1700-005 Lisboa
Tel. 218 47 94 49
Fecha Domingos e Feriados. Reserva aconselhada.
Gosto especialmente dos pratos de influência magrebina. Os pratos essencialmente vegetarianos têm o problema de, como em todo o lado, saberem essencialmente ao mesmo, ou seja, uma "cacofonia" de sabores. O espaço é agradável.
Comida | Vegetariana com influência magrebina | |
Preço | €€ | até 16 Euros |
Ambiente | Simples, agradável e relaxante | |
Serviço | qb |
Restaurante inaugurado no início de 2007, oferece um ambiente calmo e relaxante, numa sala despojada, decorada em tons claros. A oferta gastronómica assenta numa boa variedade de pratos vegetarianos e saladas.
Aberto há poucos meses, o Espaço da Rosa não pretende ser apenas mais um restaurante vegetariano. Ao jantar, ou no intervalo - mais curto - de almoço, o desafio é o mesmo: deixar as preocupações do lado de fora. Depois é só deixar-se transportar até ao deserto, numa refeição de sabores quentes, para apreciar sem pressas.
Localização:
Nosso menu:
- Creme de aipo
- Cogumelos gratinados com queijo
- Rolo libanês
- Lassi do deserto
Crítica:
Sai o Zé, entra a Rosa
Não é a primeira vez que Nazma e Taheer Sayad se lançam num projecto conjunto, nem tão pouco são estreantes na área da restauração. Depois de abrirem o Psi, restaurante vegetariano, também em Lisboa, mãe e filho decidiram apostar num novo conceito: trazer alguma coisa do deserto para a cidade.
Uma paixão antiga de Nazma tornou-se realidade quando encontrou este espaço onde até então funcionava A Tasquinha do Zé. A partir daí, o Zé deu lugar à Rosa, não a do roseiral, mas a do deserto. Com a ajuda de Taheer, deitou mãos à obra, com a ideia de recriar entre quatro paredes a estética do deserto e as sensações que ele evoca.
A localização, no coração de Alvalade, agradou-lhe especialmente. Por preservar o espírito de bairro lisboeta, onde ainda existem árvores e lojas de comércio tradicional, ao mesmo tempo que é uma zona urbana e movimentada. Eis o sítio ideal para nascer um “oásis”.
Do Saara… para a mesa
Referimo-nos, não ainda aos pratos vindos da cozinha, mas à areia propriamente dita, que vemos dentro das mesas de vidro, a formar dunas em miniatura. Viajou do deserto do Saara até Lisboa dentro de 12 bidons, pela mão de Henrique, funcionário da casa.
Das cores e materiais aos pormenores decoração, a sala está repleta referências ao Magrebe. Basta ver, na parede, a imagem dos viajantes sob um sol escaldante ou o poema de António Ramos Rosa, “Para Najma”, escrito à mão.
O amarelo e os tons suaves predominam, a luz das velas e o efeito dos espelhos - a prolongar o espaço - também contribuem para a atmosfera serena que aqui se sente. O objectivo? Usufruir da refeição como um momento relaxante, a condizer com a música chill-out, em fundo.
Discreta, a um canto, sob uma grande rosácea, há uma mesa com areia – esta sim, podemos tocar – com alguns exemplares das famosas “rosas do deserto”: formação mineral que decorre da evaporação da água das chuvas do deserto, em que a areia cristaliza na forma de uma rosa.
Por último, um outro dado a ter em conta: além da carne e do peixe, também o tabaco e o álcool têm acesso vedado neste espaço. Uma vez que está tudo a postos, vamos ao que interessa… O menu, por favor!
Cor + calor = sabor
A ideia é aliar influências não apenas árabes, mas também indianas ou gregas numa ementa vegetariana que se quer fértil em combinações de sabores e dinâmica nos pratos do dia.
Sempre diferentes ao almoço e ao jantar, hoje as opções disponíveis são batata doce recheada (almoço) e hambúrguer vegetariano (jantar), ambas à volta dos 8 euros. “Queremos um tipo de cozinha que seja também um pouco nossa e reflicta os gostos portugueses e mediterrânicos”, confirma Taheer.
Para entrada, aconselharam-nos as badgias (espécie de pataniscas), chamussas de soja à indiana e o rôti do deserto (parente do crepe, recheado de cogumelos, espinafres e soja, decorado com tâmaras e nozes). Além dos sumos naturais, o chá frio da casa (à base de cardamomo, mel e gengibre), repetente do menu do Psi, é um óptimo acompanhamento; mais doce e encorpado, o lassi (batido) do deserto é outra alternativa.
Para prato principal escolhemos os cogumelos recheados, com temperos do Magreb, servidos com molho de tomate, puré de batata e rúcula. Mas a oferta é variada: entre o seitan - em almôndegas ou salteado com natas e amêndoa torrada -, a penne com bolonhesa de soja e as saladas - gregas ou do Magrebe -, por momentos hesitamos.
Para os apreciadores de picante, o da casa - aromático e forte q.b. – é uma boa opção. Um traço comum, transversal ao leque de opções: serem comidas quentes, com apresentação cuidada e colorida, que contrariam a ideia de que ir a um vegetariano é sinónimo de ficar com fome.
Que o diga a gulosa mousse do deserto (com tâmaras, leite condensado e caramelo), antes ou durante o café: um doce pecado permitido, para equilibrar a balança calórica.
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