Veneza é uma cidade do norte de Itália, a capital da região do Veneto, e tem uma população de aproximadamente 272 000 habitantes. Veneza também é conhecida como La Dominante, Serenissima, Rainha do Adriático, Cidade de Água, Cidade das Pontes e Cidade da luz. É considerada por muitos como uma das mais belas cidades do mundo.
Veneza é mundialmente conhecida pelos seus canais. Foi construída num arquipelago de 118 ilhas formadas por 150 canais na lagoa de águas baixas. As ilhas estão ligadas entre si por 400 pontes. No centro antigo toda e qualquer forma de transporte é feito recorrendo a transporte aquático ou a pé. Veneza é a maior zona urbana da Europa sem automóveis.
O barco tradicional de Veneza é a gondola, embora hoje em dia seja essencialmente utilizada por turistas, casamentos, funerais ou outras cerimónias. As únicas gondolas ainda em uso comum são os traghetti, ferries para peões que pretendam atravessar o Grande Canal onde não existam pontes. A maioria dos habitantes utilizam “autocarros” aquáticos, os Vaporetti.
Os edifícios de Veneza foram construídos sobre pilares de madeira importada do continente (sob a água, na ausência de oxigénio, a madeira não apodrece. Petrificam, como resultado do fluxo constante de água rica em minerais.). As fundações assentam nos pilares, e os edifícios de tijolo ou pedra são construídos sobre estas. Os edifícios são muitas vezes ameaçadas por inundações das marés empurradas a partir do Adriático entre o Outono e início da Primavera a Aqua Alta.
A exploração dos aquíferos, pela indústria no séc.XX, através de furos artesianos, alterou o equilibrio geológico da lagoa e como consequência a cidade começou a afundar-se expondo-a cada vez mais aos efeitos da Aqua Alta. Planos para a estabilização da cidade já estão em marcha, no entretanto, os habitantes limitam-se a mudar dos pisos térreos para os superiores e continuam com as suas vidas.
História
A Républica Veneziana foi uma super potência naval durante a Idade Média e Renascimento, plataforma para as Crusadas na terra santa e para a batalha de Lepanto contra o império Otomano, bem como um império mercantil (sedas, cereais e especiarias) e artístico desde o séc.XIII até ao final do séc.XVII.
(168AD – 751AD) Sucessivas invasões e escaramuças, invasões germânicas, visigóticas, de Atila o Huno, culminando com a invasão dos Lombardos, forçaram as populações romanas de Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (actual Portogruaro) a procurar refúgio nas ilhas interiores da lagoa iniciando a edificação da cidade. Estes refugiados foram referenciados como incola lacunae (os habitantes da lagoa). As possessões do império bizantino à época resumiam-se à estreita faixa costeira e às ilhas das lagoas.
(775 AD – 827 AD) é instituído o bispado de Olivolo (Helipolis). O palácio ducal é instalado na ilha Rialto (Rivoalto, "Costa alta"). Os mosteiros de São Zacarias, o primeiro palácio ducal, a basílica de São Marcos, bem com uma muralha defensiva (civitatis murus) são subsequentemente construídos entre Olivolo e o Rialto.
(828 AD) o prestígio da cidade cresceu após o roubo das relíquias de São Marcos da cidade de Alexandria. Os restos mortais do santo foram posteriormente depositados na nova basílica. À medida que a comunidade florescia e o poder de Bizâncio declinava, a autonomia da cidade aumentou resultando na consequente independência.
(séc.IX – séc.XII) Veneza torna-se uma cidade estado à semelhança de Génova, Pisa e Amalfi. A sua posição estratégica no Adriático torna o seu poderio naval e comercial virtualmente invulnerável.
A cidade torna-se um florescente centro de comércio com o Império Bizantino e o mundo Islâmico.
(séc.XII) A Republica toma posse de extensas costas no Adriático de modo a controlar a pirataria. Um conjunto de territórios na chamada terra firme vieram juntar-se à Dalmatia e à Istria como parte do império de modo a servirem de buffer ao ataque de potências vizinhas e controlar rotas comerciais através dos Alpes. Deste modo foi assegurado o fornecimento de trigo proveniente do continente, vital à cidade. Ganhou domínio do comércio do Sal e controle da maioria das ilhas do Egeu, Chipre e Creta incluídas, e tornou-se um grande embaixador no Oriente. A governação Veneziana era bastante iluminada e avançada pelos padrões da época, o que levava a que as populações subjugadas tomassem frequentemente partido pela República contra terceiros.
