Sunday 3 May 2009

O Tarro

Estrada da Circunvalação
7630 - Odemira

Tel. 283 322 161
Não encerra. Esplanada

Regional

Boa opção para quem por aqui passe de caminho e, que como nós, nada conheça na zona. A comida é boa. O sitio pode ser divertido com as excursões.

Comida

Carne bem tenra

Preço

Menos 15€

Ambiente

Sala simples, junto a bomba de gasolina

Serviço

Rápido

No centro da cidade, uma sala ampla e cheia de luz natural, recebe os que percorrem a costa alentejana e aqueles que ficam para férias. Além do excelente serviço e qualidade oferece igualmente as seguintes comodidades: fraldário, wc deficientes, jornais e revistas. agente de Santa Casa Misericórdia. Ameijoa Alentejana, Ensopado Borrego, Peixe Fresco

Localização:

Nosso menu:

  • Carne de porco à alentejana
  • Gelado

Crítica:
Odemira é uma cidade muito bonita. Eu passo sempre as férias do Verão do meu pai em Odemira. Em Odemira está sempre muito calor e não há outros meninos para eu brincar. Quando o meu pai e a minha mãe se zangaram e a minha mãe foi viver com o tio Jêpê um dia ela disse espero nunca mais pôr os pés na morte lenta (é assim que ela diz Odemira). Quando estamos em Odemira jantamos sempre no mesmo sítio. O meu pai não gosta de mudar. A Paula da primeira vez que foi connosco para Odemira gostava muito do Tarro e dava muitos beijinhos ao meu pai. Este ano já queria sempre ir a outros sítios. O meu pai finge que não ouve. A Paula nunca quer dar trabalho aos senhores da cozinha. A Paula come sempre um bife que vem cru e depois ela cozinha-o na mesa. O meu pai olha para mim e pisca-me o olho. Ele acha que as pessoas que comem aquele bife são tontas. No Tarro muita gente come aquele bife. O bife que se cozinha na mesa é o mais caro da lista. Eu e o meu pai comemos sempre comidas que os senhores trazem cozinhadas lá de dentro. Por exemplo chocos com areia. O meu pai zangou-se um bocadinho por eu dizer ao senhor que queria chocos com areia como no outro dia. O senhor ficou vermelho.
A Paula fala muito. O meu pai não. Acho que os pais da Paula também se zangaram. Ela fala muito da ministra dela e diz coisas muito feias. Diz que ela a obrigou a trabalhar muito e que agora a quer tramar num concurso qualquer. A Paula já é crescida e é professora e a ministra dela está sempre a aparecer nos jornais e na televisão. A Paula nunca aparece nos jornais e na Televisão. Antes da Paula a Cristina aparecia muito na televisão. A Cristina não comia nada e o meu pai ficava muito triste. Antes de vir a comida o meu pai pede sempre uns camarões para mim e para ele. A Paula não gosta diz que são picantes. O meu pai pisca-me o olho e eu rio-me. Os senhores do restaurante também se riem quando dizem camarõezinhos e olham para ela. A Paula parece bonita. Os camarões são muito muito muito fritos e quase que se pode comer a casca. Eu e o meu pai comemos sempre a casca e chupamos as cabeças para irritar a Paula. Eu e meu pai comemos sempre sopa a Paula prova da nossa e depois às vezes pede para ela. Às vezes a sopa está muito boa, outras vezes não. O Tarro é numa rotunda e tem um café ao lado e lá fora uma bomba de gasolina. O meu pai gosta muito de restaurantes com bombas de gasolina ao pé. Quando eu era pequenina não dizia vamos ao Tarro dizia vamos ao Carro e as pessoas riam-se. O meu pai disse que um tarro é um tupperware de cortiça. A Paula não sabia. Às vezes comemos ensopado de borrego mas nunca está tão bom como o da avó Nanda. Quando eu era pequenina comia sempre aqueles gelados da olá que trazem brinquedo. Este ano comi sempre pudim ou melão porque eram muito docinhos. O meu pai diz que ficou muito orgulhoso de mim e os olhos dele brilharam. Como a minha mãe diz o meu pai é um bocadinho tonto. Eu gosto muito do meu pai. Quando saímos do Tarro não vamos logo para casa. Vamos dar um passeio a pé. O meu pai diz que é para fazer a digestão e para não irmos para a cama a cheirar ao bife da Paula. Para o ano quero voltar a Odemira e ao Tarro. (E eu gostava de te voltar a encontrar, nessa mesma mesa com o teu pai e talvez uma nova madrasta).

por Contraprova

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