Título original: Get Smart
De: Peter Segal
Com: Steve Carell, Anne Hathaway, Anne Hathaway
Género: Acç, Com
Classificação: M/12
EUA, 2008, Cor, 110 min. (IMDB)
Crescemos todos a rir-nos com ele: o agente Maxwell Smart e a sua habilidosa falta de talento para a espionagem e a sua sedutora, divertida e muito mais jeitosa colega, a agente 99. Max regressa aos ecrãs, agora com o actor Steve Carrel a vestir o fato e Anne Hathaway a calçar os saltos altos da agente 99.
Smart tem como missão contrariar a última tentativa de dominação mundial, perpetrada pelo sindicato do crime conhecido como KAOS.
Quando a sede da agência CONTROL é atacada e a identidade dos seus agentes comprometida, o Chefe (Alan Arkin) não tem outra escolha a não ser promover Maxwell Smart, que sempre sonhou trabalhar com o famoso agente 23 (Dwayne Johnson, mais conhecido como "The Rock", estrela do "wrestling").
No entanto, Smart vai ser parceiro do único agente cuja identidade não foi comprometida: a encantadora mas letal veterana agente 99.
Cada vez mais próximos da KAOS, Smart e 99 descobrem que o colaborador Siegfried (Terence Stamp) e o seu assistente Shtarker estão a planear ganhar dinheiro com a sua rede de terror. Com a sua pouca experiência de campo, Smart - armado apenas com alguns "gadgets" e o seu entusiasmo desenfreado - terá de conseguir derrotar a KAOS se quiser salvar o dia.in Público
Crítica:
É provável que - apesar da RTP Memória - a maior parte dos espectadores contemporâneos não tenha memória do "Olho Vivo" original, a série de comédia que Mel Brooks e Buck Henry inventaram em 1965 sobre um agente secreto desastrado (Don Adams). Também não é grave, porque esta "reinvenção" da série para os nossos dias como uma banal comédia de acção (que transforma Maxwell Smart num analista de excepção que uma ameaça à agência super-secreta CONTROL atira para o terreno) não implica que se conheça o original.
É, aliás, uma boa solução para conseguir que o filme ganhasse uma identidade para lá da série, mas o que é pena é que o potencial da ideia fique tão frustrantemente por realizar - "Olho Vivo" 2008 é essencialmente uma variação revista e corrigida sobre o "Johnny English" (2003) de Rowan Atkinson, que acerta na mouche no elenco que foi buscar, mas desperdiça o entusiasmo dos actores num guião insuficientemente engraçado e numa encenação meramente anónima (Peter Segal é um funcionário e não um qualquer estilista da comédia - coisa que, hoje, anda a fazer muito falta).
A entrega de um impecável Steve Carell, Anne Hathaway, Dwayne Johnson (o ex-wrestler The Rock, a provar que está aqui um actor com cabeça) e, sobretudo, Alan Arkin (perfeitamente possesso no papel do "Chefe" que foi originalmente de Edward Platt) merecia mais do que esta fita simpática mas insuficiente.
Jorge Mourinha
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