Thursday, 28 August 2008

O Marinho

Rua Calouste Gulbenkian 6-C
2830-048 - Barreiro
Tel. 21 216 40 98

Tradicional

Restaurante simples sem requintes. Uma sala barulhenta com vista para a rua, guardanapo de papel. As comidas de tacho são excelentes com o tempero invariávelmente no ponto. Boa cataplana, bem como todos os arrozes. Ao Marinho vai-se lá comer, nisso é óptimo.

Comida

Pratos de tacho são divinais

Preço

13 Euros

Ambiente

Barulhento

Serviço

Qb
Restaurante simples onde a cozinha caseira é o prato forte. Peixe: Tachada do Marinho à barreirense; Massada de bacalhau com grão. Carne: Brazada do Marinho. Doces: Doce de castanha.

Localização:

Nosso menu:

  • Filetes de polvo com arroz de feijão
  • Peixe espada grelhado
  • Pudim de ovos
  • Vinho da casa

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Wednesday, 27 August 2008

31 da Armada

Praça da Armada 31
1350-027 - Lisboa
Tel. 21 397 63 30
Não encerra. Reserva aconselhável.

Tradicional

A minha visita a este restaurante foi decepcionante. A nossa escolha de pratos foi infeliz, as pataniscas estavam saborosas mas enzeitadas, o arroz de feijão deslavado, o arroz de peixe sem sabor e o peixe seco. O leite creme razoável. O vinho muito bom. O serviço um pouco demorado apesar da casa estar vazia. Não posso dizer que recomendo, só se for pelo vinho.

Comida

Fraca

Preço

15 Euros

Ambiente

.Podia ser mais acolhedor

Serviço

Demorado
Restaurante composto por 3 salas de refeição - uma maior e duas mais pequenas com comunicação entre si. Rústico e acolhedor, apresenta sobretudo especialidades da cozinha portuguesa, sem esquecer alguns pratos internacionais, como a deliciosa Moqueca de Camarão.

Localização:

Nosso menu:

  • Pataniscas com arroz de feijão
  • Arroz de peixe
  • Leite-creme
  • Vinho da casa

Crítica:
O 31 da Armada é um pequeno espaço muito simples e acolhedor que consegue fugir à imagem do restaurante habitual devido ao ambiente “cozy” que estabelece com quem o frequenta. É composto por três salas, uma maior (com uma decoração mais moderna, ideal para grupos) e duas pequenas (com capacidade para cerca de 20 pessoas cada) com comunicação entre si, decoradas de uma forma rústica, com azulejos notoriamente antigos, chão de pedra e motivos de índole marítima nas paredes. O 31 da Armada é, aparentemente, um lugar com história que valerá a pena detalhar mais um pouco (de futuro).
A cozinha é tudo menos industrializada e é baseada em alguns pratos típicos portugueses, a carnes e peixes grelhados à vista do cliente e a algumas especialidades que é mandatório experimentar. Falamos da Moqueca de Camarão e da Muamba, que são simplesmente deliciosas. As sobremesas são poucas, mas notoriamente boas (experimentem o leite creme). A única coisa que estraga a pintura é o pão, que no meio de requintes simples como os guardanapos de pano deixa algo a desejar… não é fresco e vem aquecido no forno (em todas as vezes que fui lá jantar)…
A melhor maneira de chegar ao 31 da Armada é ir até à Rotunda de Alcântara e seguir pela Rua Prior do Crato. A Praça da Armada fica do lado esquerdo e é facilmente identificável pelo largo espaço forrado a calçada portuguesa e pela fonte.

por No prato com
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Saturday, 23 August 2008

Wall.E

Este é um filme fantástico. A primeira parte onde não existem diálogos é simplesmente deliciosa, uma imagem vale verdadeiramente por 1000 palavras. Técnicamente irrepreensível, artisticamente perfeito. Como podem ter reparado, adorei. Go Go PiXAR.

Título original: WALL.E
De: Andrew Stanton
Com: Ben Burtt (Voz), Paul Eiding (Voz), Kim Kopf (Voz)
Género: Ani, Com
Classificação: M/6

EUA, 2008, Cor, 98 min. (IMDB)

Há 700 anos, os humanos abandonaram a Terra, mas sonham voltar um dia. Para trás, ficou apenas Wall.E, um pequeno robô muito curioso e que se sente um pouco sozinho. Até ao dia em que chega a bela Eve, uma sofistica robô, que percebe que Wall.E pode ter descoberto, inadvertidamente, a solução para o futuro da Terra. Wall.E encanta-se por Eve mas ela corre de volta para o Espaço para contar aos humanos que a hora por que há tanto esperam pode estar perto. Talvez, por fim, seja seguro regressar à Terra, voltar a casa. Wall.E, no entanto, não desiste da sua amada robô e persegue-a galáxia fora, numa divertida aventura. Wall.E chegou para encantar e percebe-se porquê: pertence às melhores famílias e foi criado pelos humanos responsáveis por "À Procura de Nemo", "Carros" e "The Incredibles - Os Super-Heróis".in Publico

Crítica:
O toque humano

Vejamos: daqui a 700 anos, a Terra sobreconsumida tornou-se num deserto árido feito de lixo e poeira, onde só as baratas e os robôs sobrevivem, e os humanos retiraram-se para o espaço para aí viverem uma existência quase "virtual" como consumidores passivos a bordo de super-naves automatizadas. Estariam perdoados por pensar que isto é apenas a mais recente distopia de ficção-científica em variação sobre a icónica "Matrix" dos manos Wachowski.

Em vez disso, o que acabámos de descrever é a base do mais recente prodígio animado por computador da Pixar de John Lasseter - sim, os mesmos dos "Toy Story" e de "À Procura de Nemo" e de "Ratatui". E um prodígio que, ao mesmo tempo que confirma a perfeição tecnológica e a sofisticação visual a que o estúdio de Emeryville nos habituou, regressa à própria origem pioneira do cinema, à capacidade de contar uma história de modo puramente visual, sem as "âncoras" do diálogo narrativo.

