clandestino bastante escondido no armazém do Clube Naval, quase parece um clube secreto onde se pode provar os sabores contrabandeados nos porões dos barcos no porto em frente. O serviço é atencioso e dedicado, bastante generoso em empregados para o tamanho da sala. No fim a conta pode pesar um pouco, mas os sentidos agradecem. Bom sítio, a voltar.
Comida | Muito saborosa de várias influências | |
Preço | €€ | 15 a 25 Euros |
Ambiente | Atmosfera simpática | |
Serviço | Eficiente |
Localização:
Nosso menu:
Vieiras Tori Caril verde Pato Hong-Kong Pudim Maracujá Pudim Queijo com Mel Vinho da casa
Crítica:
Qual Vasco da Gama, o Lifecooler partiu rumo à descoberta dos aromas e sabores do Oriente. Como a dele, a nossa viagem também começou junto ao Tejo, mas não foi preciso levantar âncora para ir parar à Índia, Japão ou Malásia. Só foi preciso subir o lance de escadas que conduzem ao segundo piso do Clube Naval de Lisboa, no Cais do Gás. É aqui que fica o Café Malaca.
De vento em popa
O balcão que serve como bar é o casco de um barco, a sala lembra uma proa com as janelas a abrirem sobre o Tejo, o tecto é alto mas as traves mesmo sobre as mesas recordam a estrutura do interior de uma embarcação. As referências ao universo náutico, quase inevitáveis dada a sua localização, ficam por aqui. Em destaque está a decoração e a gastronomia orientais, tudo como manda a mulher do leme: Yoon Chin.
O espaço é pequeno e acolhedor, privilegiando uma atmosfera intimista onde predominam os tons claros e as cores vivas. Há mesas e cadeiras brancas de palha e outras de madeira. De uma forma ou de outra, todas foram restauradas e recicladas pela proprietária para preservar a aura que emana de objectos que têm passado. A única coisa que é nova neste espaço é o conceito que introduz, destacando-se como um dos poucos restaurantes lisboetas que servem comida genuinamente oriental.
Os tampos das mesas são todos de vidro, para deixar ver os tecidos importados da Malásia que colorem o restaurante e marcam o estilo da sala. Deste modo, cada mesa tem um padrão diferente e não há duas iguais. Assim como não há dois pratos iguais. Sobre cada uma delas, há uma orquídea e um copo de madeira com uma colher de pau e os tradicionais pauzinhos chineses. Chineses são também os candeeiros que pendem à altura dos olhos de quem passa a ombreira e compõem a decoração oriental do espaço.
A música zen faz as honras da casa. É ela a primeira a receber-nos. Através da audição, já deixamos Lisboa, agora só resta deixar os outros sentidos viajarem.
Cozinha oriental de fusão
Juntar numa refeição o melhor do Japão, da Índia, da Tailândia, da China e do Vietname já é possível. Guarde o sushi e o chop suey para outra ocasião. Em vez disso experimente um crepe primavera, um bife coreano, um caril porta do dragão ou uns gyoza. É que no Café Malaca os sabores do oriente conduzem o nosso paladar e o nosso olfacto pelos quatros cantos do mundo oriental.
Nós experimentámos um crepe Vietnamita e louvamos a mistura de vegetais com os camarões e com o estaladiço do crepe. Continuamos com uns mala hai e ficamos a saber que é possível comer caranguejos sem ter de os despir da sua carapaça. Rendemo-nos ao caril verde caseiro e tirámos o chapéu ao pato Hong Kong. Este último destaca-se na lista uma vez que o pato é cozinhado no forno numa posição vertical e o prato demora no mínimo 24 horas a ficar pronto, uma vez que a ave é marinada no dia anterior.
por LifeCooler
É nestas alturas que pensamos no Vasco da Gama a caminho da Índia e como estudar História faria muito mais sentido com umas aulas práticas. Um jantar no Clube Naval, por exemplo. À beira-Tejo, a provar um dos cocktails de nome exótico (Shangai Dawn, Oriental Bronx) e a espreitar o rio pela janela. Sobe-se ao primeiro andar e lá está a salinha étnica, inspirada no interior de um barco e nas cores das especiarias. Depois é só fazer a dita viagem ao Oriente sem sair da mesa: à Malásia, Tailândia, Indonésia, Japão. É isto que o Café Malaca tem de melhor: não segmentar a cozinha por países.
Tanto se pode trincar um crepe vietnamita (picante q.b., um travo a canela), como um crepe Primavera (de maçã e vegetais, cozido a vapor). As vieiras com molho de ostras também se recomendam. Nos pratos, cinco estrelas para o caril verde tailandês (de peixe e camarão): suave, aromático – nada de confusões com o indiano.
O bife coreano, pelo contrário, sabe à vaca com pimentos de um banal restaurante chinês. Teria sido melhor arriscar o pato à Hong Kong ou o Mala Hai? Talvez. As sobremesas é que dão vontade de pedir uma de cada. Mas decidimo-nos pelo fuko e ainda bem. Fica o gelado de chocolate com malagueta para a próxima.
por TimeOut
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