Friday 28 November 2008

Café Malaca

Cais do Gás Armazém H 1º Clube Naval Lisboa
1200-109 - Lisboa
Tel. 21 347 70 82
Encerra às Segundas. Reserva aconselhável

Fusão, Asiático

Bastantes variedades asiáticas muito bem confeccionadas, as doses pecam pelo tamanho (apetece sempre mais). O caril verde é realmente bom, o pato também estava delicioso, as sobremesas não convenceram muito. O ambiente é muito intimista e quase clandestino bastante escondido no armazém do Clube Naval, quase parece um clube secreto onde se pode provar os sabores contrabandeados nos porões dos barcos no porto em frente. O serviço é atencioso e dedicado, bastante generoso em empregados para o tamanho da sala. No fim a conta pode pesar um pouco, mas os sentidos agradecem. Bom sítio, a voltar.

Comida

Muito saborosa de várias influências

Preço

€€

15 a 25 Euros

Ambiente

Atmosfera simpática

Serviço

Eficiente

O primeiro piso do Clube Naval de Lisboa, no Cais do Sodré, esconde uma pérola com sabor, visual e aromas do Oriente. De olhos postos no rio Tejo, aqui, na companhia da brisa ribeirinha, se degustam iguarias do outro lado do mundo. Comida asiática de fusão que se traduz numa ementa requintada. E quem quiser levar parte da experiência para casa, pode sempre fazê-lo, levando um dos artigos da loja de artesanato, integrada no restaurante.

Localização:

Nosso menu:

  • Vieiras Tori
  • Caril verde
  • Pato Hong-Kong
  • Pudim Maracujá
  • Pudim Queijo com Mel
  • Vinho da casa


Crítica:
Qual Vasco da Gama, o Lifecooler partiu rumo à descoberta dos aromas e sabores do Oriente. Como a dele, a nossa viagem também começou junto ao Tejo, mas não foi preciso levantar âncora para ir parar à Índia, Japão ou Malásia. Só foi preciso subir o lance de escadas que conduzem ao segundo piso do Clube Naval de Lisboa, no Cais do Gás. É aqui que fica o Café Malaca.


De vento em popa

O balcão que serve como bar é o casco de um barco, a sala lembra uma proa com as janelas a abrirem sobre o Tejo, o tecto é alto mas as traves mesmo sobre as mesas recordam a estrutura do interior de uma embarcação. As referências ao universo náutico, quase inevitáveis dada a sua localização, ficam por aqui. Em destaque está a decoração e a gastronomia orientais, tudo como manda a mulher do leme: Yoon Chin.

O espaço é pequeno e acolhedor, privilegiando uma atmosfera intimista onde predominam os tons claros e as cores vivas. Há mesas e cadeiras brancas de palha e outras de madeira. De uma forma ou de outra, todas foram restauradas e recicladas pela proprietária para preservar a aura que emana de objectos que têm passado. A única coisa que é nova neste espaço é o conceito que introduz, destacando-se como um dos poucos restaurantes lisboetas que servem comida genuinamente oriental.


Os tampos das mesas são todos de vidro, para deixar ver os tecidos importados da Malásia que colorem o restaurante e marcam o estilo da sala. Deste modo, cada mesa tem um padrão diferente e não há duas iguais. Assim como não há dois pratos iguais. Sobre cada uma delas, há uma orquídea e um copo de madeira com uma colher de pau e os tradicionais pauzinhos chineses. Chineses são também os candeeiros que pendem à altura dos olhos de quem passa a ombreira e compõem a decoração oriental do espaço.

A música zen faz as honras da casa. É ela a primeira a receber-nos. Através da audição, já deixamos Lisboa, agora só resta deixar os outros sentidos viajarem.



Cozinha oriental de fusão

Juntar numa refeição o melhor do Japão, da Índia, da Tailândia, da China e do Vietname já é possível. Guarde o sushi e o chop suey para outra ocasião. Em vez disso experimente um crepe primavera, um bife coreano, um caril porta do dragão ou uns gyoza. É que no Café Malaca os sabores do oriente conduzem o nosso paladar e o nosso olfacto pelos quatros cantos do mundo oriental.

Nós experimentámos um crepe Vietnamita e louvamos a mistura de vegetais com os camarões e com o estaladiço do crepe. Continuamos com uns mala hai e ficamos a saber que é possível comer caranguejos sem ter de os despir da sua carapaça. Rendemo-nos ao caril verde caseiro e tirámos o chapéu ao pato Hong Kong. Este último destaca-se na lista uma vez que o pato é cozinhado no forno numa posição vertical e o prato demora no mínimo 24 horas a ficar pronto, uma vez que a ave é marinada no dia anterior.

por LifeCooler


É nestas alturas que pensamos no Vasco da Gama a caminho da Índia e como estudar História faria muito mais sentido com umas aulas práticas. Um jantar no Clube Naval, por exemplo. À beira-Tejo, a provar um dos cocktails de nome exótico (Shangai Dawn, Oriental Bronx) e a espreitar o rio pela janela. Sobe-se ao primeiro andar e lá está a salinha étnica, inspirada no interior de um barco e nas cores das especiarias. Depois é só fazer a dita viagem ao Oriente sem sair da mesa: à Malásia, Tailândia, Indonésia, Japão. É isto que o Café Malaca tem de melhor: não segmentar a cozinha por países.
Tanto se pode trincar um crepe vietnamita (picante q.b., um travo a canela), como um crepe Primavera (de maçã e vegetais, cozido a vapor). As vieiras com molho de ostras também se recomendam. Nos pratos, cinco estrelas para o caril verde tailandês (de peixe e camarão): suave, aromático – nada de confusões com o indiano.

O bife coreano, pelo contrário, sabe à vaca com pimentos de um banal restaurante chinês. Teria sido melhor arriscar o pato à Hong Kong ou o Mala Hai? Talvez. As sobremesas é que dão vontade de pedir uma de cada. Mas decidimo-nos pelo fuko e ainda bem. Fica o gelado de chocolate com malagueta para a próxima.

por TimeOut

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