Que o mesmo é dizer: os primeiros vinte minutos de "Wall-E" não têm diálogo de espécie nenhuma. E só um terço do filme, se tanto, tem diálogo falado. Nestes tempos em que o cinema quer tanto encher o olho que se carrega na espectacularidade em detrimento de tudo o resto, em que a narrativa é um simples pretexto para acumular as sequências de acção, os magos da Pixar respondem de modo absurdamente simples: fazendo da própria imagem a narrativa, integrando tudo aquilo que é necessário ao espectador para seguir a história no modo como as personagens se movimentam e interagem com o seu universo, sem recorrer a "muletas" narrativas ou diálogos.

É, em suma, cinema em estado puro: uma experiência acima de tudo visual que invoca ao mesmo tempo os pioneiros da comédia cinematográfica (Chaplin e Keaton à cabeça) e a ficção-científica distópica ("2001: Odisseia no Espaço", "À Beira do Fim", "O Último Homem na Terra" à cabeça), e que o faz dentro do quadro criativo da mais velha história do cinema - "rapaz encontra rapariga".

A questão aqui, claro, é que o "rapaz" e a "rapariga" são robôs. Wall-E é o único "homem do lixo" que resistiu à erosão do tempo na Terra abandonada, "almeida" solitário de um planeta deserto que desenvolveu uma personalidade de coleccionador maníaco e tem como único amigo uma barata curiosa. EVA é a sonda aerodinâmica e sofisticada enviada à Terra para investigar se há sinais de vida vegetal que marquem a regeneração do planeta e o retorno da sustentabilidade da vida humana. O homem do lixo e a super-modelo, em suma, um casal tão improvável como ternurento - se é que é possível chamar "ternurento" a metal e circuitos programados.

Mas, claro, no mundo da Pixar, como já percebemos, tudo é possível, e "Wall-E" é o passo seguinte da evolução da companhia que o geralmente incompreendido "Carros" pôs em marcha. Não só Wall-E e EVA são realmente dois românticos ternurentos como este é o filme mais arriscado, arrojado e experimental que o estúdio alguma vez produziu. Esta mistura quase sem diálogos de alegoria ecológica, sátira consumista (arrepiantemente certeira) e romance desastrado, que recorda a espaços o ostracizado "Cosmonauta Perdido" de Douglas Trumbull, é o evidente resultado de criativos que não estão interessados em fazer mais do mesmo mas sim em forçar os limites do que pode ser feito no cinema de animação.

E a ironia suprema de "Wall-E" é a de ser um filme sem narrativa convencional que conta uma história mais bem construída, mais conseguida, mais inteligente e mais comovente do que 99 por cento da produção "convencional" corrente. Porque, independentemente da distopia futurista, este é um filme optimista, que assume que enquanto a espécie humana tiver engenho e bom senso, o futuro só pode ser bom. E porque, apesar de ter robôs como estrelas e de ser uma aventura futurista, o que nele se conta é a história de um solitário que descobre o amor e de como isso muda, literalmente, o seu mundo. Está tudo nas lentes que servem de olhos a Wall-E - e na magia indecifrável com que Andrew Stanton e a sua equipa transformam essas lentes numa janela para a alma de um robô solitário num mundo vazio, e, por extensão, para a lição de humanidade que Wall-E e os seus confrades metálicos dão a uma sociedade que esqueceu o que é o toque humano (magistralmente reflectido nas "mãos" dadas, primeiro, de Wall-E e EVA e, depois, de John e Mary).

A palavra pode estar gasta, mas há casos em que não é possível usar outra: "Wall-E" é uma obra-prima.

Jorge Mourinha

Sunday, 17 August 2008

A Múmia 3

Ainda não sei para que fui ver isto. Nem as boas cenas de acção me entusiasmaram, a comédia fraquinha, fraquinha. O guião uma treta do mais superficial imaginável. Recomendável só para uma tarde de domingo de chuva.

Título original: The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor
De: Rob Cohen
Com: Jet Li, Brendan Fraser, Maria Bello, John Hannah
Género: Ave
Classificação: M/12

ALE/CAN/EUA, 2008, Cor, 112 min. (IMDB)

O aventureiro Rick O'Connell (Brendan Fraser) regressa para combater o ressuscitado Imperador Han (Jet Li), num épico que vai desde as catacumbas da antiga China até aos gélidos Himalaias. Rick é acompanhado nesta nova aventura pelo filho Alex (Luke Ford), a esposa Evelyn (Maria Bello) e irmão dela, Jonathan (John Hannah). Os O''Connell terão de impedir uma múmia com 2000 anos de lançar uma maldição sobre o mundo e colocá-lo, de modo impiedoso, à sua mercê.
in Publico

Thursday, 14 August 2008

Coisas de comer

Calçada da Ajuda 34
1300-014 - Lisboa
Tel. 21 362 61 00
Encerra Sábados almoço. Reserva aconselhável.

Internacional

Já fazia mais de um ano que cá não vinhamos, na nossa memória um petit gateaux divinal. O ambiente acolhedor continua o mesmo, muita madeira, luzes quentes quebradas e temas rústicos. Este para mim é o ponto forte da casa, sabe tão bem estar neste casulo de calor quando lá fora o frio aperta. Como estamos em Agosto não foi este o caso. Quanto à comida fiquei um pouco decepcionado com as nossas escolhas. Os cogumelos de entrada estavam excelentes, a sopa de peixe com bom tempero e sabor mas as postas um pouco secas e a massa pouco feita, o bife um pouco feito de mais que não ajudou a qualidade do lombo mais fraca. O esparregado muito bom. O vinho acompanhou bem. A maior desilusão foi o petit gateaux, nada a ver com a memória original e em nada rivaliza com outros da praça, esturricado, chocolate de menor qualidade, caramelo por cima e um gelado de natas que para mim não liga. Quanto ao serviço nada a dizer. No fim uma conta puxadinha para uma entrada, dois pratos e uma sobremesa. Vale a pena lá ir, ainda não sei se vale a pena voltar.

