A povoação de “Minas de Rio Tinto” sempre foi dependente de uma única actividade, a exploração mineira. Esta forte dependência tem levado a algumas características que são distintas em relação a outras cidades andaluzes. A mais evidente é a configuração urbana do município, com vincadas características coloniais, herança da ocupação britânica durante o final do século XIX e três quartos do século XX.
A história das Minas de Rio Tinto é muito antiga, reportando-se aos tempos dos primeiros povoados humanos. Durante a Idade do Cobre o desenvolvimento da mina esteve directamente associado à evolução dos Tartesos e Fenícios ... Mas o verdadeiro desenvolvimento mineiro surgiu com os romanos. A introdução de novas técnicas permitiu a continuação do funcionamento da mina. Os restos de escória encontrados sugerem-nos um grande desenvolvimento da mineração neste período.
Inicia-se no séc.XIII a exploração numa filosofia empresarial. No séc.XIX atinge o seu apogeu a nível industrial, económico e social. Em 1873 o estado vende a sua propriedade por 92 milhões de pesetas a um consórcio britânico que fundou a Rio Tinto Company Limited.
A empresa começou a produzir o revival de Riotinto ser abertos curto de exploração, tem lugar no interior mineiro.
A primeira manifestação de cariz ambientalista registada ocorre em protesto contra as calcinações de minerais ao ar livre que libertam fumos sulfurosos. Foi realizada em 4 de Fevereiro de 1888 e nela participarão milhares de pessoas de todo o concelho. Seguindo ordens do governador civil de Huelva, forças do regimento de Pavia, abriram fogo contra os manifestantes concentrados na praça da Constituição o que resultou em mais de 100 mortes. O poder da Companhia permitiu que estes graves acontecimentos passassem quase despercebido no resto da Espanha e apesar de alguns republicanos terem exigido responsabilidades tudo foi abafado. Estes factos serviram de inspiração ao escritor, nascido na cidade, Juan Cobos para o seu romance "O
Coração da Terra".
A linha ferroviária entre Huelva e Rio Tinto, construída no tempo recorde de dois anos, com o propósito de transporte dos minerais, foi uma grande demonstração do poderio económico que Rio Tinto atingiu. No entanto a demanda de mão-de-obra acarretou uma transformação social profunda com a vinda para a cidade de trabalhadores a partir de outros pontos de Espanha e de Portugal.
Com o propósito de explorar novos veios, a antiga povoação foi integralmente demolida e a população realojada o que veio destruir por completo qualquer sentimento de identidade dos habitantes. As nova povoação foi construída seguinro directrizes inglêsas, (The Valley), para os operários e o bairro da Bela Vista, envolto numa atmosfera de exclusividade e luxo. Esta área tipicamente vitoriana, foi construída para abrigar os funcionários ingleses. Os Executivos da empresa tinha a sua residência aqui. Estas casas tinha governanta, criado, cozinheiro ... O mobiliário original era de estilo vitoriano. Este bairro encontra-se preservado tal e qual foi um dia.
Em 1954, as minas voltam para as mãos do estado Espanhol. As minas nunca mais atingiram o esplendor de outros tempos e muitas foram as crises a que tem assistido, sendo a actual a mais palpável. A esperança renasce actualmente, devido à situação económica global e aumento do preço dos metais, especialmente cobre, existindo novas expectativas para os depósitos de Cerro Colorado, em Rio Tinto, assim como outros na Faixa de Pirite Ibérica.
Museu Mineiro - Localizado no antigo hospital britânico que foi construído para os trabalhadores da Rio Tinto Company Limited, o museu leva-nos à descoberta do meio ambiente, geologia e história de toda a região. Possui em exibição inúmeras exposições relacionadas à mineração e metalurgia de todos os períodos de tempo, e outras peças de arqueologia industrial emblemáticos como o Vagão do marajá, a mais luxuosa carruagem de via estreita do mundo, construída para a Rainha Vitória da Inglaterra e trazida para Riotinto para a utilização do rei Afonso XIII, quando ele visitou a região.
Casa nº 21 - Uma das casas em estilo vitoriano, que a empresa construiu para os seus trabalhadores britânicos foi perfeitamente preservada e encontra-se aberta ao público. Na casa n º 21, no bairro Bellavista pode-mos viajar de volta no tempo para a época vitoriana, e sentir a atmosfera daquele período, bem como aprender como e porquê este bairro foi construído, e obter uma visão da colónia britânica e do seu modo de vida ao longo de 84 anos.
Mina de Peña de Hierro - A história desta mina remonta à época romana, embora tenha sido explorada mais intensamente a partir de finais do séc XIX. A Peña de Hierro é uma das mais notáveis da região. Os visitantes, acompanhados por guias especializados, irão usufruir de uma magnífica paisagem, visitar uma galeria subterrânea verdadeira com mais de 200 metros de comprimento, descobrir a fonte do Rio Tinto, e ficar a conhecer o local onde o Astro-Centro de Biologia e a NASA estão a realizar as suas experiências no âmbito do projecto MARS.
Ferrovia - Os 300km da rede ferroviária construída pelos Riotinto Company Limited começaram a ser construídos em 1873, e manteve-se em exploração até 1984. Para o povo da região, o caminho de ferro foi o símbolo da Revolução Industrial e do progresso económico. A fundação das minas restaurou 12 kms de linha, e agora duas locomotivas restauradas e respectivas carruagens percorrem-nos através de cenário impressionante acompanhando o curso do rio.
Corta Atalaya - é a maior e mais perfeita exploração a céu aberto de toda a Europa. As asombrosas dimensões da sua elipse são: 1200 metros de comprimento, 900 metros de largura e 350 metros de profundidade. Foi um dos projectos mais ambiciosos da Rio Tinto Company e esteve en exploração até à aproximadamente 20 anos.
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