1100-538 - Lisboa
Tel. 21 888 13 28
Encerra às 3ªs. Aberto até às 2:00
Internacional, Fora de horas
Sugestões inovadoras e deliciosas, principalmente a nível de entradas, alíás pode-se perfeitamente ficar por estas sem encomendar prato. Boa qualidade nos ingredientes. Serviço eficiente. Ambiente muito simpático. Gostei bastante.
Comida | Boa e de boa qualidade | |
Preço | €€ | 23 Euros |
Ambiente | Bela casa num bairro típico | |
Serviço | Eficiente |
Localização:
Nosso menu:
Cascas de batata frita Morcela assada com puré de maçã Bife de lombo com molho cogumelos Cous-cous de vegetais Praliné com tequilha Tinto da casa
Há coisa de talvez um ano a casa mudou de donos, mas não mudou a tradição. O sítio faz-se de muitos retratos de artistas de palco e ecrã, entre cantores e actores, com alguns poetas à mistura. Voltei lá passado uma longa ausência, talvez dois anos, mas nos comeres também não notei grande mudança, tal como na simpatia do serviço. Ainda bem. Nos males mantém-se as coisas. Pronto, a casa não mudou!
O petisco bem lisboeta, e muito esquecido, das cascas de batata é o ex-libris da casa e faz uma bela diferença como nota de boas vindas, quando a restauração portuguesa não passa da banalidade barrada no pão... perdão, da manteiga barrada no pão e, muitas vezes duns patés e queijo fundido de plástico. Benditas casca de batata passadas na frigideira!
Por mim, sempre que vou a este restaurante, fico-me bem só com entradas e faço uma refeição de petiscos. Se a fome é muita avanço para um prato. Desta vez aconteceu-me esta segunda hipótese. As minhas escolhas, que partilhei, foram uma salada de chévre gratinado, brie panado com doce de mirtilo, frango à passarinho e carpaccio de carne. Posteriormente veio um magret de pato com molho agri-doce com batata assada, acompanhada de maionese de alho.
Tudo isto já existia na ementa antiga, a diferença é subtil, mas importa: a qualidade dos produtos. O chévre mostrou-se pastoso e bem menos elegante que o antigo. Onde antes havia camembert há agora brie, sem que se note vantagem na troca dos queijos. O carpaccio já foi de melhor carne e na cozinha já se escolheu melhor o frango. Para sobremesa veio uma strudel de maçã (sic!) bem gostosa com gelado de baunilha. Uma combinação clássica e que se mostrou competente.
No que toca ao vinho já a nota é menos positiva. A primeira é a falta de opções da carta, com as escolhas todas muito niveladas, tanto em termos de qualidade como de preço. Já que refiro preço devo escrever que ali se pratica a especulação. Os valores cobrados são estapafúrdios para um restaurante daquele nível, para vinhos daquele estatuto e para a competência de copos e empregados. Na avaliação feita, entre existências, qualidade e preço, optou-se por um Sexy 2004 (Regional Alentejano), pelo qual cobraram 15 euros. Este tinto pedia espaço, o que os copinhos fornecidos não permitiam, pelo que os clientes tiveram de fazer a vez dos serventes e sugerir a mudança dos copos por uns que fizeram justiça aos aromas e sabor deste vinho de nome tão insólito. Para culminar e confirmar a falta de jeito da gente desta casa com o vinho refiro apenas o episódio final: na carta existe referência a Vinho do Porto Vintage, sem que especifique a casa produtora ou o ano. Embarquei ciente que sairia embuste. Veio uma bebida doce que um dia foi Vintage; estava intragável, completamente oxidado pelo tempo.
O serviço foi esforçado e simpático. Fora o vinho, que obriga a algum esforço e contenção, ou pouca exigência do comensal, ainda vale a pena provar os petiscos do Santo António de Alfama.
por joaoamesa.blogspot.com
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