Comida

Algumas falhas

Preço

€€€

30 Euros

Ambiente

Muito acolhedor, óptimo para dias frios de inverno.

Serviço

Eficiente e atencioso.
O Coisas de Comer, aberto em 1996, situa-se mesmo em frente aos portões laterais da Presidência da República. Neste espaço, dividido por duas salas, pode apreciar a cozinha internacional, com forte incidência nos pratos angolanos e cubanos.Com uma decoração rústica/requintada de muito bom gosto que lhe confere ambiente quente e acolhedor, ideal para todas as situações, quer sejam jantares ou almoços de negócios, ou algo mais romântico.

Localização:

Nosso menu:

  • Cogumelos gratinados
  • Riqueza do mar (sopa de peixe em massa folhada)
  • Bife Wellington (Lombo envolvido em massa folhada acompanhado de esparregado)
  • Petit Gateaux
  • Copo de tinto Pias 2005

Crítica:
Fica mesmo ao lado do Palácio de Belém e quem por lá passa, sobretudo de noite, não pode deixar de reparar no ambiente acolhedor e colorido revelado pela fachada envidraçada. Desta vez, resolvemos entrar.


Não lhe vamos falar de uma novidade. Vamos falar-lhe, sim, de um restaurante que já ultrapassou a fasquia dos 10 anos de existência e que, por não se encontrar num sítio de particular afluência, sobretudo no que concerne a esta actividade em particular, é provável que muito amante da boa mesa ainda não conheça a sua existência. Não podíamos deixar que essa situação se prolongasse por mais tempo.

Assuntos de família

Cândida Caras Lindas inaugurou o Coisas de Comer em parceria com uma sócia, movida pela sua paixão pela cozinha e pelas influências absorvidas dos vários países onde viveu, a começar por Angola. Quando assumiu o controlo do restaurante sozinha, começou a solicitar a presença da sua filha Marta, licenciada em Relações Internacionais, com uma frequência crescente, de tal forma que há já cerca de sete anos que é ela a "cara" da casa, dominando com mestria a arte das relações públicas - e muitas outras, que isto de gerir um restaurante dá pano para mangas.

Para Cândida ficou aquilo que realmente gosta de fazer, e que faz com muita criatividade, obtendo excelentes resultados: criar propostas gastronómicas originais, mas sólidas, baseadas em produtos de primeira qualidade e embelezadas com uma particular sensibilidade para a apresentação dos pratos.


E para nós restou a missão de provar algumas das iguarias mais representativas da ementa, para lhe podermos transmitir essa experiência - convenhamos que não nos desagrada nada esta distribuição de tarefas.

Sentamo-nos numa mesa da primeira sala, com vista privilegiada sobre o Palácio de Belém. A madeira é o elemento decorativo primordial, sobre a qual brilham os inúmeros objectos, escolhidos a dedo, as flores frescas, as velas e as loiças de cores fortes. Aqui cabem cerca de 30 pessoas, mas há espaço para mais vinte na segunda sala, com um ambiente distinto, a lembrar uma requintada adega.

As honras de abertura da refeição cabem a um sumo natural de lima, acabado de espremer, que sabe divinamente num dia de calor como este. Para entrada, Camarão à Coisas de Comer, frito em azeite e acompanhado de arroz com romã.
Seguiu-se uma Riqueza de Peixe, que é uma perfumada sopa de garoupa, cherne, camarão, maruca e salmão, envolta em massa folhada. Para comer este prato há que furar a cobertura com a colher, pelo que aquela se mistura na sopa, produzindo uma combinação de sabores e texturas muito agradável.

No que toca a pratos de carne, provámos o Folhado de Galinha (que também se confecciona com perdiz, sendo um dos ex libris da casa) e o Pato Assado com Arroz Árabe, cujo aroma agridoce opera o milagre de criar apetite num estômago já consideravelmente cheio.


Um vasto repertório

Sejam quais forem os argumentos esgrimidos, não há como não provar, pelo menos, duas sobremesas: o cremoso Cheesecake com Amoras e o Petit Gâteau, uma delícia de chocolate fundente acompanhada com gelado de baunilha.

Não podemos deixar de referir outras "pérolas" da ementa, que têm vindo a fidelizar clientes ano após ano: o Picadilho Habanero, em memória dos tempos em que as proprietárias viviam em Cuba, o Cozido à Portuguesa, servido aos almoços de Domingo, no Inverno, o Bacalhau com Natas, o Caril Vegetariano, a Massa Preta com Camarão, a Garoupa à Bulhão Pato, o Leitão Crioulo e o Fondue - este, com a particularidade de ser cozinhado num apetitoso consommé, que confere à carne (mais fina do que o habitual) um paladar muito rico.

Os clientes do Coisas de Comer, para além de serem apreciadores de cozinha de qualidade, são também algo mimados, graças aos serviços que Cândida e Marta Caras Lindas oferecem, no sentido de ir ao encontro das mais diversas situações. Quem mora ali perto tem direito a entrega directa ao domicílio; mas quem estiver mais longe também consegue o mesmo privilégio, graças aos serviços intermediários da empresa No Menú. Para eventos, desde o mais íntimo jantar até casamentos, a Coisas de Comer trata de todos os pormenores. E no Natal, que já não está nada longe, preparam a ceia inteirinha, mediante encomenda prévia, a ser levantada no restaurante no dia 24 de Dezembro à hora do almoço. Um luxo que pode transformar por completo uma dor de cabeça num dia tranquilo e bem passado, a apreciar as coisas boas da vida.

por lifeCooler
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Wednesday, 13 August 2008

Olho Vivo

É um filme altos e baixos, momentos hilariantes com outros apagados. Actores em forma neste filme especiamente apreciado por saudosistas.

