Saturday, 18 October 2008

Cabaret

Eu não sou fã de musicais. Aliás, todas aquelas cenas lamechas de cantoria despropositada nas mais diversas e absurdas situações da vida, como se eu desatasse a cantar ansiosamente enquanto folheio uma revista na sala de espera de um dentista, irritam-me profundamente. Não me entendam mal, eu gosto muito de música e de canções, mas onde façam sentido, e para mim, oferecer um ananás a alguém não é motivo para cantar. Dito isto não é difícil adivinhar que a maioria do espectáculo foi um suplício para mim, agravado pela fraca qualidade de algumas vozes. Do que é que eu gostei então? Gostei dos números de Cabaret própriamente ditos e do mestre de cerimónias, Henrique Feist que a meu ver é o melhor em palco, “Money makes the world go arround” um grande momento. A actuação de “Sally Bowls” não me convenceu muito, tiques a mais, uma grande voz mas não me faz esquecer a Liza. No global, apesar do meu ódio visceral a musicais, até gostei, e por isso, devia ser mesmo bom.


A versão cinematográfica, de 1972, ficou para a história com a inesquecível voz de Liza Minnelli a dar vida à cantora Sally Bowles. O musical “Cabaret”, com encenação de Diogo Infante, estreou-se no dia 10 de Setembro no Teatro Maria Matos, em Lisboa. A protagonista foi escolhida num programa da RTP. Ana Lúcia Palminha foi a vencedora do programa “À Procura de Sally”, do canal público, escolhida para interpretar o papel da protagonista.


Sally Bowles é uma jovem cantora inglesa que trabalha no Kit Kat Klub, em Berlim, e por quem um escritor americano (Cliff Bradshaw) se vai apaixonar. “Cabaret” relata a vivência na capital alemã, na década de 30, num tempo de contradições e ascensão nazi. Ambiente com o qual o amor de Sally e Cliff terá de conviver e sobreviver.


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