1350-328 - Lisboa
Tel. 21 395 45 22
Encerra aos domingos, reserva recomendada
Regional Alentejano
Um Alentejano acolhedor em Lisboa. No simpático bairro de Campo de Ourique serve pratos com os melhores produtos. Sopa de cação de bom nível se bem que não a melhor que já comi. Os torresmos são um bom pitéu e o bolo de chocolate, apesar de pouco alentejano, é excelente. Tem uma boa garrafeira e o jarro da casa está ao nível. Recomenda-se vivamente.
Comida | Alentejano a bom nível | |
Preço | €€ | 18 Euros |
Ambiente | Muito bem organisado e acolhedor. Melhor agora sem fumo | |
Serviço | À altura e muito simpático |
Restaurante inteiramente dedicado aos sabores do Alentejo, onde sobressai a boa qualidade dos produtos, com serviço à altura e ambiente confortável.
Entradas: Fritos de morango; Ovos mexidos com chouriço; Orelha de porco de coentrada; Farinheira frita; Fígado de porco em vinagrete; Paio de Barrancos; Queijinhos de Nisa.
Peixe: Tranchas de peixe-galo com açorda de ovas; Sopa de cação; Açorda de bacalhau com ovos escalfados.
Carne: Burra assada no forno; Cabeça de porco com feijão branco; Sopa da panela de pombo bravo; Galinha de tomatada à moda do monte; Carne no alguidar com migas; Lombinho de porco preto grelhado; Perdiz à moda da Bia; Costeletinhas de borrego fritas com alho; Ensopado de borrego; Cozido de grão; Arroz de coelho bravo.
Doces: Sericaia, encharcada e outros doces alentejanos
Localização:
Nosso menu:
Torresmos Sopa de cação Tinto da casa
Alentejo em Campo de OuriqueOutros links:
Um lugar onde o cozido de grão e os pezinhos de coentrada nos fazem suspirar pelo Sul
Campo de Ourique, Parada, Tomás da Anunciação: toponímica trindade para um destino uno e sem mistério. Também conhecido por Jardim da Parada (por ocupar o antigo terreiro da parada do quartel), ou da Maria da Fonte, que lá está na escultura de pedra de Costa Mota, tio, de 1920 ("com a pistola na mão/ para matar os Cabrais/ que são falsos à nação"), o Jardim de Campo de Ourique fica no encontro da Rua da Infantaria 16 com as de 4 de Infantaria e Tomás da Anunciação. É só seguir por esta, na linha de continuidade da fila dos táxis, e logo do lado esquerdo se chega ao número 52, sede do maliciosamente chamado Restaurante O Magano. Proporciona um ambiente acolhedor, num espaço não muito grande mas bem organizado, onde a brancura prevalece no tecto e em parte das paredes, estas esparsamente ornadas com pratos do Redondo, chão de tijoleira, boa iluminação por focos. Cadeiras de bunho (ou imitação sintética), mesas convenientemente atoalhadas, correctamente servidas de louça e faqueiro e muito bem de copos.
Salvo as excepções que têm sempre que existir, o que se pratica aqui é a cozinha alentejana, em excelente forma, diga-se desde já. A lista divide-se em 10 Entradas, 7 Sugestões do Dia, (pelo menos 5 substituíveis), 4 Peixes (igualmente renováveis) e 7 ou 8 Carnes (com pouca alteração).
Entraram com brilhantismo os "torresmos do riçol" (€3), ou "do redenho" (aquela especiosa pequena rede de gordura pegada aos intestinos do porco), nada enjoativos, invulgares. De polme abundante, sem oleosidade, os "peixinhos da horta" (€2,50) satisfizeram. Mesmo sem ser campeã, a "farinheira com ovos mexidos" (€4,50) constituiu um petisco apetecível. Com os ingredientes criteriosamente apresentados em separado, a "sopa de tomate com garoupa e ovo escalfado" (€12), igualmente com pão finamente fatiado e coentros, mostrou peixe qualificado e caldo sápido, com o gosto do tomate a dominar. Boa solução para aproveitamento de sobras ou para variar do bacalhau, as "pataniscas de garoupa com arroz de mexilhões" (€9) perfizeram um conjunto válido pela apurada execução de ambos. Boa realização também nos "pastéis de massa tenra com arroz de grelos" (€11), embora o recheio seja preferível granulado (como as antigas máquinas manuais propiciavam) e não esmagado.
Perfeitos em si e no equilíbrio canónico dos ingredientes, os "pezinhos de coentrada" (€9), só (e bem) acompanhados de faias de pão frito. Sem temperos especiais nem sabores transversais, os bagos absorvendo as essências e em textura virtuosa, o "arroz de coelho bravo" (€11) foi a vitória da simplicidade. Conquanto os enchidos (chouriço, morcela e farinheira) se limitassem à mediania, o "cozido de grão à alentejana" (€11) teve todo o resto que lhe compete em beleza, incluindo o caldo onde tudo se concentrou sapidamente.
Há sete sobremesas doces (não conto um "flan" encanitante). Quero realçar o paradigmático "fidalgo" (€4,50), como deve ser, as "folhas" de ovos enroladas e lá no meio o doce de ovos. Lista de vinhos dividida por regiões, mais de metade datados, preços não especulativos, totalizando 89 tintos, 14 brancos, 5 verdes brancos, 1 espumante, 2 champanhes. Serviço atento, cumpridor e simpático.
O Magano abriu há cinco anos, por iniciativa de Jorge Morais (dono também do Verde Gaio e do Solar dos Duques. Em Janeiro de 2005 passou para as mãos dos seus antigos empregados Marco Luís e Bruno Luís que, juntamente com a cozinheira Lucília Duarte, estão de parabéns.
por Expresso
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