Título original: Get Smart
De: Peter Segal
Com: Steve Carell, Anne Hathaway, Anne Hathaway
Género: Acç, Com
Classificação: M/12

EUA, 2008, Cor, 110 min. (IMDB)

Crescemos todos a rir-nos com ele: o agente Maxwell Smart e a sua habilidosa falta de talento para a espionagem e a sua sedutora, divertida e muito mais jeitosa colega, a agente 99. Max regressa aos ecrãs, agora com o actor Steve Carrel a vestir o fato e Anne Hathaway a calçar os saltos altos da agente 99.
Smart tem como missão contrariar a última tentativa de dominação mundial, perpetrada pelo sindicato do crime conhecido como KAOS.
Quando a sede da agência CONTROL é atacada e a identidade dos seus agentes comprometida, o Chefe (Alan Arkin) não tem outra escolha a não ser promover Maxwell Smart, que sempre sonhou trabalhar com o famoso agente 23 (Dwayne Johnson, mais conhecido como "The Rock", estrela do "wrestling").
No entanto, Smart vai ser parceiro do único agente cuja identidade não foi comprometida: a encantadora mas letal veterana agente 99.
Cada vez mais próximos da KAOS, Smart e 99 descobrem que o colaborador Siegfried (Terence Stamp) e o seu assistente Shtarker estão a planear ganhar dinheiro com a sua rede de terror. Com a sua pouca experiência de campo, Smart - armado apenas com alguns "gadgets" e o seu entusiasmo desenfreado - terá de conseguir derrotar a KAOS se quiser salvar o dia.in Público

Crítica:
É provável que - apesar da RTP Memória - a maior parte dos espectadores contemporâneos não tenha memória do "Olho Vivo" original, a série de comédia que Mel Brooks e Buck Henry inventaram em 1965 sobre um agente secreto desastrado (Don Adams). Também não é grave, porque esta "reinvenção" da série para os nossos dias como uma banal comédia de acção (que transforma Maxwell Smart num analista de excepção que uma ameaça à agência super-secreta CONTROL atira para o terreno) não implica que se conheça o original.

É, aliás, uma boa solução para conseguir que o filme ganhasse uma identidade para lá da série, mas o que é pena é que o potencial da ideia fique tão frustrantemente por realizar - "Olho Vivo" 2008 é essencialmente uma variação revista e corrigida sobre o "Johnny English" (2003) de Rowan Atkinson, que acerta na mouche no elenco que foi buscar, mas desperdiça o entusiasmo dos actores num guião insuficientemente engraçado e numa encenação meramente anónima (Peter Segal é um funcionário e não um qualquer estilista da comédia - coisa que, hoje, anda a fazer muito falta).

A entrega de um impecável Steve Carell, Anne Hathaway, Dwayne Johnson (o ex-wrestler The Rock, a provar que está aqui um actor com cabeça) e, sobretudo, Alan Arkin (perfeitamente possesso no papel do "Chefe" que foi originalmente de Edward Platt) merecia mais do que esta fita simpática mas insuficiente.

Jorge Mourinha

Friday, 8 August 2008

Cravo & Canela

Rua da Barroca 70
1200-051 - Lisboa
Tel. 21 343 18 58
Encerra às Segundas. Reserva aconselhada ao fim de semana.

Fusão

A comida é boa, imaginativa, saborosa e bem confeccionada. Experimentamos 2 risottos que estavam no ponto. A nível de sobremesas ficou um pouco a desejar. A lista de vinhos é excelente mas a preços proibitivos. O vinho a copo não compromete, se bem que o risotto de farinheira pedia um vinho mais encorpado. O espaço é muito agradável com boa música, um pouco alta. Muito requisitado por turistas nem sempre criam o ambiente desejado, nesta noite um grupo de 10 Ingleses já bem bebidos tornaram a sala num autentico pub. O serviço é atencioso, falta empatia com o cliente. Infelizmente os preços cobrados em alguns items, vinhos numa média de 30 Euros, pão e manteiga a 3 Euros cabeça, 4,5 Euros uma garrafa de àgua tornam a relação qualidade\preço baixa e fazem-me ponderar se desejo voltar.

Comida

Bem confeccionada, boas propostas

Preço

€€€

30 Euros

Ambiente

Ambiente agradável no Bairro Alto

Serviço

Atento qb
Em pleno bairro alto, um ponto de encontro entre a gastronomia portuguesa e a cozinha tailandesa. Pratos a ser degustados ao som de música chill-out e num ambiente moderno e cosmopolita, com propostas arrojadas não só na cozinha mas também na decoração.

Localização:

Nosso menu:

  • Morcela com puré de maçã
  • Risotto de pato com pêra e canela
  • Risotto de farinheira com couve portuguesa
  • Mousse requeijão com doce de abóbora
  • Copo Conde de Viseu 2005

Crítica:
Depois de nove meses de tréguas, o Restaurante Cravo e Canela, em pleno coração do Bairro Alto, quebrou o cessar-fogo e voltou à carga com novas munições. Refrescou-se a ementa mas o espírito mantém-se o mesmo: cozinha internacional de travo exótico a um preço acessível. Prepare-se.


Não era propriamente uma novidade. Há seis anos que o Cravo e Canela deliciava a clientela habitual com uma cozinha a viajar entre a tradição portuguesa, as tendências internacionais e as especiarias do Oriente. O ambiente intimista e a localização estratégica num dos locais mais emblemáticos da noite lisboeta faziam o resto.

O fecho temporário, em jeito de retiro, serviu para refrescar o conceito e reabrir com uma ementa ainda mais apurada. Assim, e abrir as hostilidades há petiscos como morcela assada com maçã ou gambas com mel e gengibre.


O cerco aperta-se com os pratos principais, divididos entre as carnes, os peixes e os risottos, outra especialidade da casa: polvo no forno com chutney de manga, confit de pato com molho de laranja ou risotto de bacalhau são alguns dos tiros certeiros que chegam até à mesa. Baixe a guarda, por esta altura já deve ter percebido que a rendição é a opção mais sensata.