(séc.XII – séc.XV) a seguir à 4ª Cruzada que conquistou Constantinopla, Veneza torna-se um império, este momento marca definitivamente o declínio de Bizâncio que nunca mais recuperou a sua importância ancestral. Em 1453 Constantinopla é conquistada pelo sultão Mehmet o Conquistador, grande parte do espólio da cidade é salvo e trazido para Veneza, incluindo os cavalos de bronze colocados à entrada da basílica de São Marco. No final do séc.XIII, Veneza era a cidade mais próspera em toda a Europa, com mais de 36000 marinheiros operando 3300 navios, dominando todo o comércio do Mediterrâneo e com as ricas famílias patrocinando activamente as belas artes.
O governo Veneziano continha uma estrutura semelhante à republica da antiga Roma, com um chefe eleito (o Doge), normalmente para a vida, uma espécie de senado de nobres, e um conjunto de cidadãos com limitado poder politico à excepção de contribuir para a eleição do Doge. A Guerra era encarada como um prolongamento natural do comércio, mas por outros meios, o que levou à grande produção de mercenários, enquanto que as elites se preocupavam com o comércio. Notável para a época, apesar da maioria católica dos seus habitantes, o estado Veneziano promoveu sempre a liberdade religiosa, o que a manteve livre dos fanatismos religiosos e lhe granjeou algumas disputas com o Papado.
(séc.XV – séc.XVIII) Veneza inicia o seu longo declínio que durará quase três séculos. Uma guerra de mais de 30 anos com os Turcos custa a Veneza a maioria das suas colónias mediterrânicas e boa parte da frota. A descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama criou uma rota alternativa, destruindo o monopólio comercial de Veneza. As galés Venezianas não conseguiam cruzar oceanos, o Império ficou para trás na corrida pelas colónias. À medida que Portugal assume o papel de intermediário privilegiado com o Oriente, a sua influência politica passa a ser marginal. Durante estes séculos, surtos de variadas doenças, entre elas a peste negra, dizimam sistematicamente a população.
(1797 AD) Após mais de 1000 anos, a Republica perde a sua independência quando Napoleão conquista a cidade.
(1798 AD) Austríacos tomam posse da cidade.
(1805 AD) Engloba o reino de Itália de Napoleão.
(1814 AD) Retorna ao controlo Austríaco.
(1866 AD) Passa a fazer parte da Itália após a guerra das sete semanas.
Principais atracções
Veneza e a sua Lagoa fazem parte da lista de Património da Humanidade da Unesco desde 1987
Sestieri – os sestieri são os bairros tradicionais de Veneza, Cannaregio, San Pólo, Dorsoduro, Santa Croce, San Marco e Castello. Na proa das gondolas existe uma grande peça de metal (forma do chapéu do Doge) que contém 6 traços virados para a frente e um apontando para trás. Cada um representa um Sestieri (a que aponta para trás representa Giudecca).
Grande Canal - é o maior e mais importante canal de Veneza. O Grande Canal forma a maior via aquática de tráfego da cidade. Cortando a maior parte da cidade, tem seu "início" na laguna perto da estação de comboios, fazendo uma curva em formato de grande "S" pelos distritos centrais, e termina junto à Basílica de Santa Maria della Salute, próximo à Piazza San Marco, possuindo uma profundidade média de cinco metros.
Gôndolas - são embarcações típicas da Lagoa de Veneza. Pelas suas características de manobrabilidade e velocidade, foi, até a chegada dos meios motorizados, a embarcação veneziana mais adaptada ao transporte de pessoas. Numa cidade como Veneza, os canais foram sempre mais utilizados como via de transporte. Actualmente é usada sobretudo para passeios turísticos.
(séc.IX) Basilica di San Marco – a catedral de Veneza, é a mais conhecida das igrejas e um dos melhores exemplos de arquitectura Bizantina. Está situada na Piazza San Marco adjacente ao Palazzo Ducale. Segue o desenho da desaparecida basílica dos apóstolos em Constantinopla, em forma de cruz grega, cada braço formando três naves, com uma cúpula em cada vértice. Originalmente era a capela privada dos dirigentes da cidade, somente em 1807 assumiu o papel de catedral. Devido ao seu desenho opulento, mosaicos dourados, e estatuto como símbolo da riqueza e poder Veneziano, desde o séc.XI que é conhecida como Chiesa d’Oro (igreja de ouro). A primeira igreja foi construída em 828 para albergar o corpo de São Marcos Envagelista, que mercadores Venezianos roubaram de Alexandria. Do mesmo século data a construção do Campanile. Após um incêndio em 976, causado por uma rebelião, o corpo de São Marcos foi miraculosamente redescoberto e novo edifício que serve de base à actual basílica foi construído. Durante a primeira metade do séc.XIII, o Narthex, a fachada, as cúpulas e a maioria da decoração de mosaicos estavam concluídas. Nos séculos posteriores a sua decoração foi sendo enriquecida com expólios de outros templos; mármores diversos, colunas, pilastras e frisos, bem como, novos mosaicos.
