Título original: Hitman
De: Xavier Gens
Com: Timothy Olyphant, Robert Knepper, Olga Kurylenko
Género: Thr
Classificacao: M/16
EUA/FRA, 2007, Cores, 100 min.
Cabeça rapada, código de barras tatuado na nuca, fato preto, camisa branca e gravata vermelha: o Agente 47 é o mais misterioso e inabalável assassino profissional. Conhecido pela minúcia com que cumpre as suas missões, obedece sempre a um rígido protocolo: extrema discrição, vigilância e cuidado. A paciência e a determinação são as duas armas predilectas deste agente que trabalha para uma misteriosa organização conhecida apenas como Agência. Nada o consegue travar e a sua assinatura é uma total ausência de provas. Um verdadeiro fantasma, que desaparece no final de cada missão, o agente é obrigado a contrariar o seu próprio protocolo quando lhe atribuem uma missão que envolve um político russo. Perseguido pela Interpol, pelos serviços secretos russos e por agentes da sua própria organização, vai ter de contornar os obstáculos para cumprir o seu plano. Um filme de acção baseado no videojogo homónimo.
In PÚBLICO
Crítica:
Hitman narra a história de um orfão criado por uma sociedade religiosa secreta e transformado num assassino por contrato sem nome, apenas conhecido por agente 47. Quando este aceita assassinar em público ( algo que vai contra a sua maneira de agir ) um político russo, a sua vida torna-se num completo caos. Desta vez, ele é que é o alvo e é perseguido tanto pela interpol como pela polícia russa que o quer ver silenciado.
Mais uma vez, este é um daqueles filmes que divide a opinião do público- os que jogaram e são familiarizados com o jogo e os que desconhecem por completo a personagem e o jogo em si. Para esses que desconhecem a ligação, este é apenas mais um filme de acção com um agente de renome, muito semelhante a James Bond, Jason Bourne e Ethan Hunt. Mas não é... ou não devia ser. Porque, infelizmente, é o que este filme se torna. Esta adaptação recai outra vez na mesma fórmula de um famoso agente secreto. Hitman não devia ser isso. Devia, antes de mais, focar na personagem que é 47- alguém frio e práticamente sem emoções, algo que não acontece neste filme devido a esta personagem feminina que para mim nem sequer devia ter metido os pés nesta película. 47 é uma personagem fenomenal ( nos jogos ), alguém que criou vários fãs por todo o mundo. A sua insignificância perante os seus alvos é estonteante. Não existem remorsos, dúvidas e emoções. Tem que ser feito e à que ser pago por um trabalho bem executado. Se bem me lembro e posso estar enganado, pois já joguei o primeiro jogo há uns bons anos, mas penso que 47 é um clone e aqui é tratado como um orfão. Os outros agentes deviam ser igual a ele, mas aqui aparecem vários de diferentes raças. Não era bem aquilo que estava à espera, mas achei interessante.
Esta poderá ser uma das melhores adaptações de jogos em termos de grafismo ( Silent hill também foi uma agradável surpresa ). Existem momentos no filme, que parece que estamos a jogar o jogo. Aqui, os planos de filmagem são muito bem executados e luz em certos momentos está muito bem utilizada ( Ex: no início, quando o polícia chega a casa e 47, sentado na secretária, acende luz. Parece mesmo tirado do jogo. ). E em certas situações, parece que estamos a executar uma missão ( Ex: a cena do restaurante, muito bom mesmo. ). Xavier Gens faz aqui um bom trabalho, mas a história torna-se num cliché e o romance ( espécie ) acaba por arruinar o que eu acho que podia ser uma boa adaptação.
Outro dos aspectos com que eu fiquei desiludido, foi elenco. Completamente sem carisma, personagens de duas dimensões, nem Robert Knepper ( quem eu admiro bastante ) consegue transmitir algo ao espectador. Depois temos uma mulher, uma de tal Olga Kurylenko, que só vem estragar o filme e a personagem ao tentar embutir sentimentos a alguém que foi geneticamente criado para não ter sentimentos. E depois existe outra vez o cliché de um filme de acção em que uma mulher bonita aparece nua- completamente desnecessário a meu ver ( em termos cinemáticos, claro! ). Quanto ao resto do elenco, nem vale a pena falar ou expressar a minha opinião em relação a personagens que só servem para completar o argumento do filme.
Deixei para o final a minha análise de Timothy Olyphant, pois 47 é a razão pela qual o filme foi feito. Quando Die hard 4.0 estreou, tive uma desagradável surpresa em relação a Olyphant, mas mesmo assim sempre apoiei a escolha dele como 47. Mas agora ao ver o filme, penso que não tenha sido a melhor escolha. Não pela sua actuação, que até esteve bem, mas as suas expressões. Deviam ter escolhido alguém mais frio e menos expressão facial, pois quando olho para Olyphant vejo alguém bom e por vezes cómico. E 47 não é assim, mas provávelmente seria dificil arranjar alguém. Se arranjássem alguém sem um background muito conhecido, podia resultar. Os fãs de Hitman de certeza que iam ver o filme, mas os estúdios querem sempre alguém de renome para suportar um filme ou quem sabe uma franchise.
In Moving Pictures
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