Em clima de paz, deixe vir as sobremesas. Lasanha de maçã, arroz doce com gelado ou uma mousse de requeijão com doce de framboesa são a receita ideal para conversações mais amigáveis. Não vale a pena negociar a conta, o preço, 30 euros por pessoa, em média (sem vinho), é conciliador.


Depois, porque não dar largas ao espírito romântico e prolongar a noite no bar do restaurante? A decoração em tons quentes, à semelhança restante espaço, tem um efeito acolhedor.

Candelabros, espelhos e esculturas orientais convivem em harmonia e as poltronas convidam à descontracção. As proprietárias, Sandra Lourenço e Maria João Gervásio, fizeram do conforto uma prioridade. Depois, já sabe que logo ao sair da porta tem o Bairro a seus pés, um mundo de opções e possibilidades.


por lifeCooler
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Sunday, 3 August 2008

Have a nice trip


Good luck, Friend

Retiro de Dom Alves


3680-286 - São Vicente de Lafões
Tel. 23 276 22 25
Não encerra. Só serve almoços. Possui esplanada

Regional

Comer muito bem e barato. Gentes simpáticas literalmente abrem a sua casa para nos servir. Esplanada sombreada por grandes árvores é uma delícia no verão. Recheada de imigrantes e locais é sinónimo de boa qualidade. Após estacionar o carro o acesso faz-se junto à horta caseira que advinhamos fornece a cozinha. O forno a lenha é rei aqui, vitela, entrecosto e cabrito algumas das deslicias. A feijoada, outro prato do dia, tinha também um aspecto delicioso. Bom vinho verde da região. O pudim da casa tinha um aspecto de tal modo delicioso que não resistimos a provar, não nos arrependemos. No fim o preço é uma fracção do prazer que tivemos. SItio despretencioso que gosta de servir bem e que toda a gente saia satisfeito, um pouco do Portugal de outros tempos. Tenho a agradecer a dica do Mosteiro de São Cristovão, voltarei de certeza.

Comida

Simples e saborosa, caseiro clássico

Preço

13 Euros

Ambiente

Esplanada sombreada excelente em dias de verão

Serviço

Informal mas de uma atenção extrema
Já fora de Oliveira de Frades está inserido num espaço rural, só com ar puro, muito arvoredo e flores por todo o lado.É uma construção em madeira, sala ampla toda envidraçada, com amesendação razoável e serviço familiar.Na cozinha, brilha o forno de lenha.

Pão óptimo, azeitonas, pataniscas de bacalhau, presunto e chouriço.Sopa de legumes.Filetes de polvo.Arroz de polvo.Bacalhau à lagareiro.Bacalhau à Natal.Bacalhau à Retiro.Feijoada à lavrador.Nacos grelhados na brasa.Entrecosto grelhado.Rojões à serrana.Chouriça caseira com grelos.Arroz de vinha d'alhos.Arroz de cabrito.Cabrito aos nacos no forno.Uma soberba vitela à moda de lafões, no forno, em terrina de barro que vem à mesa, excelente.
Fruta da época e doçaria variada.
Pequena lista de vinhos e um tinto do Dão em jarro muito bom.

Localização:

Nosso menu:

  • Broa e Pasteis de Bacalhau
  • Entrecosto assado no forno
  • Leite creme, Pudim da casa
  • Jarro vinho verde

A ordem de Cister

A Ordem de Cister (Ordo cisterciensis, O. Cist.) é uma ordem monástica católica, fundada em 1098 por Robert de Molesme, seguindo a regra beneditina; os monges cistercienses são conhecidos como monges brancos devido à cor do seu hábito.
A Ordem de Cister, baseada na doutrina de São Bento, foi fundada num sítio ermo conhecido por “deserto de Cister”, perto da cidade de Dijon, em França.
Quando São Bernardo tomou o hábito de monge de Cister, juntamente com 30 companheiros por volta do ano de 1100, essa ordem de frades, iniciou um grande desenvolvimento e expansão por toda a Europa, incluindo Portugal, onde se construíram dezenas de mosteiros, sendo o mosteiro de Alcobaça o de maior nomeada. Daí resultou que os religiosos da ordem da Cister passaram a ser conhecidos também por religiosos da ordem de São Bernardo, ou mesmo por Bernardos.

Os Cistercienses em Portugal:

Fixada em Portugal desde o século XII, a Ordem de Cister acompanhou a formação do território e a afirmação política da primeira dinastia. Estendendo progressivamente os seus mosteiros nas regiões centro e norte graças à especial protecção régia, os monges brancos contribuíram de forma decisiva para a colonização e desenvolvimento das vastas áreas que ocuparam, aplicando técnicas agrícolas inovadoras e intensivas e, sobretudo, uma grande disciplina de organização do espaço.

Os conjuntos monásticos, que seguiam métodos de implantação e distribuição espacial muito semelhantes, revelam também partidos arquitectónicos e construtivos afins, o que lhes confere um inegável ar de família. Muitos deles conservam, ainda hoje, importantes espólios artísticos que incluem azulejaria e pintura, talha dourada, ourivesaria, escultura e outros testemunhos da evolução da arte portuguesa ao longo dos últimos séculos.

É, no entanto, a privilegiada relação com a paisagem que os torna, aos nossos olhos, singulares. Se os mosteiros de Cister conseguiram transformar as envolventes, mercê do desbravamento de terras e da planificação de engenhosos sistemas hidráulicos, com encanamento e encaminhamento de caudais, construção de enormes condutas subterrâneas ou regularização das margens de rios e ribeiras, eles fazem actualmente parte integrante de unidades paisagísticas mais vastas, às quais dão um valor acrescido que importa preservar e valorizar.