Digno de nota: No exterior; Colunas exteriores, Baixos-relevos e mosaicos dos arcos de entrada, os Tetrarcas (estátua provinda de Constantinopla, representando a dependência dos quatro imperadores durante a vigência do Tetracardo), a quadriga (estátua representando quatro cavalos, da antiguidade clássica séc.VI BC, adornaram o hipódromo de Constantinopla até serem enviados para Veneza como saque de guerra), o Narthex (antecâmara que circunda a zona interior e prepara o visitante para o esplendor dourado da decoração no interior). No interior; Formato em cruz grega, Cúpulas, chão e coberturas de mármore do séc.XII, Pala d’Oro (altar obra prima do bizantino), Mosaicos (cerca de 8000m2 de mosaicos cobrem as diversas cúpulas, paredes superiores e transeptos representando diversos textos do antigo e novo testamento).
(séc.IX) Campanile di San Marco – é a torre do sino da basílica de San Marco, situa-se na piazza com o mesmo nome e é um dos edifícios mais conhecidos da cidade. A torre, na sua maioria construída de tijolo, tem 98.6m de altura e encontra-se em frente à basílica. É encimado por um cata-vento dourado que representa o arcanjo Gabriel. Assumiu a sua forma actual em 1514, apesar de ter sido reconstruído após o colapso da estrutura original em 1902.
(séc.XII) Piazza San Marco – Esta é a praça principal de Veneza. Obteve o seu formato actual em 1177 por ocasião da visita do Papa Alexandre III. A Piazza sempre foi entendida como o centro de Veneza, sede da administração, bispado e das mais variadas expressões artísticas. É ainda extremamente popular nos dias de hoje. A Piazza contém os seguintes elementos: Basilica, Palazzo Ducale, Campanile, Torre do Relogio, Procuratie Vecchie, Procuratie Nuove e Biblioteca Marciana. A maioria dos pisos térreos das Procuraties, albergam sob as suas arcadas, cafés populares de que é exemplo o Caffè Florian. Durante a ocupação Francesa, Napoleão fez da Procuratie Nuove o seu palácio tendo construído a ala Napoleónica de modo a albergar um novo salão de baile. Este foi o último edifício a ser construído na Piazza, à excepção do Campanile que já foi reconstruído mas seguindo o desenho original. A parte da Piazza que se encontra entre o Palazzo Ducale e a Biblioteca Marciana chama-se Piazzeta San Marco. Encontra-se aberta à lagoa na boca do Grande Canal e é conhecida pelas colunas com os dois padroeiros de Veneza, Leão São Marcos e São Teodoro de Amasea (que se encontra em pé sobre o crocodilo sagrado do Nilo). Estas colunas constituem a entrada oficial de Veneza; O jogo era permitido no espaço entre elas, e também era o local de execuções oficiais. A Piazza é o ponto mais baixo em Veneza, e como resultado, durante a Aqua Alta provocada por tempestades no Adriático, ou mesmo chuvas fortes, é a primeira a inundar.
(séc.XII) Ponte di Rialto – é a mais antiga e conhecida das quatro pontes que atravessam o Grande Canal. A primeira construção, em pontões, foi concluída em 1181. Ao longo dos tempos foi sofrendo várias reconstruções devido a vários acidentes e às necessidades impostas pela crescente importância do mercado de Rialto. A presente ponte em pedra foi concluída em 1591.
(séc.XII) Arsenal – O Arsenal de Veneza é um estaleiro e depósito naval que desempenhou um papel crucial na construção do império Veneziano. Inicialmente prestava reparações a embarcações de construção privada, mas em 1320 com a construção do Arsenal Nuovo, todas as embarcações estatais e mercantis passaram a ser construídos e mantidos num mesmo sítio. Veneza conseguiu desenvolver métodos para produzir em massa barcos de Guerra. No auge da sua eficiência, o Arsenal empregava 16000 trabalhadores que conseguiam produzir um barco a cada dia utilizando técnicas de linha de montagem nunca mais vistas até ao advento da revolução industrial.
(séc.XIV) Palazzo Ducale – Este palácio gótico era a residência do Doge eleito. Tem fachada para a Piazzeta de São Marcos e para a Lagoa. A utilização de arcadas nos níveis inferiores parece desafiar a gravidade. Para além de servir de residência oficial também continha os corpos legais, jurídicos e de governo da Republica. A não perder a escadaria dos gigantes, ponte dos suspiros, aposentos do Doge, sala dos mapas, salas dos conselhos, sala da bússola, prisões.
