1300-014 - Lisboa
Tel. 21 362 61 00
Encerra Sábados almoço. Reserva aconselhável.
Internacional
Já fazia mais de um ano que cá não vinhamos, na nossa memória um petit gateaux divinal. O ambiente acolhedor continua o mesmo, muita madeira, luzes quentes quebradas e temas rústicos. Este para mim é o ponto forte da casa, sabe tão bem estar neste casulo de calor quando lá fora o frio aperta. Como estamos em Agosto não foi este o caso. Quanto à comida fiquei um pouco decepcionado com as nossas escolhas. Os cogumelos de entrada estavam excelentes, a sopa de peixe com bom tempero e sabor mas as postas um pouco secas e a massa pouco feita, o bife um pouco feito de mais que não ajudou a qualidade do lombo mais fraca. O esparregado muito bom. O vinho acompanhou bem. A maior desilusão foi o petit gateaux, nada a ver com a memória original e em nada rivaliza com outros da praça, esturricado, chocolate de menor qualidade, caramelo por cima e um gelado de natas que para mim não liga. Quanto ao serviço nada a dizer. No fim uma conta puxadinha para uma entrada, dois pratos e uma sobremesa. Vale a pena lá ir, ainda não sei se vale a pena voltar.
Comida | Algumas falhas | |
Preço | €€€ | 30 Euros |
Ambiente | Muito acolhedor, óptimo para dias frios de inverno. | |
Serviço | Eficiente e atencioso. |
Localização:
Nosso menu:
Cogumelos gratinados Riqueza do mar (sopa de peixe em massa folhada) Bife Wellington (Lombo envolvido em massa folhada acompanhado de esparregado) Petit Gateaux Copo de tinto Pias 2005
Fica mesmo ao lado do Palácio de Belém e quem por lá passa, sobretudo de noite, não pode deixar de reparar no ambiente acolhedor e colorido revelado pela fachada envidraçada. Desta vez, resolvemos entrar.Outros links:
Não lhe vamos falar de uma novidade. Vamos falar-lhe, sim, de um restaurante que já ultrapassou a fasquia dos 10 anos de existência e que, por não se encontrar num sítio de particular afluência, sobretudo no que concerne a esta actividade em particular, é provável que muito amante da boa mesa ainda não conheça a sua existência. Não podíamos deixar que essa situação se prolongasse por mais tempo.
Assuntos de família
Cândida Caras Lindas inaugurou o Coisas de Comer em parceria com uma sócia, movida pela sua paixão pela cozinha e pelas influências absorvidas dos vários países onde viveu, a começar por Angola. Quando assumiu o controlo do restaurante sozinha, começou a solicitar a presença da sua filha Marta, licenciada em Relações Internacionais, com uma frequência crescente, de tal forma que há já cerca de sete anos que é ela a "cara" da casa, dominando com mestria a arte das relações públicas - e muitas outras, que isto de gerir um restaurante dá pano para mangas.
Para Cândida ficou aquilo que realmente gosta de fazer, e que faz com muita criatividade, obtendo excelentes resultados: criar propostas gastronómicas originais, mas sólidas, baseadas em produtos de primeira qualidade e embelezadas com uma particular sensibilidade para a apresentação dos pratos.
E para nós restou a missão de provar algumas das iguarias mais representativas da ementa, para lhe podermos transmitir essa experiência - convenhamos que não nos desagrada nada esta distribuição de tarefas.
Sentamo-nos numa mesa da primeira sala, com vista privilegiada sobre o Palácio de Belém. A madeira é o elemento decorativo primordial, sobre a qual brilham os inúmeros objectos, escolhidos a dedo, as flores frescas, as velas e as loiças de cores fortes. Aqui cabem cerca de 30 pessoas, mas há espaço para mais vinte na segunda sala, com um ambiente distinto, a lembrar uma requintada adega.
As honras de abertura da refeição cabem a um sumo natural de lima, acabado de espremer, que sabe divinamente num dia de calor como este. Para entrada, Camarão à Coisas de Comer, frito em azeite e acompanhado de arroz com romã.
Seguiu-se uma Riqueza de Peixe, que é uma perfumada sopa de garoupa, cherne, camarão, maruca e salmão, envolta em massa folhada. Para comer este prato há que furar a cobertura com a colher, pelo que aquela se mistura na sopa, produzindo uma combinação de sabores e texturas muito agradável.
No que toca a pratos de carne, provámos o Folhado de Galinha (que também se confecciona com perdiz, sendo um dos ex libris da casa) e o Pato Assado com Arroz Árabe, cujo aroma agridoce opera o milagre de criar apetite num estômago já consideravelmente cheio.
Um vasto repertório
Sejam quais forem os argumentos esgrimidos, não há como não provar, pelo menos, duas sobremesas: o cremoso Cheesecake com Amoras e o Petit Gâteau, uma delícia de chocolate fundente acompanhada com gelado de baunilha.
Não podemos deixar de referir outras "pérolas" da ementa, que têm vindo a fidelizar clientes ano após ano: o Picadilho Habanero, em memória dos tempos em que as proprietárias viviam em Cuba, o Cozido à Portuguesa, servido aos almoços de Domingo, no Inverno, o Bacalhau com Natas, o Caril Vegetariano, a Massa Preta com Camarão, a Garoupa à Bulhão Pato, o Leitão Crioulo e o Fondue - este, com a particularidade de ser cozinhado num apetitoso consommé, que confere à carne (mais fina do que o habitual) um paladar muito rico.
Os clientes do Coisas de Comer, para além de serem apreciadores de cozinha de qualidade, são também algo mimados, graças aos serviços que Cândida e Marta Caras Lindas oferecem, no sentido de ir ao encontro das mais diversas situações. Quem mora ali perto tem direito a entrega directa ao domicílio; mas quem estiver mais longe também consegue o mesmo privilégio, graças aos serviços intermediários da empresa No Menú. Para eventos, desde o mais íntimo jantar até casamentos, a Coisas de Comer trata de todos os pormenores. E no Natal, que já não está nada longe, preparam a ceia inteirinha, mediante encomenda prévia, a ser levantada no restaurante no dia 24 de Dezembro à hora do almoço. Um luxo que pode transformar por completo uma dor de cabeça num dia tranquilo e bem passado, a apreciar as coisas boas da vida.
por lifeCooler
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