A Ordem estabeleceu-se em Portugal pela primeira vez em Tarouca em 1144, antigo mosteiro beneditino. Todos os mosteiros cistercienses do século XII mudaram de observância, só Alcobaça foi fundado de novo. Durante o século XII as fundações mais importantes e numerosas são as das monjas: Lorvão, Celas, Arouca e São Bento de Cástris, protegidas pelas infantas-rainhas Teresa, Sancha e Mafalda, e Odivelas todas dependentes de Alcobaça. Durante este período não houve em Portugal ordem mais poderosa, devido sobretudo à riqueza de Alcobaça que foi também o centro artístico e intelectual da Ordem.

As tentativas de reforma renovaram-se no princípio do século XVI, durante o qual viveu Fr. João Claro e se fundaram os mosteiros femininos de Tavira e Portalegre e o Colégio do Espírito Santo em Coimbra e se chamaram beneditinos de Monserrate para reformar Alcobaça. A reforma não conseguiu promover a separação de Alcobaça, favorecida pelo cardeal D. Afonso e o cardeal D. Henrique. Os cistercienses mostraram então grande vitalidade fundando vários mosteiros, para monges: o Colégio da Conceição, e o Mosteiro do Desterro em Lisboa e para monjas, Mocambo em Lisboa e Tabosa deram grande realce aos estudos históricos, onde se notabilizaram todos os autores da Monarchia Lusitana. No século XVIII entram em decadência e são extintos em 1834, seguindo-se a posterior extinção dos mosteiros femininos.

O pensamento de Joaquim de Fiore, um cisterciense calabrês e filósofo milenarista, teve profundo impacto em Portugal, estando na origem do culto ao Divino Espírito Santo, ainda hoje bem presente nos Açores e nas zonas de expansão açoriana nas Américas, e influindo no pensamento do padre António Vieira (o Quinto Império) e dando uma base filosófica ao sebastianismo.

A existência de um curso de água ou um lago é condição essencial para a fixação desta ordem. Por isso não é de estranhar que muitos dos conventos cistercienses tenha nomes associados à água, tais como Fontaine-Guérard, Fontenay, Fontenelle em França ou Fountain em Inglaterra.

Arquitectura cisterciense:

Planta tipo cisterciense
1- Igreja
2- Porta do cemitério
3- Coro dos conversos
4- Sacristia
5- Claustro
6- Fonte
7- Sala Capitular
8- Dormitório dos monges
9- Dormitório dos noviços
10- Latrinas
11- Caldarium
12- Refeitório
13- Cozinha
14- Refeitório dos conversos

As Abadias cistercienses ficam isoladas das cidades, caracterizadas pela racionalidade na articulação dos espaços e despojamento de elementos decorativos. Usam-se soluções locais com materiais disponíveis e tradições culturais existentes. O seu revestimento é branco.
A planta padrão respondia às exigências de funcionalidade e economia de espaço e de movimento abolindo o supérfluo. A planta articula a vida e as obrigações distintas de monges, noviços e conversos.
A igreja situa-se no ponto mais alto e estava do lado norte com o claustro imediatamente a sul. A igreja adapta-se à rectangularidade global da composição com cabeceira recta (na Batalha já é redonda) com capelas no transepto. No braço sul uma escada comunica com o dormitório. A igreja divide-se a meio entre monges e conversos. Não tinha uma fachada monumental nem torres a acentuar a massa exterior. A planta baseia-se na relação 1:2. Há uma simplificação da tipologia e exibição da própria arquitectura, a decoração centra-se nos capitéis. As naves laterais surgem quase à mesma altura da central.
O refeitório, mais a sul, sempre com a fonte em frente articula-se com o claustro. A cozinha, a oeste, divide o refeitório dos monges e o dos conversos. Cozinha e refeitório voltam-se para o curso de água.
No lado Este alinham-se a sala do capítulo e a sala comunitária. O dormitório ocupava longitudinalmente todo o piso superior. O complexo do edifício era rectangular marcado por contrafortes. Não havia casas de banho nem uma residência independente para o Abade. Os dormitórios não possuem celas individuais.
Há dois tipos de claustro: o claustro do silêncio e claustros de carácter agrícola. O mosteiro cresce claustro, a claustro.

Mosteiros:



. Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça, Leiria, Portugal
O mosteiro de Santa Maria de Alcobaça tornou-se, desde a sua fundacão em 1153, casa-mãe da Ordem em Portugal. Obra maior do primeiro gótico nacional, conserva daquela época o edifício da igreja, de três naves, deambulatório e capelas radiantes, o dormitório, o refeitório e o claustro de D. Dinis.
Sucessivamente alterado e ampliado, com especial incidência nos séculos XVI e XVII, quando se construíram novos claustros e se barroquizou a frontaria, deu origem a um conjunto monumental que constitui, actualmente, o mais importante dos testemunhos cistercienses em toda a Europa.


. São Cristovão de Lafões, São Pedro do Sul, Portugal
Um dos primeiros mosteiros do país anterior à própria fundação. Reconstruído por particulares, após anos de abandono, é actualmente uma unidade hoteleira.


Links:

Mosteiro São Cristovão de Lafões

São Cristóvão de Lafões
3660-000 - São Pedro do Sul
Tel. 23 279 80 76
Fax. 23 279 80 60
Em. s.cristovao@mail.telepac.pt

Classificação

Preço

€€

50 a 100 €

Nº Quartos

9

CaracteristicasAr condicionado, TvCabo, Mini-Bar, Wi-fi, Roupões, Varanda, Envolvente paisagística, Piscina, Salas lazer, Restaurante, Bar, Estacionamento
ExtrasPasseios aldeias históricas, Passeios a cavalo
Fundado no século XII, no tempo de D. Afonso Henriques, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões permaneceu na ordem de Cister até 1834, altura da sua extinção. Vendido em hasta pública, passou por várias mãos e degradou-se progressivamente, até à sua compra em 1982 pelos actuais proprietários. Procedeu-se então a um cuidadoso restauro, com respeito
absoluto pelos espaços e ambientes monásticos, como o singular claustro estilo toscano ou a igreja conventual de bela traça, ornada com notáveis pinturas. Localizado nas faldas da Serra da Arada, o Mosteiro alia hoje elevados padrões de conforto a uma estrutura de real interesse histórico, oferecendo alojamento de qualidade no belo cenário da região de Lafões.

