Tipo: Vinho Tinto
Origem: Cortes de Cima, Alentejo, Portugal
Características: 2006, 14.5º, Syrah, Aragonez, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon
Com uma densa e profunda cor vermelha, este vinho apresenta aromas a frutos vermelhos maduros, bem casados com a baunilha e as especiarias provenientes do carvalho. O paladar é suave e bem equilibrado mostrando frutos intensos, com taninos finos e carvalho bem integrados. Um vinho rico e complexo, pode beber-se de imediato ou ao longo dos próximos 5 anos.
Crítica:
Aromas cheios de fruta madura com a ligação com a madeira muito bem conseguida, notam-se também os rebuçados e uma ligeira doçura, na boca denota um corpo cheio, rico em volume e intensidade, taninos polidos, excelente acidez e com um final bem persistente.
17/20 por OsVinhos
A mistura, 67% Syrah, 16% Aragonês (Tempranillo), 12% Touriga Nacional, 5% Cabernet Sauvignon. O estágio, 12 meses em carvalho francês e americano. Dizem os que o fazem, com louvável franqueza, aqui.
Um ponto não objectivamente negativo, mas que não me agradou nada: uma rolha técnica num vinho de 10€.
Do vinho propriamente dito...
Cor rubi, escura e densa.
Aroma quente, generoso, a frutos muito maduros. Ligeiríssimo vegetal, também ele maduro à sua maneira. Tosta de barrica. Guloso, mas um pouco pesado. E não sei se foi filme meu, mas o certo é que lhe notei uma ou outra sugestão de cheiro a caça... digo, do suor daqueles animaizinhos peludinhos que gostam de correr livres pelo meio do mato, sabem?
Boca arredondada. Encorpada. Doce. Capitosa. Muitos taninos. Mas não sedosos, antes algodoados. Boa persistência.
Resumindo: é escuro, quente, doce, directo e guloso. E gostei. Mas não tanto assim.
15,5/20 por PutoBebe
História: A Cortes de Cima é uma propriedade familiar de 35 hectares de vinha, localizada na Vidigueira no Alentejo. O seu símbolo, uma talha, representa uma homenagem aos romanos que usavam a talha para fermentação e armazenagem do vinho, um costume ainda hoje mantido. Os olivais antigos, compartilham o terreno com limoeiros, vinhas e ruínas romanas. Aqui César impôs a sua Pax Júlia. Aqui Vasco da Gama foi elevado a Conde em 1519 ao regressar das suas viagens de Descobertas.
No cimo da colina, o monte branco e brilhante, tem sido a casa da família Jorgensen desde 1988. Nesta propriedade familiar produzem-se os mais diversos produtos agrícolas: cereais, girassol, uvas, azeitonas, melões e tomates. Estes últimos secos na própria propriedade constituindo um excelente ingrediente para a nossa cozinha.
Hans Jorgensen, o proprietário, um dinamarquês formado em engenharia mecânica é ajudado pela sua bela e simpática mulher Carrie, uma americana da Califórnia.
A Vinha ligeiramente inclinada, está plantada em solos mediterrâneos de cor castanha, bem drenados e com um subsolo de pedra calcária. Protegida pela Serra do Mendro, o microclima resulta numa das zonas mais secas e soalheiras do Alentejo, moderado pelas brisas frescas do Atlãntico, conferindo ao vinho uma qualidade única. As castas mais utilizadas são: Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Periquita, Syrah e Cabernet Sauvignon. E como a qualidade do vinho se faz na vinha, a Cortes de Cima contou com o auxílio de um consultor de viticultura, Dr. Richard Smart, que os ajudou a converter as vinhas tradicionais em vinhas do "Novo Mundo".
Todo o vinho é produzido na moderna adega da propriedade, em cubas de inox com controlo de temperatura e depois envelhece em barricas de carvalho francês e americano antes de engarrafado.
A vindima é supervisionada e acompanhada por um enólogo australiano que se desloca a Portugal todos os anos. É nesta mescla de culturas que se criam excelentes vinhos, vinhos do "Novo do Mundo" do velho mundo.
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