(séc.XV) Campo San Pólo – é a maior praça a seguir à Piazza San Marco. Originalmente pasto e terras de lavoura, foi pavimentada em 1493. Hoje em dia é uma das localizações mais populares durante o Carnaval e é utilizada para concertos e projecções cinematográficas ao ar livre.
(séc.XV) Cá d’Oro – (Palazzo Santa Sofia) considerado o mais belo palácio do Grande Canal. Conhecido como Cá d’Oro (casa de ouro) devido ao revestimento que anteriormente a decorava. A fachada principal virada para o Grande Canal é um belo exemplo do estilo floral Veneziano, muito em voga até ao fim do séc.XVI.
(séc.XV) La torre dell’Orologio – torre na piazza San Marco ao lado da Procuratie Vecchie que alberga um relógio medieval instalado entre 1496 e 1499. O governo pagou ao seu autor para manter o mecanismo em bom funcionamento, este foi o primeiro temperatore (curador do relógio), posto que continuou a ser ocupado, por vezes através de várias gerações da mesma familia, até 1998. Hoje em dia o relógio apresenta a numeração romana original, de I a XXIII. Símbolos do zodiaco também são apresentados. No alto da torre dois bonecos mecanicos, com 2.5m de altura, “martelam” o sino a cada hora.
(séc.XVI) Biblioteca Nazionale Marciana – é um dos mais antigos depósitos públicos de manuscritos, sobreviventes em Itália, e contém uma das maiores colecções de textos clássicos do mundo. Iniciada pela oferta à Sereníssima da colecção de manuscritos e de Códices do cardeal Bessarion em 1468, foi vendo o seu acervo aumentado ao longo do tempo pela aglutinação de diversas colecções. A partir de 1603, uma lei obriga a que todos os livros impressos em Veneza tenham que ser disponibilizados à biblioteca, o que veio fomentar ainda mais o seu crescimento. Hoje em dia, para além de mais de um milhão de livros impressos, a biblioteca contém 13 000 manuscritos, 2 883 incunabula (simples folha impressa antes de 1501) e 24 055 trabalhos impressos entre 1500 e 1600.
(séc.XVII) Cá Rezzonico – Palácio situado no Grande Canal. Hoje em dia é um museu dedicado à Veneza no séc.XVIII. A fachada de mármore branco segue o estilo barroco que há época substitui o gótico floral de que é exº o palácio vizinho Cá d’Oro, construído cerca de 100 anos antes.
(séc.XVII) Basilica di Santa Maria della Salute – ou simplesmente Salute (saúde) é uma conhecida igreja de Veneza construída estrategicamente numa estreita faixa de terra entre o Grande Canal e a lagoa. Foi construída como local de peregrinação oficial em memória das variadas pestes e epidemias que assolaram a cidade na altura. Apesar de ser uma basílica menor, a sua beleza e localização fazem dela uma das mais fotografadas em Itália. No seu interior podem ser apreciadas obras de Tintoretto, entre outros.
(séc.XVII) Ponte dei Sospiri – a ponte dos suspiros é uma das muitas pontes de Veneza. É uma ponte fechada de calcário branco e tem janelas com grades de pedra. Passa sobre o canal por detrás do Palazzo Ducale e liga as salas de interrogatórios no palácio às prisões. A vista das janelas da ponte era a ultima imagem da cidade que os condenados tinham antes de serem levados para os calabouços e daí o nome derivado à tristeza sentida por estes.
(séc.XVII) Cá Pesaro (museu de arte moderna) – palácio Barroco em mármore situado no Grande Canal. O elevado número de colunas utilizado na fachada contrasta com a mais elegante Cá Rezzonico da mesma época. Hoje em dia alberga o museu de arte moderna contend obras de Klimt, Chagall, Kandinsky, Klee, Rouault, Matisse, Moore e outros. O sotão é dedicado ao museu de arte oriental contendo mais de 30000 peças, principalmente Japonesas (armaduras, armas e pinturas de Koryusai, Harunobu, Hokusai, etc.), mas também da China e Indonésia. A colecção foi compilada durante uma viagem à Asia de Henry de Borbone, conde de Bardi, no séc.XIX, e posteriormente oferecida ao governo italiano.
(séc.XVIII) Museo Correr – é o museu da cidade, situado nas galerias Napoleónicas da praça de San Marcos. Contém peças de arte, documentos e artefactos que demonstram a vida em Veneza através dos séculos. Dá acesso à exposição do museu arqueológico e à biblioteca Marciana.