Localização:

Adorei. Pensava que já não existiam lugares assim em Portugal. Os meus sinceros parabéns aos donos que com muito amor resgataram esta relíquia histórica e o partilham com quem queira. Mais parabéns ainda pelo oásis de floresta que tenazmente subsiste nas suas encostas. Para voltar, sem dúvida.

+

Restauro
Localização
Floresta
Simpatia e serviço

-

Canais TV

Crítica:
Passando oliveira de frades, e à medida que nos embrenhamos numa pequena estrada, a mancha florestal toma conta da paisagem. O serpentear do caminho que desce o vale só é quebrado por uma velha ponte, que nos obriga a atravessar calmamente o rio. Pouco depois, uma última subida faz-nos chegar ao nosso destino: o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões.

A estrada termina mesmo em frente da igreja, que se impõe em primeiro plano neste lugar calmo e isolado. Estrategicamente situado, o mosteiro encontra--se num pequeno promontório rodeado por uma paisagem verdejante de carvalhos e pinheiros, cujo silêncio apenas é quebrado pelo som repetitivo do rio Varoso, um afluente do Vouga que corre mais abaixo.

Um portão de ferro preto trabalhado assinala a entrada na propriedade, que funciona como turismo rural de primeira qualidade. O aspecto de todo o edifício é imponente e percebemos, desde logo, que aqui nada foi deixado ao acaso. Um espigueiro recuperado e um tanque com água com uma argola (para prender os cavalos), ambos em granito, atestam a ruralidade do local e atiram-nos as memórias para o tempo em que os monges de Cister aqui viviam. Na realidade, a história deste mosteiro, cuja fundação inicial data do século XII, perde-se no tempo, até que nos anos 80, em completa ruína, foi adquirido pelos actuais proprietários, que levaram a cabo uma recuperação integral.

Uma história que se sente
Diz-se que por aqui se instalaram religiosos eremitas, ainda antes da época de D. Afonso Henriques. Mais tarde, provenientes de França, os monges de Cister criaram diversos mosteiros ao longo do país com as facilidades concedidas pelo primeiro rei de Portugal. Segundo os documentos históricos, o Couto de Valadares foi doado pelo monarca ao mosteiro e a um dos seus primeiros abades, João Cerita, por volta de 1137. No entanto, pensa-se que os primeiros nomes relacionados com o local sejam os de Cristóvão João e de sua esposa, Maria Rabaldis, não se sabendo ao certo se foram responsáveis pela fundação do edifício ou apenas pelo seu restauro.

De qualquer modo, só por volta dos finais do século XVII e ao longo do século XVIII é que o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões foi reconstruído, tomando no essencial o seu aspecto actual. Depois de “assistir” às lutas napoleónicas, foi encerrado no ano de 1834 por ordem de Joaquim António de Aguiar que, por decreto, mandou fechar todos os conventos e casas religiosas, confiscando os seus bens para benefício do Estado. E assim teve início um longo período de degradação: tudo foi vendido em hasta pública, à excepção dos objectos religiosos que foram entregues ao pároco local, e apesar dos proprietários sucessivos, o mosteiro nunca voltou a ser habitado e entrou progressivamente em ruína, ora destruído por incêndios, ora despojado de azulejos, pias de pedra, portadas e todo o seu travejamento de madeira.

Ver para crer
Hoje, olhando para toda a imponência e pormenores do conjunto arquitectónico que constitui este mosteiro classificado pelo IPPAR, é quase difícil acreditar que tenha estado em ruína absoluta.

Passando o portão deparamos com um pátio formado pelo edifício principal, do lado esquerdo, e por uma casa em granito – a casa dos Conversos –, do lado direito. Em frente, as antigas instalações, onde outrora se guardava o gado e os produtos alimentares e se fazia o pão, funcionam hoje como requintados quartos autónomos. O granito das paredes contrasta com o travejamento castanho que cria a zona de acesso aos aposentos, onde azulejos pintados à mão, com nomes próprios – Frei Tomás, Frei Francisco... – ajudam a perpetuar a história do mosteiro. Mas, à medida que nos aproximamos, o nosso olhar é instintivamente desviado para uma passagem que reflecte uma tonalidade azul. É o acesso à piscina e ao jardim, onde ainda se conservam alguns instrumentos usados no passado, como uma prensa para moer uvas. As refeições são servidas mesmo ao lado, de frente para uma grande janela que, literalmente, nos “lança” para o interior do vale. À noite (esquecendo a televisão por uns tempos) merece a pena explorar os livros sobre a história da região arrumados nas prateleiras e entretermo-nos com os jogos de mesa, na companhia de uma boa selecção de música clássica, enquanto uma imagem de S. Cristóvão, empoleirada no cimo da sala, zela por nós.

Que bem se está no mosteiro
S. Cristóvão de Lafões é o local ideal para passar uns dias de descanso, longe do ritmo das cidades, mas também oferece todas as condições para quem queira vir para aqui trabalhar. Todos os aposentos possuem ligação à Internet, apresentando uma iluminação cuidada, conforto e muita tranquilidade.

Como era próprio de um mosteiro cisterciense, todas as actividades se desenvolviam em torno do claustro e, como nos velhos tempos, este é ainda um local aprazível nos dias mais quentes, ideal para saborear uma deliciosa refeição. No antigo refeitório dos monges, com os seus bancos e mesas corridas, marcam presença o lava-mãos em granito lavrado e os azulejos azuis que cobrem até meia altura toda a sala. São reproduções fabricadas na Viúva Lamego, pois, como nos explica a proprietária, grande parte dos azulejos originais desapareceu durante os anos em que o edifício foi deixado ao abandono. Enquanto isso, mesmo no centro do claustro de estilo toscano, uma cama de rede estrategicamente colocada entre alguns limoeiros chama por nós...

Percorrendo o piso térreo (todo ele à disposição dos hóspedes), encontramos a ampla cozinha abobadada com uma enorme chaminé, onde ainda hoje se preparam várias iguarias (para aqueles que o desejarem, o mosteiro prepara refeições a gosto, permitindo ao visitante não sair deste pequeno paraíso). De resto, são inúmeros os recantos e as salas – sem esquecer uma adega cuidadosamente decorada – que evocam as antigas funções do edifício, merecendo ainda destaque a sala de trabalhos dos monges, bem como o restauro do cadeiral em madeira e alguns quadros antigos.

Graças à imensa curiosidade pela história do mosteiro somos convidados a conhecer o piso superior, onde outrora funcionou uma hospedaria, o aposento do abade, a enfermaria e a biblioteca. Nove células adaptadas à habitação são usadas pelos proprietários quando aqui se encontram, e dois quartos estão igualmente à disposição dos hóspedes. Aqui as janelas são enormes e enchem de luz todo o primeiro andar, com vista permanente para o pátio inferior.

A natureza chama por si
Um dos maiores encantos deste mosteiro é a sua envolvente. Aqui a História está enquadrada por um imenso bosque de diferentes espécies arbóreas – com destaque para os carvalhos – que é um convite a caminhadas (para as quais vale a pena levar uns binóculos para observar as aves que saltitam nervosamente por entre a vegetação).

Durante o Outono, os tons ocres dominam toda a paisagem, convidando-nos a um passeio junto à levada de água que corre mais abaixo, o local certo para ver todo o mosteiro de uma outra perspectiva. Se estivéssemos no Verão seria difícil resistir a um mergulho no Poço do Mourão, uma queda de água no rio Varoso que se encontra no sopé do mosteiro. Depois de recuperar forças, merece a pena ir conhecer a “fonte mágica”, um local nas imediações do mosteiro em pleno bosque, onde os monges se reuniam ao ar livre. Com bancos em granito dispostos em forma de “U”, ainda hoje a água corre ao longo da velha mina.

O mosteiro de S. Cristóvão de Lafões é um daqueles exemplos onde se demonstra que a reconversão ao turismo rural (de qualidade ao mais alto nível) permitiu recuperar um pouco da História do nosso país, que ainda há poucos anos estava em risco de desaparecer para sempre. Uma viagem cá dentro que vale mesmo a pena.

por Rotas e Destinos
Outros links:

Saturday, 2 August 2008

Adega do Ti Joaquim

Rua Central das Termas - Varzea
3660-692 - S.Pedro do Sul
Tel. 23 271 12 50
Encerra 3ªfeira

Regional

Íamos à procura da Adega da Ti Fernanda que infelizmente já está fechada, segundo o que nos disseram este é o estabelecimento herdeiro e assim sendo fomos experimentar. Este é um restaurante de interior com verdadeiras doses para 2 pessoas de boa gastronomia local. A vitela impera mas devido ao volume da dose fui obrigado a dividir o cabrito, muito bem assado por sinal. A sala, dá suporte a uma residêncial, é mais cuidada que o habitual bastante espaçosa mas um pouco barulhenta. O serviço simpático e preço a condizer.

Comida

Boa carne e enchidos

Preço

13 Euros

Ambiente

Denota algum cuidado na sala

Serviço

Razoável
A Adega do Ti Joaquim é uma casa onde predomina a boa gastronomia do nosso país, com uma cozinha tradicional e regional dá a provar por quem lá passa o melhor e a vontade de lá voltar. Ex.Libris:
Sopas: Sopa à Lavrador em Panela
Peixes: Arroz de Lagosta com Gambas, Arroz de Tamboril à pescador, Arroz de Peixe misto fresco à Chefe Silva, Arroz de Polvo com Gambas, Tornedó de Bacalhau recheado, Bacalhau à Adega do Ti Joaquim e Grelhada de Peixe misto.
Mariscos: Sopa do Mar à Chefe, Lagosta Grelhada à Americana, Feijoada de Marisco da Costa, Arroz de Marisco à Fragateiro, Açorda de Camarão fresco e Pote Marinheiro à Chefe Silva.
Carnes: Vitelinha assada à moda de Manhouse em assadeira de Barro Preto com arroz de carqueja no forno, Cabritinho de Lafões assado na fornalha com frutos dourados, Perna de Vitela assada à Lafões com batata torneada e esparregado de grelos, Pernil de Javali de São Macário assado na fornalha à Padeiro, Chanfana de Cabra velha de Cova do Monte com maças assadas, Arroz de castanhas com Entrecosto e Posta de vitela à Adega do Ti Joaquim.
Sobremesas: Aletria, Delícia de café, Crepes variados e Migas de pobre.
Vinhos: Garrafeira excelente com vinhos das várias regiões demarcadas do país.

Localização:

Nosso menu:

  • Frigideira de enchidos
  • Cabrito assado
  • Vinho da casa

Friday, 1 August 2008

São Tiago

Largo da Igreja Carvalhais
3660 - 061 - Carvalhais
Tel. 23 279 81 60
Encerra 3ªfeira

Regional

Fomos até este restaurante recomendados. Ambiente simpático, tectos de madeira e quadros de Dali nas paredes, um toque modernista, talvez um pouco de mais. Neste restaurante os alunos do curso de hotelaria regional fazem os seus estágios, nota-se algum cuidado a servir mas também bastantes erros, aceitável, afinal estão a aprender. A comida, a carne de vaca não faz juz à região de Lafões, estando feita demais. O bacalhau um prato enormemente servido e bastante gordo. Não é mau, mas há melhor oferta na região.

Comida

Aceitável, mas a vitela atendendo à região deveria ser melhor

Preço

€€

16 Euros

Ambiente

A iluminação podia ser melhorada

Serviço

Algumas falhas

Localização:

Nosso menu:

  • Linguiça
  • Posta à São Tiago
  • Bacalhau com Broa
  • União Tinto 2005