(séc.XX) Museo del Vetro di Murano – de grande interesse histórico e artístico, situa-se no interior de um palacio de estilo gótico, antiga residência dos bispos de Torcello, na ilha de Murano. Apresenta as técnicas e a evolução ao longo do tempo da industria vidreira, bem como uma grande colecção de peças ilustrativas das várias épocas.
(séc.XX) Peggy Guggenheim Collection – pequeno museu no grande canal, é um dos vários pertencentes à fundação com o mesmo nome e é um dos mais importantes em Itália de arte Europeia e Americana da primeira metade do século vinte. Contém essencialmente peças da colecção pessoal da sua fundadora. O Cubismo, Surrealismo e Expressionismo abstracto estão presentes incluindo obras de Picasso, Dali, Magritte e Pollock.
Lagoa e outras ilhas
A lagoa de Veneza foi formada à 7000 anos como resultado do fim da era glacial. Ocupa uma área de 550 km2, junto ao Adriático entre a bacia do Pó (a sul) e do Piave (a norte). Existem três ligações com o mar, Lido, Malamoco e Chioggia que tornam a lagoa propensa a grandes variações de maré, principalmente durante as marés da Primavera, a chamada Aqua Alta. O aspecto actual da lagoa resulta de grandes projectos hidráulicos, levados a cabo no séc.XV, que preveniram, através do desvio de vários cursos de água, a evolução natural da lagoa para um pântano, tornando-a mais profunda e assim assegurando a sua protecção à cidade. As várias ilhas e línguas dunares constituem cerca de 8% da área da lagoa, destas a maior ilha é Veneza com 5.17 km2. Outras ilhas são:
Lido – língua de areia com 18km de extensão, a ilha do Lido é residência de mais de 20000 habitantes, aumentando astronomicamente sazonalmente devido ao turismo. O festival de cinema de Veneza realize-se aqui anualmente em Setembro.
Burano (0.21 km²) – situa-se a 7 km a norte de Veneza, conhecida pelas suas casas extremamente coloridas e pelas rendas tradicionais.
Murano (1.17 km²) – é usualmente descrita como uma ilha da lagoa de Veneza, no entanto como Veneza é na realidade um arquipélago de ilhas ligadas por pontes. A cerca de uma milha a norte de Veneza é famosa pela sua produção de vidro, em particular, lustres. A sua fama como centro artesanal de vidro nasceu quando a republica Veneziana, receando os incêncios ordenou que os artesãos se mudassem para Murano. Já foi uma comuna independente mas agora pertence à comuna de Veneza.
San Michele (0.16 km²) – alcunhada de ilha dos mortos, é a ilha cemitério de Veneza. Situa-se a curta distância a norte da cidade. Foi escolhida como cemitério aquando das invasões Francesas que decretaram a insalubridade de enterros na cidade. O cemitério ainda se encontra a uso, mas devido à falta de espaço torna-se necessária a exumação dos corpos passados alguns anos.
San Giorgio Maggiore – é uma das ilhas situada a este da Giudecca e a sul da Piazza San Marco. Faz parte do sestiere de San Marco. Ocupada desde tempos romanos era conhecida por Insula Memmia derivado à família Memmo que a possuía. O mosteiro Beneditino estabeleceu-se aqui em 982 quando a ilha foi doada à ordem. Hoje em dia mais conhecida pela igreja de San Giorgio Maggiore construída em 1566.
Torcello (0.44 km²) – pacata e pouco povoada ilha no norte da lagoa. É considerada a região, continuamente habitada, mais antiga da região, e em certa altura continha a maior população da républica.
Habitantes famosos
Enrico Dandolo (1107 - 1205) – Doge de Veneza apartir de 1192 até à sua morte. Participou no saque de Constantinopla durante a quarta cruzada.
Marco Polo (1254 - 1324) – explorador e comerciante, um dos primeiros ocidentais a percorrer a Rota da Seda até à China. Enquanto prisioneiro em Génova, ditou em françês a história das suas aventuras "Le Livres des Merveilles" as aventuras de Marco Polo.
Ticiano (1488 - 1576) – lider da escola Renascentista Veneziana do séc.XVI. Nasceu em Pieve di Cadore.
Tintoretto (1518 - 1594) – provavelmente o maior pintor do Renascimento Italiano.
Antonio Vivaldi (1678 - 1741) – famoso compositor e violinista da época.
Giacomo Casanova (1725 - 1798) – famoso aventureiro, escritor e amante.
Links
www.comune.venezia.it
Wikipédia
Monuments_of_Venice
Venetian_glass
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